Subcompacto apresentou queda visceral de 47% em setembro, e só agora – 30 meses depois do lançamento – conseguiu atingir 20% do volume que era esperado anualmente
Enquanto suas vendas globais cresceram 29% em 2010 em relação ao ano anterior – em parte graças à estratégia de intensificar a participação em mercados aquecidos como China e Rússia –, o grupo indiano Tata Motors – que também inclui as inglesas Jaguar e Land Rover – não consegue alcançar o mesmo resultado com o subcompacto Nano.
Colocado à venda em março de 2009, o modelo foi projetado pela fabricante asiática como o “carro do povo” daquele país, e estreou no mercado com a ambiciosa expectativa de emplacar 500 mil unidades anuais. O apelo de “carro de 1 lakh”, equivalente a cerca de R$ 3.700 e indicado principalmente para a grande maioria da população indiana que ainda pode ser considerada pobre, não conseguiu embalar as vendas do popular.Enquanto suas vendas globais cresceram 29% em 2010 em relação ao ano anterior – em parte graças à estratégia de intensificar a participação em mercados aquecidos como China e Rússia –, o grupo indiano Tata Motors – que também inclui as inglesas Jaguar e Land Rover – não consegue alcançar o mesmo resultado com o subcompacto Nano.
Em setembro, o subcompacto emplacou 2.936 unidades, apresentando queda de 47% nas vendas em relação ao mesmo mês do ano passado, quando havia contabilizado 5.250 entregas. O número é muito inferior à esperançosa meta de 41 mil unidades mensais de quando foi lançado, mas ainda é positivo na comparação com seus meses mais sombrios, como os insignificantes 509 carros vendidos em novembro de 2010. Naquela época, o modelo enfrentava a desconfiança da população indiana por problemas recorrentes de incêndios em seu sistema elétrico.
A nova estratégia da Tata é oferecer custos reduzidos de manutenção, valores fixos de revisão e garantia estendida para 4 anos ou 60 mil km. Em março, a fabricante indiana conseguiu emplacar 8.707 unidades, mas o patamar não foi mantido, chegando ao pior período em agosto, quando apenas 1.202 unidades foram emplacadas. Por outro lado, as vendas dos demais modelos continuam em escala crescente, com 26.319 veículos comercializados em setembro – crescimento de 10% em relação ao mesmo mês de 2010.
As consultorias indianas listaram, então, uma série de problemas que podem explicar o fracasso isolado do Nano. Entre os motivos estão a rede deficitária da Tata nas zonas rurais da Índia, justamente onde estão localizados os clientes em potencial do modelo, além do marketing negativo em que se converteu o mote de lançamento do subcompacto, “o carro mais barato do mundo”. A população indiana acabou associando o preço baixo do veículo a características pouco positivas, como acabamento espartano e desempenho irregular.
Apesar de só recentemente ter ultrapassado a marca das 100 mil unidades entregues – 20% do volume que deveria ser comercializado a cada ano –, a Tata continua insistindo em seu modelo popular. A fabricante indiana está investindo pesado em uma nova campanha de marketing, na ampliação de sua rede de distribuidores em cidades de médio porte e na abertura de novas categorias de financiamento para consumidores com menor poder aquisitivo.


Fonte:motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário