12 de nov. de 2011

Lembranças de um passeio na viatura mais assustadora da Polícia


Aquele post sobre as viaturas Ferrari,  me fez lembrar de uma outra viatura mutcho louca que conheci em São Paulo, alguns anos atrás, numa reportagem para a finada Quatro Rodas Tuning. Era uma Blazer do GER, Grupo Especial de Resgate da Polícia Civil. Não sabia direito onde estava me metendo até que os caras resolveram me levar para um passeio.

Na primeira acelerada, aquele uivo típico de turbina. O sistema de alimentação era todo retrabalhado, e fazia o motor V6 render entre 250 e 300 cavalos.  O que eu nunca vou esquecer, porém, era a forma como esses caras dirigiam: uma rapidez alucinante, cortando o trânsito como se fosse uma bola de pinball, acelerando em curvas de 90º que me fizeram pensar na breviedade da vida e na confiabilidade do cinto de segurança, enquanto tentava não ser catapultado para fora – as suspensões haviam sido retrabalhadas, mas nenhum engenheiro no mundo vai conseguir fazer uma Blazer parar de pular em alta velocidade. Fomos de Santo Amaro até o centro de São Paulo em uns 10 minutos no meio do trânsito das 18h – se você conhece a cidade, sabe que isso é um absurdo.

Os policiais me contaram que o plano original era montar uma Blazer V6 biturbo ainda mais animalesca, mas que a confiabilidade iria para o saco. Ainda perguntei por que envenenar tanto uma Blazer, e eles explicaram que, além da viatura ter bastante peso adicional por causa da blindagem, a ideia era utilizá-la em ações localizadas, como resgates, perseguições e capturas de bandidos. Moral da história: pela primeira vez na vida, tive vontade de ser policial.

ps 1: a versão oficial era de que todos os equipamentos da Blazer eram “patrocínios de empresas amigas”. De fato, deve ser bom negócio ser amigo desses caras e chamá-los numa emergência.
ps 2: acabei de descobrir que sou o pior scanneador do mundo

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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