10 de nov. de 2011

Continuando as férias inesquecíveis em Nürburgring


Quem acompanhou a primeira parte da aventura pode bem imaginar como seria a segunda parte, né?! Pois bem… a segunda parte da história vem repleta de apreensão e surpresas, algo típico de Nür.

Domingo – dia de surpresas


A primeira ação do domingo (dia 14/08) foi acordar e olhar pela janela do hotel que o tempo estava péssimo. No dia anterior alguns amigos deram uma volta, mas era naquele domingo chuvoso que praticamente todos iriam para a pista. Com chuva, porém, o risco do autódromo ser fechado é sempre grande.
Após engolir um café da manhã reforçado, voltar 40 km para Nürburgring e rezar a todo o momento para que a chuva fosse embora, os pedidos não pareciam surtir efeito. O tempo cada vez mais fechado e as horas passando como minutos só deixavam o clima mais apreensivo. Nem mesmo um bom almoço foi capaz de mudar o humor da galera.
“Fizemos “N” planos: ficar pra andar segunda feira das 17:00 às 19:00 h, ou andar no trackday de segunda o dia todo. O grande problema era o investimento, e nessas o tempo foi passando…” relata Rafa Gobor. Mas Deus é brasileiro e não deixou a galera na mão. Lá para o final da tarde o tempo abre de vez e vem a certeza: hora de pista!
Rafael foi para o Clio Cup amarelo de 200 cavalos que estava com Márcio no dia anterior, enquanto este pegou outro azul para variar. Plautos, com um pouco mais de fome de pista, escolheu um Megane R26R. Com o sol a pino e muitos carros na pista, rapidamente as temerosidades foram deixadas de lado para dar lugar a largos sorrisos.
O carro que eu esperava ser ótimo se mostrou ideal pra primeira experiência lá. Todas as assistências que ele tem (como TC e ABS) são extremamente bem acertados. Era possível exigir legal do carro sem que os controles “atrapalhassem”.
Na primeira volta fui tranquilo, conhecendo… mas quando cheguei na Karrusel, daí sim foi o ápice! Terminando aquela primeira volta eu vi que já não era mais sonho: finalmente tinha feito uma volta em NRing! Gran Turismo WHAT? HAHAHA
Mais duas voltas e estava cada vez mais legal. Na quarta comecei a buscar o limite em certos pontos em que estava mais confiante (a quantidade de curvas e pontos cegos é tanta que até pegar tudo e lembrar de cada detalhe requer tempo).
Terminando a quarta volta, voltei para os ‘boxes’, encontrei o Plautos por lá e aproveitei para andar de carona no Megane. Foi muito estranho sentar do lado esquerdo do carro e não ter nada além do painel. Nada de volante, pedais, controles… estava tudo do lado errado, mas foi muito legal a experiência.
Voltamos aos boxes, peguei o Clio e fomos para as nossas duas ultimas voltas. Ter o Plautos na frente como referência foi a melhor coisa do domingo. Fui ao meu limite e consegui seguir-lo. Infelizmente não estavamos mais filmando, mas nossas voltas foram bem legais.
Finda a brincadeira para Rafael e Plautos, resolveram ir todos para a pista – numa van Mercedes, com Márcio ao volante e o resto se segurando onde podia!

A pista fechou e eles ficaram lá pelo portão, de bobeira, para aparecer na câmera online de Nür. Rafael ligou para um amigo aqui no Brasil registra-los por print-screen. Foto feita, momento registrado, hora de guardar as lembranças de toda a experiência vivida e compartilhar com os amigos tão logo voltassem para terra brasilis. Dalí para frente seriam somente passeios por museus automotivos e várias degustações de cerveja. Até que, numa troca de mensagens:
Pai Gobor – “E ai, como foi lá?”
Rafa Gobor – “Andei as 6 voltas. Foi demais!!!”
Pai – “Mas já? Ache outro autodromo e vá andar mais!”
Rafa – “Você quem manda!”
Com a autorização do pai e a sede por pista contagiando todos os outros amigos, faltava apenas decidir o dia da volta à Nür. Fácil: terça feira.

Terça-feira – a despedida

Os horários das voltas eram só no final do dia, então a turma aproveitou para conhecer um pouco mais a vila. A primeira parada foi  na locadora para definir os carros. Desta vez, Rafael e Plautos optaram pelo Megane R26R com direção do lado direito. Álvaro buscou um Scirocco Turbo com câmbio DSG.
Almoço ao lado do Castelo de Nürburgring e muitas fotos para a recordação. Como estava acontecendo um evento fechado, adentrar na pista era impossível, mas eles já tinham planos…
Na hora de ir para a pista, as câmeras foram instaladas escondidas. Logo na primeira acelerada Rafael percebeu que seria necessário reaprender a tocar um carro em Nür: mão inglesa, suspensão mais bem acertada e um motor bem mais forte que o Clio Cup.

As 3 primeiras voltas passaram muito rápido! Foi difícil enquadrar o carro, não tanto pelo fato de trazer as marchas pra você ao invés de levar pra fora. O mais difícil mesmo era se controlar pra não pular as zebras ou passar na grama com o outro lado do carro, pois as noções de localização mudam.

Parei antes da 4ª volta e encontrei o Márcio lá. Levei ele de carona na 4ª e ultima volta, que demonstrou-se como a mais legal, pelo fato de ter alguem comigo e ter a GoPro virada pra gente, registrando nossa reação andando lá… mas também foi a mais trágica pois errei uma reduzida e engatei a primeira tentando colocar a terceira. O tranco foi tenso, mas nada grave, consegui tirar rápido.

Para Rafael foram ao todo dez voltas, algumas de carona, todas bacanas. Em uma rápida ida ao banheiro havia uma parede entitulada “The Hall of Fame” e várias canetas para usar. Já viu a tentação, né?

Latas de sprays verde e amarelo foram compradas para que a lembrança ficasse registrada. Homenagens, agradecimentos, lembranças e logomarcas foram feitas no asfalto de Nürburgring. “Aí sim a nossa missão estava concluida.” – comemora Rafa Gobor.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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