Reposicionado em segmento mais restrito que o modelo anterior, Volkswagen Passat triplica as vendas
por Rodrigo Machado
Na hora de lançar o novo Passat no Brasil, em junho desse ano, a Volkswagen percebeu uma nova tendência no mercado em que o seu sedã médio-grande atuava. Com o modelo antigo, apresentado por aqui em 2006, a marca alemã imaginava um espectro maior para vender o seu carro.
Por isso, disponibilizava duas motorizações e preços que variavam entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. Agora, a história é diferente. O novo Passat está espremido entre dois subsegmentos criados nesse meio tempo. Com preço de tabela de R$ 106.700, ele se posiciona acima dos sedãs médios produzidos no Mercosul e no México em suas versões topo de linha, próximos aos R$ 90 mil, e abaixo dos médios “básicos” das marcas premium, que ficam na casa dos R$ 120 mil. Ou seja, agora atua em um nicho bem mais específico.
Quando o assunto é motorização, o Passat se encontra em um setor ainda mais exclusivo. Ele tem um propulsor de quatro cilindros 2.0 turbo de 211 cv, o que o coloca numa faixa de potência entre os motores aspirados de tamanho semelhante, que ficam na faixa de 170 cv, e os V6, que beiram os 260 cv. Ou seja, se no preço ele fica próximo de Ford Fusion V6 e Hyundai Azera, na força do motor fica um pouco abaixo. Mas, mesmo com tamanha “especialização”, o executivo alemão ainda se deu bem. Desde que chegou, em junho, triplicou a sua média de vendas em relação ao antigo Passat, chegando aos 300 carros vendidos por mês. Ainda não mete medo no líder do segmento, o Ford Fusion, com suas quase 800 unidades mensais. Mas, sem dúvida, é um belo recomeço.
De resto, no entanto, o Passat é diferente. Adotou a nova identidade visual que a Volkswagen tem espalhado por toda a sua linha de modelos. É aquela que ostenta grade e faróis com linhas bem retas e traços que tentam dar um toque a mais de elegância. O perfil não tem grandes ousadias, assim como a traseira, com lanternas horizontais que invadem a tampa do porta-malas. No geral, é um carro bonito, mas com um aspecto que carece de novidade. A plataforma é a mesma do modelo anterior, com alguns aprimoramentos. Novos painéis reforçados e uma carroceria mais leve foram incorporados, assim como melhorias no isolamento acústico.
Mesmo com um conjunto dinâmico de qualidade e uma boa construção estrutural, é através da lista de equipamentos que a Volkswagen tenta vender o Passat. Os itens de série até são triviais. Estão lá airbags frontais, laterais e de cabeça, ABS, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado dual zone, revestimento em couro, trio elétrico, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas e rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com touchscreen. Já os opcionais são bem mais chamativos. O módulo Conforto soma ao conjunto bancos dianteiros com ajustes elétricos, faróis bi-xenon com led, sistema de acesso keyless e a segunda geração do Park Assist por elevados R$ 19.509. Para acrescentar o controle de cruzeiro adaptativo, teto solar e GPS, são necessários ainda mais R$ 12.060. Ou seja, completo, exibindo o máximo de tecnologia que pode ter, o Passat custa R$ 138.269. Ou seja, chega a superar até o preço de um BMW 320i, que parte de R$ 113 mil.
Desempenho – O Passat anda bem. O propulsor 2.0 TFSI faz a sua parte e empurra com vontade os 1.474 kg do sedã. A oferta de força é quase sempre constante e presente, fruto do torque máximo de 28,5 kgfm ser oferecido logo a 1.700 rpm, ou seja, praticamente ao sair da marcha lenta. A transmissão também é ótima. Automatizada e de dupla embreagem, ela faz as trocas de maneira quase imperceptível e de maneira muito rápida. O zero a 100 km/h em 7,6 segundos para um sedã médio-grande é impressionante. Nota 9.
