26 de jan. de 2012

Motos: Scooters estão em baixa no país

Fotos: Divulgação
Motos: Scooters estão em baixa no país
Oferta de scooters no Brasil conta com apenas três representantes

por Rodrigo Machado
Auto Press


Dizer que o segmento de scooters no Brasil é pequeno é exagero. Na verdade, ele quase não existe. Afinal, fora as cubs – modelos com a mesma proposta das scooters, mas com motores bem pequenos – apenas Dafra e Suzuki investem nesse nicho de mercado por aqui, com três modelos no total.
O problema é que muitos clientes – e, por consequência, as fabricantes – preferem investir em motos de cilindradas médias, que além de serem práticas nos deslocamentos urbanos, conseguem encarar estradas. A proposta das scooters é puramente citadina, mas oferecem mais conforto, graças à sua posição de dirigir. O piloto vai sentado em vez das motos tradicionais, onde se viaja montado no banco. As normalmente péssimas condições de pavimentação das vias brasileiras certamente ajudam a inibir a popularização das scooters. Rodas pequenas e amortecedores de curso curto não combinam com buracos na pistas.

Na Europa e nos Estados Unidos, existe uma oferta bem maior de modelos. Na Honda, por exemplo, são quatro modelos com desenhos bem distintos. Na Yamaha são cinco. Até a BMW, marca conhecida por suas big trails e esportivas, conta com dois modelos próprios. Só na Europa, no ano passado, foram vendidas mais de 30 mil scooters – um número bem significativo.



E, no Brasil, a despeito de fazerem parte de um mesmo segmento, as representantes de Dafra e Suzuki tem posições mercadológicas bem distintas, claramente exemplificadas nas etiquetas de preço. Na Dafra, a Citycom 300i custa R$ 13.490. Ou seja, o mesmo preço de uma moto tradicional de baixa cilindrada, como a Honda CB 300R. Por isso, a abrangência e interesse da Citycom é interessante. Em 2011, foram comercializadas 2.142 unidades da scooter. Uma média de 178 exemplares por mês.

Na Suzuki, existem duas motorizações diferentes para a Burgman e, portanto, duas outras propostas. A Burgman 400 tem preço de R$ 26.900, o que a aproxima de nakeds e esportivas da mesma cilindrada. Entretanto, o desempenho de mercado é bem fraco. Apenas 241 foram emplacadas em 2011. No caso da Burgman 650 a história é ainda mais complicada. Comercializada por altos R$ 37.900, ela teve apenas 125 unidades vendidas no ano passado. Uma média de 10 por mês.



Mecanicamente, as três solitárias integrantes do segmento de scooters se diferem conforme a sua função de mercado. Feita em parceria com a chinesa SYM, a Dafra Citycom é equipada com um motor de 263 cm³ com 23 cv a 7.500 rotações e 2,4 kgfm de torque disponíveis a 5.500 rpm. A Burgman 400 recebe um propulsor de 400 cm³, 34 cv e 3,7 kgfm de torque. Já o modelo topo de linha agrega um pouco de esportividade graças ao bloco de 638 cm³ que gera 55 cv e 6,32 kgfm.

No visual, elas são até parecidas. As três têm linhas bem retas, dianteira "chapada" e traseira alta. Citycom e Burgman 400 também possuem faróis semelhantes, finos e que sobem na direção do para-brisa. O modelo topo de linha da Suzuki exibe um visual mais sóbrio e moderno, com linhas um pouco mais redondas, o que ajuda a passar um pouquinho mais de sofisticação.





Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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