28 de mar. de 2012

Meira alerta dificuldades de Barrichello em pistas de rua

“Passar pelo que ele está passando é normal”, conta o ex-piloto da Indy, atualmente na Stock

Vitor Meira (Chris Jones/IndyCar)

Vitor Meira, ex-piloto da Indy e atualmente na Stock Car, considera naturais as dificuldades enfrentadas por Rubens Barrichello em seus primeiros meses na categoria americana.
Em sua etapa de estreia da Indy, nas ruas de São Petersburgo, Barrichello ocupou o pelotão intermediário por praticamente todo o fim de semana, mas abandonou com pane seca a duas voltas do fim. Por ter completado mais de 95% da prova, foi incluído na classificação final da prova, em 17º.
Meira, que disputou a categoria entre 2002 e 2011 – totalizando 132 provas –, afirmou que o maior obstáculo inicial se dá com a diferente natureza de circuitos da Indy.

“Os circuitos de rua e os ovais são as maiores dificuldades. É tudo muito diferente e é preciso filosofias diferentes de corrida para cada tipo de pista. Ele terá de se controlar nos ovais e saber o quão agressivo se pode ser nos de rua. É um processo de aprendizado normal, mas ele precisará se focar nos ovais e nos de rua”, alertou Meira em entrevista ao Tazio Autosport.
“Passar pelo que ele está passando é normal. Ele é um piloto fantástico e sempre vai ser – eu o respeito demais. Tenho certeza que tudo vai dar certo para ele, uma hora ou outra.”
Meira acredita que a grande mudança técnica pela categoria passou em 2012 não evitará o domínio de Penske e Ganassi, que comandam as ações desde 2008.
“As forças vão se manter, por um bom tempo, isso é garantido. São equipes competentes e que dão continuidade ao trabalho. Tendo continuidade, competência e dinheiro, chega-se à fórmula ideal.”
Estreia também no Brasil
Assim como Barrichello, Meira também passa por uma grande mudança em sua carreira. Depois de mais de dez anos nos Estados Unidos, onde conseguiu a segunda colocação nas 500 Milhas de indianápolis de 2005, o piloto de 35 anos disputou, em Interlagos, sua primeira etapa na Stock Car, pela equipe Officer ProGP.
Após largar em 23º, se envolveu em toques durante a prova e recebeu a bandeirada em 27º, mais de um minuto e meio atrás do vencedor, Cacá Bueno.
“No fim das contas, o resultado não foi o que a gente esperava. Vim aqui com a cabeça aberta para o aprendizado nestas primeiras provas. É difícil fazer isso durante o fim de semana, mas, agora que passou, não me arrependo das coisas que aconteceram. Completei a corrida, dei todas as voltas, senti todo o desgaste. Estou satisfeito com o aprendizado”, relatou.
“Lá atrás, recebi e dei toques, mas o problema não foi esse. A raiz do problema foi ter largado atrás por ter errado na classificação. É preciso ter muita paciência quando se larga atrás, porque é muito difícil sair ileso da largada – o que torna a classificação ainda mais importante.”

Fonte: /tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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