Estabilidade – O Passat recebeu claramente um acerto de suspensão mais voltado para o conforto. É nítida a diferença em relação ao Jetta, por exemplo. Em linha reta, o médio-grande é absolutamente neutro, quase sempre com uma ótima comunicação entre rodas e volante. Nas curvas, a sensação de segurança se mantém. Mesmo macio, o Passat gruda bem no chão e a carroceria pouco rola. Nota 9.
Interatividade – É um dos fortes do sedã. Os bancos da frente contam com ajustes elétricos que fazem a tarefa de achar uma boa posição de dirigir bem simples e todos os equipamentos estão à mão. A tela sensivel ao toque com o sistema de entretenimento tem funcionamento simples e intuitivo. O Park Assist é outro dispositivo que funciona de maneira eficiente e autoexplicativa. Nota 9.
Consumo – O Passat fez a boa média de 10,7 km/l de gasolina. Um consumo satisfatório para o desempenho e o conforto que o modelo oferece. Nota 8.
Tecnologia – A sétima geração do Passat trouxe como principal avanço os equipamentos embarcados. Portanto, itens tecnológicos importantes estão lá, como Park Assist e controle de cruzeiro adaptativo. O problema é que eles são opcionais. A mudança de geração também trouxe um melhor isolamento acústico. O conjunto mecânico formado pelo motor 2.0 TFSI e a transmissão DSG é muito bom. A plataforma é a mesma do modelo antigo, ou seja, surgida em 2005. Nota 8.
Conforto – A suspensão mais voltada para o conforto permite que o Passat supere as buraqueiras das cidades com competência. Os bancos de couro têm a espuma com densidade firme e abraçam bem os ocupantes. Os 2,71 metros de distância entre-eixos dão bastante espaço para quatro ocupantes se posicionarem com conforto. Um quinto passageiro, no entanto, torna o espaço no banco traseiro um tanto restrito. Nota 8.
Habitabilidade – Os acessos do Passat são bons, com vãos de abertura das portas de tamanho decente. No interior, existe uma boa oferta de porta-objetos, com destaque para o grande espaço no console central. O porta-malas guarda 485 litros – no patamar dos concorrentes. Nota 8.
Acabamento – É um dos pontos que o Passat mais se diferencia do resto da linha da Volks. O interior tem materiais pouco comuns em carros da marca, como o alumínio escovado, que passa ainda mais requinte ao sedã. Além disso, o interior é revestido com plásticos de ótimo toque, em sua grande maioria emborrachados. O charme final, tipicamente alemão, é o relógio analógico no topo do painel. Nota 9.
Design – O Passat até é um carro visualmente equilibrado. Frente e traseira são harmônicas e fazem um desenho imponente. O problema é que seu design é bastante similar ao do Jetta, o que deixa o carro com aspecto “manjado” demais. Nota 7.
Custo/benefício – Entre os seus concorrentes diretos, o Passat tem um preço intermediário. Ele custa R$ 106.700, algo superior aos R$ 94.360 do Ford Fusion V6 – que é importado do México e tem acabamento bem mais modesto – e que o Honda Accord 2.0 com seus R$ 99.800. Mas é menos que a versão V6 do modelo japonês, que custa R$ 144.500, e que o Toyota Camry, também com seis cilindros e preço de R$ 131 mil. Ainda há a concorrência interna do Jetta Highline por R$ 89.520 e com mesmo conjunto dinâmico. Outro problema é a extensa lista de opcionais. Completo, com todos os equipamentos que aparecem na propaganda, o Passat pula para R$ 138 mil. Mesmo assim, o fato das vendas terem triplicado parece indicar que a Volkswagen não se equivocou tanto na decisão sobre o preço do novo modelo. Nota 6.
Total – O Volkswagen Passat 2.0 TFSI somou pontos 81 em 100 possíveis.
