Presidente do órgão que administra Interlagos, Carvalho chamou de "bobagem" suposta necessidade de reformar paddock
Foto: Bruno Santos/Terra
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Em 2007, uma ampla reforma de recapeamento do asfalto diminuiu bastante as ondulações da pista, agradando à maioria dos pilotos. O alvo de reclamação deles e das escuderias, assim, passou para a pequena área disponível nos boxes.
"Para nós lógico que o ideal seria termos algo confortável, com suítes para as equipes e tudo mais, mas eles não acham isso muito importante; os pilotos e as equipes sim, mas a organização não", afirmou Carvalho, que nesta quarta-feira acompanhou o prefeito Gilberto Kassab na vistoria do autódromo.
Em 2010, chamou atenção uma entrevista de Bernie Ecclestone, presidente da FOM (Formula Onde Management, empresa detentora dos direitos comerciais da F1), ao jornal O Estado de S. Paulo. Nela, o inglês classificou Interlagos como "o pior circuito" da categoria e todas as instalações do local como "insuficientes".
Segundo Carvalho, porém, o discurso na realidade é outro. "Não ouvi isso dele não. Ele disse que não é prioritário. Se tivesse falado isso, ele teria mandado a proposta no plano 1, que é onde a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e o Bernie colocam tudo em que acham importante mexer".
Uma reforma que parecia condicionante para manter o GP de Interlagos, portanto, passa longe disso. A prefeitura paulistana já se mexe para renovar o contrato com Ecclestone, válido até 2014, o que pode acontecer até o fim do mandado de Kassab, que acaba no ano que vem. "Poderá sim haver um entendimento com os organizadores para que a gente estique a Fórmula 1 em São Paulo por mais alguns anos", disse o prefeito.
Otimista, Carvalho nega se preocupar também com a expansão recente, em geral asiática, que provocou a estreia de sete circuitos na Fórmula 1 desde 2004 - Bahrein, Turquia, China, Cingapura, Abu Dhabi, Coreia do Sul e Índia. Para os próximos anos, Rússia, Roma e Nova Jérsei (as duas últimas em pistas de rua) também divulgaram interesse em integrar a Fórmula 1.
Caso sejam confirmados, algumas sedes perderão espaço, visto que Ecclestone trabalha com um limite de 20 corridas por campeonato. Para 2012, devido a desavenças com as altas taxas cobradas pela FOM, o GP da Turquia perdeu sua vez, enquanto que os Estados Unidos voltam à categoria, em um autódromo que está sendo construído em Austin.
"Tem plano diretor do Kassab pelos próximos dez anos e a FIA acha que nunca se fez tanto", comentou o presidente da SPTuris. "O Brasil é a bola da vez, pois estamos passando por um período muito rico. A cidade vive do evento e tem infraestrutura para recebê-lo, diferentemente de outras da América do Sul. Se sair daqui sai da América do Sul. São Paulo quer a Fórmula 1 e tenho certeza de que a Fórmula 1 também quer São Paulo".
Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br
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