15 de abr. de 2013

F-1: Alonso iguala Mansell e é o 4º maior vencedor da F1


Fernando Alonso agita bandeira da Ferrari para comemorar vitória no GP da China (Greg Baker/AP Photo)Fernando Alonso agita bandeira da Ferrari para comemorar vitória no GP da China (Greg Baker/AP Photo)
O triunfo de Fernando Alonso no GP da China, realizado neste domingo em Xangai, simbolizou uma série de marcas importantes alcançadas pelo bicampeão espanhol em sua já bastante laureada carreira na F1.

Primeiro, colocou fim àquele que se tornou seu maior jejum de vitórias como piloto da Ferrari, 12 corridas, já que sua última presença no degrau mais alto do pódio ocorrera na corrida da Alemanha do ano passado. Segundo, foi sua décima conquista representando a esquadra escarlate, número redondo que o isola como quinto maior vencedor da história de Maranello.
Até então, o hispânico vinha empatado com Kimi Raikkonen e Rubens Barrichello nas estatísticas. Agora, ele fica atrás apenas de, vejam só, Felipe Massa (11), Alberto Ascari (13), Niki Lauda (15) e Michael Schumacher, com sua absurda marca de 72 troféus de primeiro colocado junto com a marca do cavalo rampante.
Mas há um outro dado bastante importante nesta história, este com certeza o principal entre todos: com o resultado em Xangai, Alonso igualou as 31 vitórias obtidas por Nigel Mansell em sua carreira, tornando-se o quarto piloto mais vitorioso da história da F1, obviamente ainda empatado com o “Leão”. O próprio ex-piloto inglês o congratulou por esta marca, via Twitter: “Grande vitória para a Ferrari e Alonso. Fantástico [chegar a] 31 vitórias. Parabéns a ele e tenho certeza que muitas outras virão”, escreveu o ex-bigodudo em seu perfil oficial.
Fernando Alonso recebe a bandeirada da vitória em Xangai, sua 31ª na carreira (Mark Baker/AP Photo)
Fernando Alonso recebe a bandeirada da vitória em Xangai, sua 31ª na carreira (Mark Baker/AP Photo)
Não é preciso ser nenhum tipo de sibila para prever que o filho de Oviedo vai se isolar nessa posição ainda em 2013, com perspectivas de alcançar os 41 triunfos de Ayrton Senna num futuro não muito distante. E se a estatística de Alain Prost, que possui 51, está bem mais fora de mão, nem precisamos mencionar que os 91 de Michael Schumacher são uma utopia praticamente impossível.
O que mais impressiona em Alonso é como ele não vem se deixando levar por qualquer entrevero que possa gerar um desvio em seu foco – ou seria obsessão? -, que é ser campeão mundial pela Ferrari. Ele cometeu um erro besta na Malásia ao bater na traseira de Sebastian Vettel na primeira volta? Sim. Ele vinha sendo superado por Felipe Massa em treinos classificatórios de forma estranhamente corriqueira nos últimos tempos? Sim.
Tudo isso poderia abalá-lo emocionalmente, mas, em vez disso, o asturiano esteve com a cabeça mais forte do que nunca em Xangai, mostrando às escâncaras que está preparadíssimo para chegar ao tricampeonato. A grande vantagem de Alonso neste momento é que tanto ele quanto a Ferrari estão sobrando no que diz respeito ao entendimento dos temperamentais pneus da Pirelli, principalmente quando o desgaste é mais acentuado.
Todos vêm destacando a Lotus nesse aspecto (e Kimi Raikkonen teria dado muito mais trabalho se tivesse largado bem e não tomasse aquela fechada cabeluda de Sergio Pérez, avariando o bico de seu carro ainda no começo da prova), mas a forma como o modelo F138 tem sido gentil com a borracha molenga da fabricante italiana, na Austrália e na China, é algo exemplar.
Na realidade, a 31ª vitória só não veio antes, em Melbourne, porque o espanhol foi meio que pego de calças curtas com a afiada estratégia de duas paradas feita por Raikkonen. Porém, no comparativo direto com os demais competidores que realizaram três trocas de pneus naquela corrida, ele obteve uma vantagem quase tão substancial quanto a deste domingo. É uma pena que Felipe Massa não esteja sabendo aproveitar essa benesse da mesma forma.
Fernando Alonso abraça membros da Ferrari após vitória na China (Eugene Hoshiko/AP Photo)
Fernando Alonso abraça membros da Ferrari após vitória na China (Eugene Hoshiko/AP Photo)
Mas voltando a Alonso: fiquem de olho, pois o espanhol vem com tudo para a disputa deste campeonato. O modelo da Ferrari já se mostrou forte o suficiente no atual cenário e, se a Pirelli não tornar seus compostos mais duros a partir da temporada europeia, como alguns vêm comentando, de uma forma que prejudique o estilo do carro construído em Maranello, Fernando já pode ser considerado o grande favorito ao título.
Afinal, a Red Bull vem batendo cabeça com esses novos pneus, enquanto a Mercedes ainda está muito crua como equipe de ponta e a Lotus é bastante ciclotímica. O ibérico só não está na liderança do Mundial por conta de seu deslize em Sepang. Por isso, é possível dizer que Alonso já vislumbra o melhor cenário de para tornar realidade o seu grande sonho do tri pela Ferrari desde que ingressou na equipe italiana.

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