Miniaturas e brinquedos do General Lee – o conhecido Dodge Charger 69 que estrelou o filme e todas as boas linhas da série de televisão Os Gatões – não vai mais ostentar a grande bandeira confederada em seu teto. A Tomy, que fabrica miniaturas e brinquedos, não aceitou comentar o fato.
Isso é o contrário do que Ben Jones, que atuou como “Cooter” no filme, que é bem decidido ao comentar em fortes palavras o anúncio. Cooter lamenta a perda da bandeira, dizendo que o carro não seria o General Lee, e culpando da remoção da bandeira aos Politicamente Corretos. Cooter nega que a bandeira tenha qualquer relação com o racismo, alegando que o “Condado de Hazzard” é uma zona livre de ódio.
Ben Jones/Cooter claramente se sente apaixonado pela bandeira como um certo símbolo da herança sulista. Ele diz ser um membro Honorário Vitalício da NAACP, e eu disposto a acreditar que ele não é racista, e ele genuinamente não equalizando a bandeira com o racismo. Entretanto, eu cresci no Sul, e eu fico triste ao dizer que a vasta maioria dos tempos que eu encontrei a bandeira Confederada ela estava sendo usada de maneira a sugerir coisas bem desagradáveis e odiosas. Não todo o tempo, porém o suficiente para fingir que a bandeira não tem aquela conotação para um vasto número de pessoas.
Símbolos podem se afastar de você. É apenas isso que é. Se eu tiver uma suástica budista ao contrário tatuada na minha testa, nem mesmo inúmeras explicações para as pessoas irá fazer com que eu consiga evitar maus olhares no ônibus lotado. Aquele símbolo já carregou muita bagagem associada. Então eu compreendo porque a Tomy deveria afastar-se disso. Não é uma questão de liberdade de expressão, é sobre vender brinquedos que não lembrem um grande número de pessoas de alguns eventos miseráveis da história. Para isso que servem os arrepiantes trens com rostos do Thomas e Seus Amigos.
Cooter pode grudar suas próprias bandeiras em seus brinquedos de General Lee. Em fato, pode haver um florescente pós-mercado para apliques de estrelas e barras para pessoas que as querem. Também é válido lembrar que isso é Os Gatões, não o maldito Moby Dick de que estamos falando aqui.
E mais, o lado que realmente importa no General Lee é a parte inferior, afinal, considerando que essa é a parte que você mais consegue ver como resultado do Condado de Hazzard ser composto por uma infraestrutura de 75% de rampas e saltos.
Eles também não estão removendo todas as associações do carro com a Guerra Civil Americana. Ele ainda é chamado General Lee (porém, reveladoramente, o carro vem antes do homem em uma busca no Google por “General Lee”), afinal. Quem sabe eles possam aparecer com uma nova imagem no teto do carro, algo que reflita o melhor do Sul, e livre de conotações sobre a era sombria da história americana.
Eu voto por biscoitos e molho.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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