26 de fev. de 2012

Polêmica: Transmissões sequenciais são ou não são o futuro?



Caixas de transmissão com trocas sequenciais atrás do volante estão se tornando o padrão em carros de alto desempenho. Alguns veem isso como um progresso que inclui diversas vantagens, outros encaram isso como um retrocesso no controle do motorista em favor de algo computadorizado.
O Jalop US reuniu alguns comentários de quem acha que elas são o futuro ou só um sacrilégio. Mas os pontos de vista não se resumem a um a favor/contra…

O progresso não é uma página em branco por Alex likes cars.
Acho que sempre haverá quem queira uma transmissão manual. Pelo menos até que esta geração morra (provavelmente a última com carros manuais de fábrica). Sempre foi e sempre será assim. Mas não acho que os fabricantes vão continuar a oferecer a opção. Economicamente falando, não faz muito sentido. O paddle shift (de embreagem dupla, para efeito de discussão) é geralmente superior à transmissão manual tradicional em todos os sentidos; com trocas mais rápidas e suaves, maior autonomia na maior parte do tempo, e podem fazer as trocas automaticamente. Se o dinheiro fosse meu, daqui a cinco anos, não compraria um carro sem um.
Eu adoro dirigir com transmissão manual, mas não acho que essa mudança seja ruim. Com o avanço da tecnologia, outras tecnologias se tornam obsoletas. Enquanto muitos mantêm uma nostalgia pelo antigo, o novo sempre toma o seu lugar. Por exemplo, por mais divertidos que sejam os antigos jogos de fliperama, eles mal se comparam com o que até mesmo um desenvolvedor independente consegue produzir hoje em dia.
Eu realmente acredito que nossos filhos ou nossos netos pensarão que um carro que rode com gasolina e tem um… como é que se chama mesmo? Ah é, um “pedal de embreagem” é hilariamente antiquado. Consequentemente, a maioria não vai conhecer o prazer de usar todo o corpo para dirigir um carro, a sensação de envolvimento que as borboletas quase – mas nunca totalmente – substituem. Eles não vão gastar dinheiro em um carro manual, assim como muitos não estão dispostos a gastar em um carro com freios a tambor ou carburadores; será apenas uma curiosa relíquia.
Eu não acho que isso importe, no entanto. No último século, tivemos tantos carros belos, divertidos, rápidos e interessantes. A maioria fabricada com alavanca. Se um motorista quiser uma transmissão manual, só será preciso olhar nos classificados. Assim sendo, sim, acredito que as borboletas vão substituir a transmissão manual tradicional, mas não há motivos para ficar chateado ou dizer que vai sentir falta da alavanca; ela está por toda a parte e assim será durante muitas décadas. Só não vão ser novas.
Manuais serão bem-vindos como mais um aspecto do hobby por trás dos clássicos e eu os receberei de braços abertos, independente de serem apenas “uma curiosidade”.
Potência não é nada sem controle, por hexagonist.
O designer industrial Don Norman falou sobre o fenômeno em seu livro “The Design of Future Things”.
Nós precisamos da conexão física com nossas máquinas tanto para nosso prazer quanto para a segurança. Ele fala sobre o paradoxo da crescente tecnologia nos carros nos tornando motoristas piores. Enquanto o carro cria uma ilusão cada vez maior de segurança, nós nos tornamos menos ligados ao ato de dirigir.
O exemplo que ele dá como modelo para uma interação futura com o automóvel é a do cavalo e do cavaleiro. Quando você cavalga, há toda uma série de sinais discretos do cavalo sobre o que está acontecendo. Os carros, segundo ele, deveriam ter características semelhantes.
Quando você dirige um carro puramente mecânico de anos atrás, há uma série de maneiras para saber o que está acontecendo, desde ruídos na câmara de combustão até o uso de uma direção não assistida.
A troca de marcha é parte desta sinfonia de sons e experiências. Você sente a embreagem desengatando, você sente o momento em que a transmissão encontra a engrenagem, você sente a velocidade das rotações do motor.
Sistemas fly-by-wire têm muitas vantagens, mas quem gosta de dirigir sempre terá uma experiência melhor se a sua conexão física com o carro permanecer o mais intacta possível.
Longo prazo, por clairborne.
Não. Nenhum deles seguirá por muito tempo até que um vença.
Resumidamente, a transmissão em um carro se tornará redundante com a queda do motor de combustão interna.
Afinal de contas, um carro elétrico não tem embreagem ou marchas.
E aí? Alguns fabricantes – e não estamos falando apenas das premium – já estão adotando caixas computadorizadas ou já as tornaram padrão mesmo que muitos fãs lamentem a perda da relação mecânica. Apesar de ninguém reclamar que as borboletas sejam tão sedadas quanto automáticos puros, ainda há reclamações sobre a perda do envolvimento táctil. Em resposta, os fabricantes apontam um desempenho superior e uma atitude mais próxima aos dos modelos de competição entre outras vantagens.
Será que as trocas ao volante algum dia vão tomar o lugar da grelha e do pedal de embreagem nos corações dos gearheads, ou esta é uma pisada de bola dos fabricantes? Agora é a vez de vocês justificarem suas opiniões.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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