23 de jan. de 2012

Fiat pede trégua na guerra comercial entre Argentina e Brasil

 Foto: Divulgação
Fiat pede trégua na guerra comercial entre Argentina e Brasil  
Nova medida do governo argentino aumenta burocracia para importações e cria novas tensões entre os dois países

por Túlio Moreira
As tensões comerciais entre Argentina e Brasil já mobilizam a indústria automobilística, responsável por boa parte dos negócios envolvendo as duas maiores economias do Mercosul. As medidas protecionistas anunciadas pelo governo argentino, que quer aumentar as restrições para as importações, o que afetará diretamente o Brasil.
Para evitar que o impasse repita o cenário do ano passado – quando veículos fabricados no país vizinho ficaram barrados na fronteira, por represália à medida do governo argentino em dificultar a entrada de produtos fabricados no Brasil –, o presidente da Fiat argentina, Cristiano Rattazzi, já se antecipou ao conflito e pediu um resgate do “espírito inicial do Mercosul”, como forma de recuperar a cooperação mútua entre os países.

A preocupação da Fiat argentina é justificável, já que a produção no país vizinho fica a cargo do hatch Palio Fire e do sedã Siena destinados ao mercado brasileiro. Além disso, a Argentina é a origem de 44% dos automóveis estrangeiros trazidos para o Brasil. Com a nova medida, o governo argentino pretende aumentar a burocracia em torno importação de produtos, insumos, matéria-prima e equipamentos. A partir de fevereiro, as empresas argentinas precisarão de autorização prévia do governo para trazer esses produtos para o país. Com isso, o governo do país vizinho quer diminuir o desequilibro na balança comercial.

O Brasil seria diretamente afetado, já que tem superávit comercial de quase US$ 6 bilhões com a Argentina. Ou seja, o Brasil exporta para o país vizinho mais do que importa. Em 2011, foram US$ 22,7 bilhões exportados para lá e US$ 16,9 bilhões importados da Argentina para cá. O principal temor da indústria argentina é que a nova medida desencadeie uma série de represálias do governo brasileiro, o que poderia acarretar mais impasses entre o comércio praticado pelos dois países. A indústria automobilística, em consequência, poderia enfrentar mais imbróglios como os vistos em 2011.


Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
Comente está postagem.

Nenhum comentário: