4 de nov. de 2011

Toyota Hilux e SW4 2012: afinal, o que mudou?

Retoques, equipamentos e motor flex são apostas contra a concorrência
Diogo de Oliveira, de Bento Gonçalves (RS)
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Frente evidencia a nova grade frontal e os faróis levemente redesenhados; entrada no capô também é nova
A Toyota foi a primeira a afirmar o que já se sabia: tanto a picape Hilux quanto o utilitário esportivo SW4 vão mudar em breve. Para ser mais exato, em 2014. O problema é que a Toyota não podia esperar. Apesar de ambos já terem recebido a reestilização de “meia vida” em 2008, a estreia das novas gerações de Chevrolet S10 e Ford Ranger (e das variantes fechadas Blazer e Everest) em 2012, pediam alguma mexida. E aqui está! A linha 2012 de Hilux e SW4 nada mais é que uma mudança “quase forçada” para manter os modelos competitivos no mercado brasileiro – os utilitários são os mesmos 2005. E esse tipo de atualização, segundo a própria Toyota, é pouco comum em sua gama de veículos. Tanto que a montadora japonesa afirma que esta é a maior modificação já feita em um modelo veterano em linha – daí o nome “Big Major Change”.

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Lanternas ganharam novas seções de luz, mas desenho praticamente não mudou em relação ao anterior
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Lanternas da SW4 são a maior novidade estética
Visualmente, pouco foi alterado. Hilux e SW4 exibem nova grade frontal, para-choques remodelados e faróis e lanternas sutilmente redesenhados. Olhando nossa tradicional seção “Eu era assim... Fique assim”, quase não se notam as diferenças. A maior delas está na SW4, cujas novas lanternas se diferenciam bastante das do modelo anterior. Nos dois utilitários, a maior mudança é o painel interno, que foi ligeiramente redesenhado.

Mesmo assim, não espere uma revolução: a peça é bem parecida com a anterior, exceto pelo novo sistema de som, finalmente mais moderno e condizente com a categoria de ambos. Agora, Hilux e SW4 têm som de melhor qualidade, com tela de LCD sensível ao toque embutida no console. Há conexão Bluetooth para gadgets (como smartphones), câmera de ré e entradas USB e auxiliar.

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Faróis do utilitário esportivo estão mais afilados que antes e espelhos laterais ganharam repetidores de luz
Motor flex só em fevereiro de 2012

A principal novidade da linha 2012 de Hilux e SW4 é (sem dúvida) o motor 2.7 litros VVT-i flex. Este bloco é uma adaptação do antigo 2.7 VVT-i a gasolina – a potência com o combustível fóssil inclusive é a mesma. São 158 cv com gasolina e 163 cv com etanol aos 5.000 rpm, e um torque interessante de 25 kgfm aos 3.800 giros. Os câmbios também são os mesmos de antes: o manual de cinco marchas ou o automático de quatro velocidades.

O maior detalhe, porém, é que as versões flex ainda não estão prontas. Os modelos só estarão disponíveis nas lojas brasileiras da Toyota a partir de fevereiro de 2012, data que praticamente coincide com as estréias das novas S10 e Ranger. Mas a fatia flex do mercado de picapes é o que mais importa. Segundo os cálculos da montadora, 30% do segmento é bicombustível, enquanto os 70% restantes são das versões diesel turbo.

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Interior parece todo novo, mas o console central é que foi mais modificado, para receber o novo som
Na prática, as versões flex de Hilux e SW4 vão brigar em um subnicho, com uma “vantagem” para a picape: a Hilux será a única do mercado a combinar motor de quatro cilindros e câmbio automático. De qualquer maneira, por ser um segmento voltado a frotistas, as vendas dos dois modelos devem permanecer concentradas nas versões diesel turbo mais caras – especialmente a SRV, que responde por 60% dos pedidos.

Aliás, a versão topo de linha ganhou uma configuração ainda mais recheada. O novo pacote resultou na sigla “SRV Top”, exclusiva da picape Hilux e que passa a oferecer controles eletronicos de estabilidade e de tração, além de airbags laterais e de cortina. Para a SW4, além dos itens a Toyota anunciou o retorno da versão com cinco lugares, fora de oferta há alguns anos. De modo geral, a proposta foi melhorar a relação custo/benefício.

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A Toyota não mexeu nas motorizações diesel turbo e nos câmbios; motor flex só chega em 2012
Nova Hilux SRV Top: a top da top

Nesse primeiro contato com as novas Hilux e SW4, nossa intenção era testar o novo motor 2.7 VVT-i Flex (preferencialmente com etanol no tanque). Porém, a Toyota expôs apenas um protótipo da versão bicombustível. Senso assim, restou experimentar a “nova” versão SRV Top, agora mais recheada de equipamentos importantes, porém sem qualquer modificação mecânica em relação ao modelo anterior.

Na prática, o que experimentamos foi o novo sistema de som com a tela de LCD sensível ao toque integrada ao painel. E o item nos surpreendeu pela facilidade de operação. Imediatamente ao acionar a marcha ré, o visor exibe a imagem da câmera traseira e sua qualidade e amplitude de fato tornam esse tipo de manobra bem mais fácil de ser executado pelo motorista. E como a traseira é alta, ainda contribui para a segurança.

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Tela sensível ao toque é simples de operar
É um equipamento fundamental em um utilitário do porte da dupla Hilux/SW4 e, sem dúvida, é digno de elogios. A ampla conectividade do sistema também deixou os modelos mais modernos. É possível conectar gadgets facilmente via Bluetooth e as entradas USB e auxiliar ficam logo à frente da alavanca do câmbio, com acesso fácil. Além disso, é bem simples fazer os ajustes do som e visualizar outras informações no sistema.

Em movimento, o motor 3.0 diesel turbo se mostrou robusto como antes. Só nas retomadas o bloco demora a embalar as quase duas toneladas da Hilux. Na pista de terra, a caixa de reduzida e a tração 4X4 fazem toda diferença, assim como o torque de 35 kmgf. Em termos de conforto, o motor é bastante ruidoso, mas há espaço de sobra na cabine. Já o acabamento não chega a impressionar, mas agrada. A Toyota espera emplacar 40 mil unidades da Hilux e mais 10 mil unidades da SW4 em 2012 com essa atualização. Se depender da tradição que os modelos têm, a meta é bem possível.
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/

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