Resposta dinâmica
É preciso uma análise cuidadosa para identificar o Passat entre os sedãs da Volkswagen. O visual dele, bem sóbrio, é praticamente o mesmo do médio Jetta e, por isso, pode causar confusão. O diferencial do médio-grande é uma dose extra de elegância, conseguida pelos frisos cromados, pelo porte superior e pelo aspecto ligeiramente mais classudo da carroceria.
Mas aí logo se passa para o interior e o sentimento inicial muda. A cabine do Passat passa uma sensação de requinte que o Jetta não transmite. Os materiais usados são nobres, como acabamento em alumínio escovado no painel, além do plástico soft touch espalhado pela cabine e pelas portas. A posição de dirigir também é das melhores, com um posto de condução baixo. Ajustar os bancos é fácil graças aos diversos ajustes elétricos que o carro oferece para os bancos dianteiros.
Na hora de acelerar, o Passat traz um conjunto já conhecido. É o motor 2.0 TFSI junto com a transmissão automatizada de dupla embreagem DSG. E o resultado também já é conhecido: acelerações vigorosas para um carro de quase uma tonelada e meia e com proposta executiva. O zero a 100 km/h, por exemplo, é cumprido em apenas 7,6 segundos.
Mas somente um bom conjunto dinâmico não seria capaz de vender o Passat. Afinal, o Jetta já compartilha o mesmo “powertrain” e tem um comportamento parecido. Portanto, a Volks apostou nos equipamentos. E aí ele vai muito bem. Faróis em led, controle de cruzeiro adaptativo e keyless ajudam a distanciar o Passat do Jetta. Mas o destaque mesmo é a segunda geração do Park Assist, que estaciona o carro em vagas perpendiculares e paralelas apenas com o toque de um botão. É o tipo de sistema que eleva o valor do veículo. Exatamente aquilo que o Passat precisa para fazer valer a tradição do nome que carrega.
Volkswagen Passat 2.0 TFSI
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, sobrealimentado por turbocompressor com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas e controle contínuo de abertura e fechamento das válvulas. Injeção direta de combustível.
Transmissão: Câmbio mecânico automatizado com dupla embreagem, seis marchas à frente e uma a ré e opção de mudanças sequenciais na alavanca ou através de aletas atrás do volante. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 211 cv 5.300 rpm.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 7,6 segundos.
Velocidade máxima: 210 km/h.
Torque máximo: 28,5 kgfm a 1.700 rpm..
Diâmetro e curso: 82,5 mm X 92,8 mm. Taxa de compressão: 9,6:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente multilink, com quatro braços articulados, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 235/45 R17.
Freios: Dianteiros ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Oferece ABS e EBD e assistente de frenagem de emergência.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,76 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,48 m de altura e 2,71 m de entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina.
Peso: 1.474 kg.
Capacidade do porta-malas: 485 litros.
Tanque de combustível: 70 litros.
Produção: Bratislava, Eslováquia.
Lançamento: 2010.
Lançamento no Brasil: 2011.
Itens de série: Airbags frontais, laterais e de cabeça, ABS, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado dual zone, revestimento em couro, bancos com ajuste manual de altura, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas e rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth tela touchscreen.
Preço: R$ 106.700.
Opcionais: Bancos dianteiros com ajustes elétricos com aquecimento, faróis bi-xenon com led, keyless, sistema de auxílio de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, teto solar e GPS.
Preço completo: R$ 138.269.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
Na hora de lançar o novo Passat no Brasil, em junho desse ano, a Volkswagen percebeu uma nova tendência no mercado em que o seu sedã médio-grande atuava. Com o modelo antigo, apresentado por aqui em 2006, a marca alemã imaginava um espectro maior para vender o seu carro.
Por isso, disponibilizava duas motorizações e preços que variavam entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. Agora, a história é diferente. O novo Passat está espremido entre dois subsegmentos criados nesse meio tempo. Com preço de tabela de R$ 106.700, ele se posiciona acima dos sedãs médios produzidos no Mercosul e no México em suas versões topo de linha, próximos aos R$ 90 mil, e abaixo dos médios “básicos” das marcas premium, que ficam na casa dos R$ 120 mil. Ou seja, agora atua em um nicho bem mais específico.
Quando o assunto é motorização, o Passat se encontra em um setor ainda mais exclusivo. Ele tem um propulsor de quatro cilindros 2.0 turbo de 211 cv, o que o coloca numa faixa de potência entre os motores aspirados de tamanho semelhante, que ficam na faixa de 170 cv, e os V6, que beiram os 260 cv. Ou seja, se no preço ele fica próximo de Ford Fusion V6 e Hyundai Azera, na força do motor fica um pouco abaixo. Mas, mesmo com tamanha “especialização”, o executivo alemão ainda se deu bem. Desde que chegou, em junho, triplicou a sua média de vendas em relação ao antigo Passat, chegando aos 300 carros vendidos por mês. Ainda não mete medo no líder do segmento, o Ford Fusion, com suas quase 800 unidades mensais. Mas, sem dúvida, é um belo recomeço.
Para fazer barulho com um modelo de posicionamento mercadológico tão segmentado, a Volkswagen não precisou mexer no conjunto dinâmico do Passat. Manteve o motor 2.0 TFSI e a transmissão automatizada DSG de dupla embreagem que estava no modelo antigo. Apenas deu uma guaribada em ambos. O propulsor ganhou mais potência. Saiu dos 200 cv para os 211 cv, mas manteve o torque de 28,5 kgfm a 1.700 rpm – é uma configuração diferente do Audi TT, por exemplo, que tem a mesma potência, mas um torque de 35,6 kgfm. O câmbio foi aprimorado e ficou mais rápido. Com isso, o sedã – teoricamente executivo – tem um desempenho dos mais instigantes do segmento. Alcança os primeiros 100 km/h em 7,6 segundos e atinge 210 km/h como velocidade máxima.
De resto, no entanto, o Passat é diferente. Adotou a nova identidade visual que a Volkswagen tem espalhado por toda a sua linha de modelos. É aquela que ostenta grade e faróis com linhas bem retas e traços que tentam dar um toque a mais de elegância. O perfil não tem grandes ousadias, assim como a traseira, com lanternas horizontais que invadem a tampa do porta-malas. No geral, é um carro bonito, mas com um aspecto que carece de novidade. A plataforma é a mesma do modelo anterior, com alguns aprimoramentos. Novos painéis reforçados e uma carroceria mais leve foram incorporados, assim como melhorias no isolamento acústico.
Mesmo com um conjunto dinâmico de qualidade e uma boa construção estrutural, é através da lista de equipamentos que a Volkswagen tenta vender o Passat. Os itens de série até são triviais. Estão lá airbags frontais, laterais e de cabeça, ABS, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado dual zone, revestimento em couro, trio elétrico, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas e rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com touchscreen. Já os opcionais são bem mais chamativos. O módulo Conforto soma ao conjunto bancos dianteiros com ajustes elétricos, faróis bi-xenon com led, sistema de acesso keyless e a segunda geração do Park Assist por elevados R$ 19.509. Para acrescentar o controle de cruzeiro adaptativo, teto solar e GPS, são necessários ainda mais R$ 12.060. Ou seja, completo, exibindo o máximo de tecnologia que pode ter, o Passat custa R$ 138.269. Ou seja, chega a superar até o preço de um BMW 320i, que parte de R$ 113 mil.
Ponto a ponto
Desempenho – O Passat anda bem. O propulsor 2.0 TFSI faz a sua parte e empurra com vontade os 1.474 kg do sedã. A oferta de força é quase sempre constante e presente, fruto do torque máximo de 28,5 kgfm ser oferecido logo a 1.700 rpm, ou seja, praticamente ao sair da marcha lenta. A transmissão também é ótima. Automatizada e de dupla embreagem, ela faz as trocas de maneira quase imperceptível e de maneira muito rápida. O zero a 100 km/h em 7,6 segundos para um sedã médio-grande é impressionante. Nota 9.
