Nas recentes exposições internacionais não se incorreria em exagero afirmar que o nome mais adequado talvez fosse Salão do Automóvel e da Tomada Elétrica. De fato, quase todos os participantes tinham a mostrar um protótipo, um carro conceito ou mesmo modelos elétricos a bateria. O tema de controle de emissões de gás carbônico (CO2), um dos gases que colaboram para o aquecimento da atmosfera, era onipresente.
Embora os meios de transporte no mundo – terra, mar e ar – só respondam por 13% da formação dos gases do chamado efeito estufa, nenhum fabricante pode ficar alheio ao tema. Afinal, muitos governos tratam de estimular ou dificultar as vendas por meio da política de impostos, oferecendo bônus ou impondo sobretaxas. As estratégias são diferentes dos dois lados do Atlântico Norte.
Na Europa a taxação se concentra nas emissões diretas de CO2 (meta de 130 g/km para 2014), enquanto nos EUA o alvo é o consumo médio de todos os modelos de cada marca que deve, compulsoriamente, melhorar 40% até 2016. Existe relação direta entre consumo de qualquer combustível e emissão de CO2, mas os americanos também querem reduzir sua dependência externa de petróleo.