Aluízio Coelho esteve ao lado de Dan Wheldon em 1997
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Hoje piloto da categoria GT3 da Itaipava GT Brasil, aos 37 anos, Aluízio já teve status de grande promessa do automobilismo internacional e até se sagrou campeão da Fórmula Renault Britânica, em 1998, partindo para testes da Williams em Silverstone. Foi no ano anterior que dividiu os boxes da escuderia Andy Welch com Dan Wheldon na Fórmula Ford Britânica e viveu uma relação de turbulências intensas e muita amizade.
"Ele passava do ponto. Era competente, agressivo, mas não aceitava dar espaço para ninguém. Era um cara legal, mas vivia batendo roda. Então ficamos quase o ano inteiro sem olhar um cara do outro", recorda Aluízio. "A gente se batia tanto na pista que nenhum dos dois ficou entre os primeiros ao fim do campeonato porque não terminamos muitas provas", emenda com uma reflexão sobre aquela fase de aprendizado.
"Aprendi a competir sem ver o carro à minha frente como um obstáculo. Acho que ele também aprendeu, evoluiu muito", diz com os olhos marejados e a voz meio embargada. Aluízio só não titubeia ao lembrar o momento que mais marcou sua relação com Dan Wheldon. Rivais na pista e com clima conturbado nos boxes, eles sabiam que ali havia uma grande amizade estremecida.
"Naquela corrida, nos ultrapassamos umas duas ou três vezes, e no fim terminei em segundo, ele em terceiro. Me surpreendi quando o Daniel chegou para mim e elogiou 'que ultrapassagem'. Já vínhamos nos falando aos poucos, mas a partir dali, sacramentamos as pazes. Acho que o ser humano não foi feito para ficar de mal", define. Com as mudanças de categorias e destinos, Aluízio e Wheldon se afastaram cada vez mais, sobretudo quando o inglês se mudou para os Estados Unidos com o objetivo de uma carreira nos circuitos ovais da Fórmula Indy. Na época de seu título na Indy, em 2005, Dan veio ao Brasil e se reencontrou com Aluízio.
"Foi para as 500 milhas da Cart. Saímos, ele conheceu minhas filhas. Fiquei chocado com tudo o que aconteceu, ele tinha família, era pai". Para Aluízio, que chegou a dividir os boxes com tantos outros pilotos e até com o campeão mundial Jenson Button, marcou mesmo a experiência com Dan Wheldon. "Foi o momento mais marcante de todos na nossa relação".
Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br
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