Estabilidade – O Passat recebeu claramente um acerto de suspensão mais voltado para o conforto. É nítida a diferença em relação ao Jetta, por exemplo. Em linha reta, o médio-grande é absolutamente neutro, quase sempre com uma ótima comunicação entre rodas e volante. Nas curvas, a sensação de segurança se mantém. Mesmo macio, o Passat gruda bem no chão e a carroceria pouco rola. Nota 9.
Interatividade – É um dos fortes do sedã. Os bancos da frente contam com ajustes elétricos que fazem a tarefa de achar uma boa posição de dirigir bem simples e todos os equipamentos estão à mão. A tela sensivel ao toque com o sistema de entretenimento tem funcionamento simples e intuitivo. O Park Assist é outro dispositivo que funciona de maneira eficiente e autoexplicativa. Nota 9.
Consumo – O Passat fez a boa média de 10,7 km/l de gasolina. Um consumo satisfatório para o desempenho e o conforto que o modelo oferece. Nota 8.
Tecnologia – A sétima geração do Passat trouxe como principal avanço os equipamentos embarcados. Portanto, itens tecnológicos importantes estão lá, como Park Assist e controle de cruzeiro adaptativo. O problema é que eles são opcionais. A mudança de geração também trouxe um melhor isolamento acústico. O conjunto mecânico formado pelo motor 2.0 TFSI e a transmissão DSG é muito bom. A plataforma é a mesma do modelo antigo, ou seja, surgida em 2005. Nota 8.
Conforto – A suspensão mais voltada para o conforto permite que o Passat supere as buraqueiras das cidades com competência. Os bancos de couro têm a espuma com densidade firme e abraçam bem os ocupantes. Os 2,71 metros de distância entre-eixos dão bastante espaço para quatro ocupantes se posicionarem com conforto. Um quinto passageiro, no entanto, torna o espaço no banco traseiro um tanto restrito. Nota 8.
Habitabilidade – Os acessos do Passat são bons, com vãos de abertura das portas de tamanho decente. No interior, existe uma boa oferta de porta-objetos, com destaque para o grande espaço no console central. O porta-malas guarda 485 litros – no patamar dos concorrentes. Nota 8.
Acabamento – É um dos pontos que o Passat mais se diferencia do resto da linha da Volks. O interior tem materiais pouco comuns em carros da marca, como o alumínio escovado, que passa ainda mais requinte ao sedã. Além disso, o interior é revestido com plásticos de ótimo toque, em sua grande maioria emborrachados. O charme final, tipicamente alemão, é o relógio analógico no topo do painel. Nota 9.
Design – O Passat até é um carro visualmente equilibrado. Frente e traseira são harmônicas e fazem um desenho imponente. O problema é que seu design é bastante similar ao do Jetta, o que deixa o carro com aspecto “manjado” demais. Nota 7.
Custo/benefício – Entre os seus concorrentes diretos, o Passat tem um preço intermediário. Ele custa R$ 106.700, algo superior aos R$ 94.360 do Ford Fusion V6 – que é importado do México e tem acabamento bem mais modesto – e que o Honda Accord 2.0 com seus R$ 99.800. Mas é menos que a versão V6 do modelo japonês, que custa R$ 144.500, e que o Toyota Camry, também com seis cilindros e preço de R$ 131 mil. Ainda há a concorrência interna do Jetta Highline por R$ 89.520 e com mesmo conjunto dinâmico. Outro problema é a extensa lista de opcionais. Completo, com todos os equipamentos que aparecem na propaganda, o Passat pula para R$ 138 mil. Mesmo assim, o fato das vendas terem triplicado parece indicar que a Volkswagen não se equivocou tanto na decisão sobre o preço do novo modelo. Nota 6.
