22 de mai. de 2013

GUIA – Mônaco: o GP que o pneu não é tão importante

GP MONACO F1_2012
Ao contrário do que temos visto nas últimas provas, os pneus não devem ter tanto destaque nos próximos dias, durante o final de semana do GP de Mônaco. Isso explica-se pelo fato de o circuito de rua ser o que provoca o menor desgaste dos compostos de toda a temporada.

Por outro lado, as estratégias de paradas não deixam de ser importantes, por diversos motivos. Como as ultrapassagens são muito difíceis, os pilotos apostam em diferentes momentos para fazerem suas paradas para tentarem tirar alguma vantagem. Além disso, é sempre bom ficar de olho no que está acontecendo em outros pontos do circuito, já que nesta corrida existe uma probabilidade de entrada do safety car de em torno de 80%.
Com características muito peculiares, a prova em Mônaco força as equipes a desenvolverem pacotes específicos para esta etapa. Os carros ganham asas, carenagens e assoalhos que promovem uma maior pressão aerodinâmica. Além disso, também é feito um trabalho especial com a suspensão, já que, por causa das baixas velocidades, a aderência mecânica ganha até mais importância do que aerodinâmica.
Também é sempre bom lembrar que a programação da prova em Monte Carlo é diferente das demais. Por isso, se você gosta de acompanhar os treinos livres, não se esqueça que eles acontecem já na quinta-feira.
Confira volta virtual com explicações de Felipe Massa:

PONTOS CRÍTICOS

Dois pontos em que os pilotos enxergam alguma chance de ultrapassagem, a curva 1, a Sainte Devote, e a 10, a Chicane do Porto, na saída do túnel, são lugares em que normalmente têm muita ação e acontecem problemas. São também as duas zonas de maior velocidade, a 275 lm/ e 280 km/h, respectivamente.
Outro lugar para se ficar de olho é o “S” da Piscina, logo depois da curva da Tabacaria em que os pilotos chegam hoje em quinta marcha a cerca de 225 km/h e um pequeno erro de cálculo ao se pegar a zebra, joga o carro para o guard-rail externo na saída da curva.Monaco

PNEUS

Como já foi destacado, o desgaste dos pneus em Mônaco é o menor de toda a temporada. Por isso, a Pirelli aposta na combinação de seus dois compostos mais moles para o final de semana: o macio e o supermacio. Isso faz com que pilotos que normalmente têm problemas para aquecer seus pneus, como Felipe Massa, por exemplo, tenham mais facilidade na classificação.
Em 2012, os dez primeiros colocados fizeram uma estratégia de apenas uma parada, em torno da volta 30. Para este ano, a Pirelli espera que a maioria dos pilotos opte por uma tática de duas paradas, sempre levando-se em consideração que isso pode ser mudado por causa de possíveis entradas do safety car.

REVISÃO DO TEMPO

Quinta-feira: sol, sem chances de chuva (max. 20°C min. 11°C)
Sábado: parcialmente nublado, com 10% de chances de chuva (max. 16°C min. 10°C)
Domingo: sol, sem chances de chuva (max. 18°C min. 12°C)

FIQUE DE OLHO

A Red Bull venceu os últimos três GPs de Mônaco e sem pó problema com desgaste de pneus, que assombra a equipe nas corridas mais exigentes, deve voltar a ser forte na prova deste final de semana.
Muita gente também vem apostando que a Mercedes pode ser forte nesta etapa. São dois fatores. O primeiro é parecido com o da Red Bull: um dos principais problemas do time é a administração da degradação dos compostos, por isso, em Monte Carlo, Nico Rosberg e Lewis Hamilton devem apresentar menos problemas com isso.
O outro é o bom desempenho nas classificações. Em uma pista em que ultrapassar é quase impossível, largar na frente pode ser indício de um bom resultado final. É bom lembrar que em 2012, Michael Schumacher foi o mais rápido na classificação com um dos W03 e só não largou na pole position por conta de uma punição sofrida pelo acidente que causou na etapa anterior, na Espanha.
Lotus e Ferrari também não devem ser descartadas, apesar de sua principal vantagem sobre os adversários, o controle dos pneus, não ter tanta influência. As duas equipes já mostraram que têm carros equilibrados este ano. Porém, o resultado na tomada de tempos de sábado deve ser essencial para definir qual será o objetivo de seus pilotos.

HISTÓRICO DO GRID

Apenas dois pilotos venceram duas vezes nas ruas de Monte Carlo: Fernando Alonso, em 2006 e 2007, e Mark Webber, em 2010 e 2012. O espanhol, apesar de não triunfar há seis anos, também vem de dois pódios consecutivos.
Sebastian Vettel, em 2011, Jenson Button,em 2009, Lewis Hamilton, em 2008, e Kimi Raikkonen, em 2005, são os outros que já levaram os louros no Principado.
Quem não sabe há muito tempo o que é uma vitória em Mônaco é a Ferrari. A última foi em 2001, com Michael Schumacher. A equipe italiana, inclusive, não é muito habituada a triunfos em Monte Carlo. Tirando os três do heptacampeão  (os outros dois foram em 1997 e 99), a última vez que a equipe viu um piloto seu recebendo o troféu de vencedor da prova tinha sido em 1981, com Gilles Villeneuve. No total, foram apenas oito vitórias contra 15 da McLaren, por exemplo.

Apenas dois pilotos venceram duas vezes nas ruas de Monte Carlo: Fernando Alonso, em 2006 e 2007, e Mark Webber, em 2010 e 2012. O espanhol, apesar de não triunfar há seis anos, também vem de dois pódios consecutivos.
Sebastian Vettel, em 2011, Jenson Button,em 2009, Lewis Hamilton, em 2008, e Kimi Raikkonen, em 2005, são os outros que já levaram os louros no Principado.
Quem não sabe há muito tempo o que é uma vitória em Mônaco é a Ferrari. A última foi em 2001, com Michael Schumacher. A equipe italiana, inclusive, não é muito habituada a triunfos em Monte Carlo. Tirando os três do heptacampeão  (os outros dois foram em 1997 e 99), a última vez que a equipe viu um piloto seu recebendo o troféu de vencedor da prova tinha sido em 1981, com Gilles Villeneuve. No total, foram apenas oito vitórias contra 15 da McLaren, por exemplo.

RETROSPECTO BRASILEIRO

É difícil falar de Mônaco sem não pensar em Ayrton Senna. O tricampeão não é só o único brasileiro que já venceu a mais glamourosa como o piloto tem até o hoje o recorde de triunfos no circuito de rua com seis, em apenas 10 participações.
img_2440_2440-ayrton-senna-durante-gp-de-monaco-de-1993
Felipe Massa, que há alguns anos chegou a dizer que não gostava de correr na pista, fez a pole position na edição de 2008 e subiu ao pódio em terceiro neste mesmo ano, assim como já tinha feito no anterior. Desde então, conseguiu apenas mais dois quartos, um sexto (no ano passado) e abandonou em 2011 ao bater no túnel, após um polêmico toque com Lewis Hamilton, que quebrou sua asa dianteira.
Quem bateu na trave algumas vezes foi Rubens Barrichello. O atual piloto da Stock Car terminou em segundo em quatro oportunidades (1997, 2000, 2001 e 2009), além de também ter subido ao pódio, em 2004, em terceiro.
Emerson Fittipaldi, na década de 70, também não conseguiu levar para casa o troféu da tradicional prova. Ele subiu ao pódio em 1972, em terceiro, e em 73 e 75, em segundo.

FICOU PARA A HISTÓRIA

Os guard-rails de Mônaco nunca perdoaram erros, mesmo de grandes campeões. E as coisas podem ficar ainda mais difíceis ainda quando a corrida é com chuva. Por isso, o GP de Monte Carlo já foi palco de algumas provas bem malucas e surpresas.
Mas é difícil lembrar de um final tão louco quanto a edição de 1982. Depois que seu companheiro de Renault, Rene Arnoux, roudou no “S” da Piscina, Alain Prost assumiu a liderança antes mesmo da metade e parecia rumar para uma vitória tranquila. Só que a três voltas do final, uma garoa fez com que tudo mudasse.
Prost perdeu o controle de seu carro na chicane do porto e bateu no guard-rail, abandonando a prova. Ricardo Patrese assume a ponta momentaneamente, até rodar na Loews. Didier Pironi, mesmo com o bico da sua Ferrari avariado, passa o italiano e abre a última volta na frente. Só que na entrada do túnel, o carro do francês para com falta de combustível.
Andre de Cesaris, que vinha em segundo, herdaria a primeira posição. Mas sua Alfa Romeo também parou com pane seca na subida do Cassino. A confusão faz todos se perderem. Ninguém sabe quem está na frente!
E a corrida volta a cair no colo de Patrese, que sem saber, vence o GP de Mônaco. Sim, sem saber. O piloto nem comemora quando a cruza a linha de chegada, pois só foi avisado do triunfo depois. Mesmo sem receber a bandeira quadriculada, Pirroni fica em segundo, com De Cesaris em terceiro, já que eles estavam uma volta à frente Nigel Mansell e Elio de Angelis, quarto e quinto colocados.
Foi uma confusão. Confira:




COMISSÁRIO CONVIDADO

TOM KRISTENSEN (DIN)
Data de nascimento: 7 de julho de 1967 (45 anos)
GPs na F1: nenhum
Equipes: Tyrrell (1998, como piloto de testes)
Títulos no automobilismo: octacampeão das 24 Horas de Le Mans (1997, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2008); hexacampeão das 12 Horas de Sebring (1999, 2000, 2005, 2006, 2009 e 2012); campeão da Petit Le Mans (2002); vice-campeão do Mundial de Endurance na categoria Pilotos (2012)

ASA MÓVEL

Se existe um circuito em que a asa móvel tem pouca ou nenhuma influência, este é Mônaco. O traçado tem apenas uma zona de utilização do dispositivo, o que não significa que este se torne o principal ponto de ultrapassagens.
O ponto de detecção da diferente entre os carros é feito após a curva 16, na saída dos “Esses” da Piscina, e a entrada da 17, antes da La Rascasse (18). O ponto de ativação é logo na saída da 19, a Anthony Noghes”, por toda a reta dos boxes, até a freada para 1, Sainte Devote.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira
5h – 6h30 – Treino Livre 1
9h – 10h30 – Treino Livre 2
Sábado
6h – 7h – Treino Livre 3
9h – Classificação
Domingo
9h – Corrida

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Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br

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