11 de nov. de 2011

A admirável vida e a triste morte do ponto de navegação mais isolado do mundo


A centenas de quilômetros da vegetação mais próxima, a Árvore do Ténéré era uma referência vital de navegação e localização para quem viajava de carro pelo meio do Saara. Ela marcava a rota entre o Níger e a Argélia, até ser derrubada por um caminhoneiro líbio em 1973.

Há pouco tempo, eu e meu bom amigo Feri estávamos vendo uns mapas rodoviários da África e lá estava ela, em um ponto isolado mas muito conhecido na região de Ténéré, no Níger, a árvore mais solitária do mundo. As árvores não costumam ser marcadas em um mapa de grande escala que mostra metade de um continente, mas esta foi. Ou ao menos, sua lembrança foi.
A Árvore do Ténéré era uma acácia, da época em que o nordeste do Níger era um lugar menos árido, e suas companheiras foram morrendo à medida em que o deserto avançava. Com raízes de cerca de 33 metros para conseguir atingir o lençol freático, ela foi por décadas o único marco no vazio das dunas, o que é suficiente para justificar um lugar nos mapas Michelin.
Depois de ser morta por um caminhoneiro líbio bêbado que a atingiu em 1973, o que sobrou dela está exposto no museu nacional em Niamei, a capital do Níger. Uma árvore de metal terrivelmente feia está em seu lugar, com um aspecto triste, como um poste, sem nenhum vestígio da graciosa melancolia da Árvore do Ténéré.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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