10 de jun. de 2011

Dez protótipos de Le Mans que fizeram história



A grande corrida é neste fim-de-semana, por isso demos uma olhada nos dez esporte-protótipos mais legais que já correram ao redor do circuito de La Sarthe escolhidos por vocês. A lista inclui tanto os prótótipos quanto os proto-protótipos anteriores a 1992.


Jaguar D-Type


Por que é legal?  O Jaguar D-Type era cheio de tecnologias inovadoras para sua época. Usava um chassi monocasco com bolsas de combustível deformáveis e uma das carrocerias mais bonitas já saídas da fábrica de Browns Lane. Usava muitas peças e componentes do C-Type, incluindo o motor XK seis-em-linha e os discos de freio modificados. Venceria em 1955. Em 1956, um D-Type inscrito pela equipe independente Ecurie Ecosse cruzaria novamente a linha de chegada em primeiro, superando as dominantes Ferraris e Aston Martins. Em 1957 os D-Types levariam cinco das seis primeiras posições em sua terceira vitória seguida. Infelizmente o regulamento mudou para a corrida de 1958, tornando o carro obsoleto.

Porsche 911 GT-1


Por que é legal?  Apesar de ser chamado de 911, o GT-1 tem pouco a ver com seu xará das ruas. Seu chassi dianteiro veio do 911 993, mas o resto (incluindo o motor refrigerado a água) veio do 962. Embora o carro tenha vencido a categoria GT1 em seu primeiro ano, em 1996, não voltaria a vencer até 1998, quando uma versão modificada passeou absoluta, em parte devido a problemas mecânicos que abalaram o BMW V12 LM, o Mercedes CLK-LM e o Toyota GT-One. Isso deu à Porsche sua 16ª vitória geral em La Sarthe.

Jaguar XJR-9


Por que é legal? O Jaguar XJR-9 pode não ser o protótipo mais bonito de Le Mans, mas sem dúvida é o mais distinto. Embora os Porsches tenham sido mais rápidos na qualificação em 1988, na segunda volta o Jaguar tomou a dianteira. O carro teve problemas na caixa de marchas e ficou em quarta marcha por boa parte da corrida. Apesar disso ele venceu, marcando a primeira vez desde 1980 que um Porsche não subiu ao topo do pódio e a primeira vez desde 1957 que um Jaguar ocuparia aquela vaga.

Chaparral 2F


Por que é legal? Os Chaparral sempre foram carros à frente de seu tempo. Tanto que sua confiabilidade nunca alcançou seus avanços tecnológicos. O 2F usava a enorme asa do modelo anterior, 2E, mas com o cockpit fechado do leve 2D, na esperança de vencer a prova. Infelizmente seu motor de sete litros provou ser demais para a transmissão automática e por isso ela quebrava constantemente. Quando Jim Hall e sua equipe encontraram uma solução para o problema, era tarde demais. O 2F abandonou sua única participação em Le Mans em 1967 e as regras mudaram no ano seguinte, proibindo sua utilização.

Ferrari 330 P3/4


Por que é legal?  A Ferrari 330 P3/4 é um dos carros mais belos a rodar sobre o asfalto de La Sarthe. Em 1967 eles vinham de sua triunfal vitória tripla nas 24 Horas de Daytona, onde recriaram o domínio da Ford no ano anterior. Infelizmente a Ferrari não teve a mesma sorte na França, terminando com dois carros logo atrás de Dan Gurney e A.J. Foyt em um GT40. Dizem que as Ferraris ficaram ainda mais belas assim.

Toyota GT-One


Por que é legal? Embora o GT-One tenha sido bem-sucedido no visual, esse sucesso não migrou para a pista. Afetados por problemas de confiabilidade e até mesmo má sorte, os GT-Ones nunca tiveram um lugar ao sol. Isso não quer dizer que eles não tentaram: os projetistas da Toyota deram uma boa lida no regulamento e nos projetos de destaque da época – o Mercedes-Benz CLK-GTR e o Porsche 911 GT1. Como resultado, a Toyota convenceu os oficiais do Automobile Club de l’Ouest de que o tanque de combustível vazio do carro preenchia o requisito de ter compartimento de bagagem. Eles também construíram uma versão de rua do carro sem a menor intenção de vendê-lo a alguém. A Toyota leva um 10 pelo esforço, mas zero na corrida.

Audi R10 TDI


Por que é legal? A única forma de descrever o R10 é chamando-o de “dominante”. O carro venceu todas as edições das 24 Horas de Le Mans que disputou, de 2006 até ser substituído pelo R15, em 2009. Foi projetado para substituir o R8 – que não se adequava ao novo regulamento – e fez de modo tão brilhante que venceu três vezes seguidas, sendo o primeiro carro a diesel a vencer a prova francesa.

Ford GT40


Por que é legal? O que pode ser dito sobre o GT40? Foi construído para dar uma lição na Ferrari, que recusou uma proposta de compra feita pela Ford vários anos antes. Venceu Le Mans quatro vezes seguidas, de 1966 a 1969, encerrando a sequência de seis anos da Ferrari (que até hoje não voltou a vencer). Os carros eram lindos e venciam tudo. Em 1967, o GT40 se tornou o único carro americano de uma equipe americana e pilotado por pilotos americanos a vencer em Le Mans.

Porsche 962

Por que é legal? O 962 teve uma vida excepcionalmente longa. Foi lançado em 1984 e alguns exemplares mantiveram-se competitivos até a metade dos anos 90. Na época, muitas equipes acabariam reconstruindo completamente seus carros ao ponto de refazer o chassi e comprar peças de reposição da Porsche. Com um motor maior em 1987, o 962 reinou supremo em Le Mans, vencendo pela sétima vez consecutiva. Em 1994, com um 962 de dez anos modificado para uso urbano, Jochen Dauer venceu a corrida. Se isso não é incrível, eu não sei o que seria.

Mazda 787B


Por que é legal? Tem quatro rotores em seu motor e venceu a edição de 1991 do clássico francês de 24 horas. Também soa como um enxame de abelhas japonesas. E aquela pintura?! Ainda não sei quem achou que seria a decisão correta usar uma combinação laranja e verde. Certamente uma escolha pouco convencional, mas ficou incrível. O 787B foi o primeiro – e até agora, o único – japonês a vencer em La Sarthe e o único carro a vencer a prova sem usar pistões.
Crédito das fotos: Aston Martin DBR-1 Fan Page, AudioKarma.org, Ultimate Car Page, Sports Car Digest
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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