Marca alemã irá ter mais benefícios com a construção da fábrica em Santa Catarina
A BMW é mais uma habilitada ao programa Inovar-Auto, o novo regime
automotivo apresentado em outubro do ano passado pelo governo
brasileiro. A marca alemã poderá se beneficiar dos incentivos fiscais –
como crédito presumido de IPI – dados a fabricantes que investirem no
Brasil e tornar seus carros mais tecnológicos, modernos, mais
eficientes, menos poluentes e com preços mais baixos.
A marca bávara ainda poderá ter mais benefícios do governo com a fábrica
que vai erguer no estado de Santa Catarina, na região de Joinville, com
produção marcada para o início de 2014. O investimento previsto será de
aproximadamente 200 milhões de euros e o volume inicial de até trinta
mil veículos por ano. Os modelos que serão produzidos na fábrica
brasileira não foram divulgados. De acordo com a EBC - Empresa Brasil de
Comunicação -, o investimento será de 200 milhões de euros, cerca de R$
527 milhões, e a fábrica deverá ser capaz de entregar até 30 mil
veículos por ano. A escolha dos modelos para a linha de produção seguirá
a demanda do mercado local.
"A BMW caminha para um grande futuro no Brasil. Com a habilitação
provisória no Inovar-Auto e a construção da fábrica em Santa Catarina
daremos sequência a nossa estratégia de liderança no mercado premium
nacional”, comenta Torben Karasek, diretor financeiro e atual presidente
interino do BMW Group Brasil
Novo regime
O Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e
Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, tem por
objetivo ter carros melhores, mais eficientes, modernos, com menos
emissão de carbono, e a preços mais baixos, ou seja, as fabricantes
terão que investir em mais tecnologia ou disponibilizar as já existentes
para o Brasil. Para isso, Fernando Pimentel, ministro do
Desenvolvimento e Comércio Exterior anunciou algumas medidas, que
entraram em vigor em 2013 e vai até 2017. Dentre elas, todos os veículos
terão que reduzir em 12% o consumo de combustível e oferecer uma
economia de até R$ 1.150 para o proprietário nos gastos com gasolina.
Também será obrigatória a participação no Programa de Etiquetagem do
InMetro, que indica o nível de consumo de cada modelo.
As fabricantes que possuem ou virão a ter fábrica(s) no Brasil, ganharam
um capítulo a parte e privilégios. As marcas terão três anos para
atingir o percentual de 65% de nacionalização ao invés da exigência
imediata como ocorre atualmente. Caso da JAC Motors e Chery, que não
possuem instalações, mas já estão no processo de construção.
Outra “moeda de troca" são os gastos realizados pelas marcas em
desenvolvimento e inovação tecnológica e industrial no País. Quando a
empresa realiza uma quantidade mínima de atividades fabris e de
atividades de infraestrutura de engenharia, o governo concede créditos
de IPI. Para 2013, o número mínimo é de seis etapas; para 2016, a
quantidade de etapas sobe para oito para 80% dos automóveis e comerciais
leves fabricados.
Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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