Alfa Romeo GTV: amor à primeira borbulhada

Paixão em movimento. A história da Alfa Romeo é tão interessante quanto a reação que provoca nas pessoas. Fundada em 1910 na cidade de Milão, passou por altos e baixos, chegou a ser comandada pelo governo e renasceu das cinzas. Uma verdadeira epopéia italiana.

Entre os modelos que mais se destacam está o Giulia, com traços imortais desenhados com capricho pelo Estúdio Bertone. Além do carisma peculiar nas ruas, o modelo tem uma história extremamente rica nas pistas, representada pela versão GTA, com seus 240 cv de pura maldade.
O carro chegou ao mercado civil em 1963 com a versão Sprint GT. A carroceria de apenas 948 kg trabalhando em conjunto com o motor de 1,6 litro e 110 cv proporcionava ao motorista uma incomparável sensação de esportividade para a época.

Durante a década de 60 ganhou mais detalhes, como os característicos quatro faróis na dianteira, e um motor de maior cilindrada, com 1.750 cm³. Outros destaques incluem as rodas, nova grade dianteira e um pouco mais de peso.
A versão 2000 GT Veloce, conhecida como GTV, foi lançada em 1971. O motor – todo de alumínio, com duplo comando de válvulas – passou a contar com 2,0 litros e 150 cv. O painel cheio de estilo também teve os instrumentos reposicionados.
Esse exemplar de 1974 tem uma história bastante curiosa. O colecionador Edson Rua Perez Filho adquiriu a macchina há exatos 34 anos, em outubro de 1977, o que pode ser considerado um verdadeiro casamento. Depois de usá-lo durante algum tempo, deixou-o na garagem por doze anos e meio.

Para voltar à vida, o clássico teve a carroceria repintada e passou por uma criteriosa revisão mecânica. O trabalho ficou a cargo do experiente Oswaldo de Barros, da Mecânica Oswaldo, alfista apaixonado e profissional de primeira linha, reconhecido de longe pela volumosa cabeleira branca.

Mas vamos para um pouco de ação. O ronco do motor das Alfas é muito peculiar. Aliás, o aroma do estofamento também, em qualquer um deles, é idêntico. Para se ter uma idéia da tecnologia italiana, o modelo contava (há quase 40 anos atrás) com freios a disco nas quatro rodas e diferencial com blocante.

Andando, o GTV se mostra bastante ágil e proporciona momentos muito agradáveis ao volante. O giro (ou giri, como traz o tacômetro) sobe rápido e pede trocas ligeiras no câmbio de cinco velocidades. É por isso que, assim como a Ferrari tem os tifosi, os alfisti trazem no coração a paixão pela marca centenária.
Fonte: jalopnik
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