Total – O Volkswagen Passat 2.0 TFSI somou pontos 81 em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Resposta dinâmica
É preciso uma análise cuidadosa para identificar o Passat entre os sedãs da Volkswagen. O visual dele, bem sóbrio, é praticamente o mesmo do médio Jetta e, por isso, pode causar confusão. O diferencial do médio-grande é uma dose extra de elegância, conseguida pelos frisos cromados, pelo porte superior e pelo aspecto ligeiramente mais classudo da carroceria.
Mas aí logo se passa para o interior e o sentimento inicial muda. A cabine do Passat passa uma sensação de requinte que o Jetta não transmite. Os materiais usados são nobres, como acabamento em alumínio escovado no painel, além do plástico soft touch espalhado pela cabine e pelas portas. A posição de dirigir também é das melhores, com um posto de condução baixo. Ajustar os bancos é fácil graças aos diversos ajustes elétricos que o carro oferece para os bancos dianteiros.
A mesma impressão de requinte e conforto continua com o carro em movimento. A suspensão é suave e transmite boa sensação de conforto. Chega até a dar aquela impressão de que o carro “flutua” sobre o asfalto. O lado bom é que, mesmo com a suspensão macia, o carro não fica muito solto nas curvas. A carroceria rola pouco e permite até algumas ousadias na direção.
Na hora de acelerar, o Passat traz um conjunto já conhecido. É o motor 2.0 TFSI junto com a transmissão automatizada de dupla embreagem DSG. E o resultado também já é conhecido: acelerações vigorosas para um carro de quase uma tonelada e meia e com proposta executiva. O zero a 100 km/h, por exemplo, é cumprido em apenas 7,6 segundos.
Mas somente um bom conjunto dinâmico não seria capaz de vender o Passat. Afinal, o Jetta já compartilha o mesmo “powertrain” e tem um comportamento parecido. Portanto, a Volks apostou nos equipamentos. E aí ele vai muito bem. Faróis em led, controle de cruzeiro adaptativo e keyless ajudam a distanciar o Passat do Jetta. Mas o destaque mesmo é a segunda geração do Park Assist, que estaciona o carro em vagas perpendiculares e paralelas apenas com o toque de um botão. É o tipo de sistema que eleva o valor do veículo. Exatamente aquilo que o Passat precisa para fazer valer a tradição do nome que carrega.
Ficha técnica
Volkswagen Passat 2.0 TFSI
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, sobrealimentado por turbocompressor com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas e controle contínuo de abertura e fechamento das válvulas. Injeção direta de combustível.
Transmissão: Câmbio mecânico automatizado com dupla embreagem, seis marchas à frente e uma a ré e opção de mudanças sequenciais na alavanca ou através de aletas atrás do volante. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 211 cv 5.300 rpm.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 7,6 segundos.
Velocidade máxima: 210 km/h.
Torque máximo: 28,5 kgfm a 1.700 rpm..
Diâmetro e curso: 82,5 mm X 92,8 mm. Taxa de compressão: 9,6:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente multilink, com quatro braços articulados, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 235/45 R17.
Freios: Dianteiros ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Oferece ABS e EBD e assistente de frenagem de emergência.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,76 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,48 m de altura e 2,71 m de entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina.
Peso: 1.474 kg.
Capacidade do porta-malas: 485 litros.
Tanque de combustível: 70 litros.
Produção: Bratislava, Eslováquia.
Lançamento: 2010.
Lançamento no Brasil: 2011.
Itens de série: Airbags frontais, laterais e de cabeça, ABS, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado dual zone, revestimento em couro, bancos com ajuste manual de altura, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas e rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth tela touchscreen.
Preço: R$ 106.700.
Opcionais: Bancos dianteiros com ajustes elétricos com aquecimento, faróis bi-xenon com led, keyless, sistema de auxílio de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, teto solar e GPS.
Preço completo: R$ 138.269.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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