9 de nov. de 2011

Dirigente aposta em neto de Fittipaldi para driblar má fase do Brasil na F1

Presidente da empresa que administra Interlagos, Carvalho acompanhou Kassab em vistoria ao circuito. Foto: Bruno Santos/Terra Presidente da empresa que administra Interlagos, Carvalho acompanhou Kassab em vistoria ao circuito
Foto: Bruno Santos/Terra

Henrique Moretti
Direto de São Paulo
Em meio a um cenário pessimista que aponta para a aposentadoria de Rubens Barrichello, a saída de Felipe Massa da Ferrari e o futuro nebuloso de Bruno Senna, um piloto com o sobrenome Fittipaldi surge como candidato a encerrar a fase ruim do Brasil na Fórmula 1.
Trata-se de Pietro, neto de Emerson, em quem o avô aposta bastante alto segundo Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris - empresa de turismo e eventos de São Paulo responsável pela administração do circuito de Interlagos.
Pietro Fittipaldi, 15 anos, ganhou notoriedade em setembro, ao virar o primeiro latino-americano a se tornar campeão de uma categoria da Nascar - no caso a Limited Late Model. Embora o jovem já tenha declarado que sua ambição não é seguir para a F1 e sim chegar à categoria principal da Nascar dentro de cinco temporadas, Emerson imagina que o neto possa deixar os carros de turismo.
Pelo menos é isso o que indicou Carvalho nesta quarta, quando acompanhou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na vistoria do autódromo de Interlagos, em São Paulo. A pista recebe o Grande Prêmio do Brasil em 27 de novembro.
"Claro que o ideal seria nós termos um brasileiro brigando, né? Estamos torcendo para que isso venha a acontecer. Ninguém é bobo de querer esconder o desejo de ter o (Felipe) Massa correndo de novo bem, de ter novos Ayrtons Sennas... mas eu conversei com o Emerson Fittipaldi na sexta, ele está esperançoso porque tem uma garotada boa aí e está 'babando' com o neto", contou.
Emerson, 64 anos, foi campeão da Fórmula 1 em 1972 e 1974 e em 1989 se consagrou também na Indy. O sobrinho, Christian, também correu nas duas categorias e ainda na Nascar entre a década de 90 e o início dos anos 2000. Agora, desponta mais um representante da família. "O Pietro, o Emerson disse que esse aí tem futuro", completou Carvalho.
Se pelo menos um entre Felipe Massa, Rubens Barrichello e Bruno Senna não ficar entre os três primeiros colocados no GP de Abu Dhabi, neste fim de semana, ou no do Brasil, o País fechará uma temporada sem ver um representante subir ao pódio da elite do automobilismo pela primeira vez desde 1998.
O drama pode ficar ainda maior, porque Barrichello e Bruno Senna ainda não assinaram contrato com alguma equipe para 2012 e Felipe Massa tem vínculo com a Ferrari somente por mais 13 meses.
Apesar de torcer para promessas como Pietro evoluírem rapidamente, Carvalho nega que a prova em Interlagos perderia público e interesse no Brasil caso o período ruim dos pilotos nacionais se prolongue: "o brasileiro gosta da Fórmula 1 de qualquer forma, é viciado. Isso não nos preocupa. Seria melhor se tivéssemos alguém na ponta, ganhando, mas a Fórmula 1 tem força por si só".

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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