22 de out. de 2011

Um filho da Autolatina quase como veio ao mundo


Nossa seção de classificados costuma trazer verdadeiras joias automotivas, daquelas que causam devaneios. Isso não quer dizer que não damos valor para velhos conhecidos de nossas ruas, carros sem o status de clássicos, mas que quando bem cuidados causam um sorriso no rosto de quem os viu novos em folha, em showrooms de vinte anos atrás. É o casso desse Volkswagen Apollo GL 1991 com apenas 12 mil km no hodômetro.

Ultimamente aumentaram as ofertas de carros das décadas de 90, 80 e até mais antigos em condições espetaculares e baixa quilometragem. As comunidades de fãs na internet mostram-se bem dispostas a encontrar e catalogar veículos com 20, 30 anos de idade em estado novo.
O Volkswagen Apollo é fruto da Autolatina, a estranha joint venture que uniu as fabricantes Volkswagen e Ford no mercado nacional e argentino, promovendo compartilhamento de tecnologia, peças, recursos financeiros, administrativos e fábricas entre as duas marcas.
O Apollo é o exemplo mais peculiar da gama de veículos da união que se formalizou em 1987 mas só iniciou atividades em 1990. Externamente era idêntico ao Verona – que por sua vez, era um derivado local da segunda geração nacional do Escort – com exceção dos emblemas, pintura nos para-choques e lanternas traseiras fumês, que lhe conferiam um visual mais esportivo que o do irmão do oval azul.

Por dentro, o carro trazia um pouco mais de identidade Volkswagen. O painel tinha desenho próprio e com bastante boa vontade lembrava os encontrados no Golf e no Passat da época – embora em cores mais claras e com a opção de acabamento monocromático.
A contribuição VW mesmo estava na mecânica: o onipresente AP 1800, que substituía os antigos CHT na linha Escort. Os amortecedores também eram da Volks, e o modelo em geral era mais bem-equipado que o Verona – mas a um custo maior também.

O carro foi adquirido no início desse ano, no meio de um negócio. Estava parado havia muitos anos, ainda com placas amarelas. Alexandre, o proprietário, roda com o carro toda semana para que ele não se deteriore com o tempo – afinal, sedentarismo é nocivo tanto para nós quanto para os automóveis. Os pneus são originais de fábrica, e ele ainda conta com vários plásticos de proteção no interior. Está imaculado e 100% funcional.
O dinheiro pedido por esse exemplar é que pode assustar: 25 mil reais, coisa que só um colecionador realmente abastado pagaria. O valor de mercado de um Apollo em bom estado de conservação – o que já não é fácil de encontrar – varia entre 10 e 12 mil reais. Acreditamos que isso seja reflexo da onda de valorização exagerada que os nacionais dos anos 1980 e 1990 vêm sofrendo ultimamente.

A boa notícia é que o dono está bem disposto a negociar esse valor, pois precisa liberar espaço em sua garagem para aqueles que são seus verdadeiros brinquedos – um Mustang Fastback 1967 em fase final de restauração, um Dodge Dart 1979 pronto para restaurar, e um Maverick Super Luxo recém restaurado (e que também será vendido).
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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