28 de mar. de 2012

Horner: acordo restritivo não é a melhor solução

Chefe da RBR apoia controle de custos, mas aponta erros no pacto idealizado por associação de times

Christian Horner, chefe da Red Bull (Andrew Ferraro/LAT Photographic)

O chefe da Red Bull, Christian Horner, esclareceu, em entrevista à publicação inglesa “Sporting Life”, por que a equipe austríaca foi a única no grid da F1 a não assinar uma carta remetida à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) com sugestões de cortes orçamentários.

Durante o GP da Malásia, na semana passada, Horner admitiu que o time não vai pactuar com a relação de cortes, que inclui as assinaturas de dez das 12 equipes no grid. A Toro Rosso, provavelmente seguindo a recomendação da equipe-mãe, também ficou de fora da relação.
Quando a Red Bull deixou a Associação de Equipes da F1, no último mês de dezembro, a saída do time austríaco colocou a integridade do Acordo de Restrição de Gastos (RRA, sigla em inglês) em risco, assim como a prestação de contas de Mateschitz & Cia. ao restante dos times. Mesmo diante de tais suspeitas, Horner permanece inflexível sobre a posição da Red Bull em relação ao RRA.
“O que eu gostaria de deixar claro é que a Red Bull defende totalmente o controle de custos na F1. O que questionamos é se o Acordo de Restrição de Gastos é o caminho certo para alcançar isso. Acredito que esta carta, pelo que eu li, pediu à FIA policiar o RRA, o que na minha opinião seria a rota errada”, disse o chefe da Red Bull.
“Acreditamos sinceramente em controlar os custos na F1 e não gastar de maneira frívola, mas há maneiras melhores de fazer e controlar isso por meio de regras esportivas e técnicas, em oposição à restrição de recursos, que depende de equivalência e repartição de tempo e pessoal”, completou.
Horner rejeitou a ideia de que a relutância da Red Bull para assinar era porque tinha algo a esconder.
“É sempre complicado em empresas subsidiárias, particularmente de fabricantes de automóveis. Quando a Fota foi criada, havia restrições tangíveis e claras sobre pessoal, quantidade de motores, caixas de marcha, testes, todas estas coisas que você vê sendo policiadas e genuinamente economizam os custos”, disse o dirigente.
“É isto que deve ser focado em vez de repartição de tempo e equivalência para funcionários, o que, em qualquer fórmula ou mecanismo, é repleto de problemas e dificuldades. No nosso caso, preferimos mantê-los simples e proceder com itens tangíveis e mensuráveis”, acrescentou.
Na próxima quinta-feira, representantes de cinco equipes – Ferrari, McLaren, Mercedes, Williams e Marussia – vão se reunir em Paris para debater o acordo.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
Comente está postagem.

Nenhum comentário: