22 de set. de 2011

Incertezas do mercado brasileiro contribuem para deixar Fiat menos confiável

Foto: Divulgação
Incertezas do mercado brasileiro contribuem para deixar Fiat menos confiável  
Índice de confiabilidade da Fiat foi reduzido por agência norte-americana, que aconselha mais cautela na hora de investir na empresa

A agência de classificação norte-americana Moody’s diminuiu o índice de confiança da Fiat, que passou de Ba2 para Ba1. O ranking mede a qualidade de crédito das empresas multinacionais na economia global. Com o rebaixamento, a Fiat passa a ser, de acordo com a Moody’s, menos digna de confiança nos mercados financeiros. A agência já havia avisado em abril que a classificação da Fiat iria diminuir.
Segundo a Moody’s, o corte na avaliação da fabricante italiana é justificado por vários critérios. Entre eles, estão os riscos de perda de participação nos mercados da Europa e do Brasil. Vale lembrar que até mesmo o balanço parcial de vendas da primeira quinzena de agosto no mercado brasileiro, quando a Volkswagen terminou à frente da Fiat com vantagem de apenas 0,19%, foi suficiente para provocar uma queda de 7% nas ações da marca na Itália.

As vendas da Fiat – incluindo a Alfa Romeo e a Lancia – caíram 3,2% na Itália em agosto, mesmo com o mercado local crescendo 1,51%. No primeiro semestre de 2011, a marca italiana teve o pior desempenho entre as seis principais montadoras da Europa, com retração de 13% no volume de vendas em comparação com o mesmo período de 2010. Nos EUA, apesar do crescimento de 31% da Chrysler em agosto, a Fiat também não conseguiu emplacar boas vendas do compacto retrô 500, com 11.088 unidades no acumulado dos oito primeiros meses do ano.

A Moody’s já alertou que poderá abaixar novamente o grau de confiabilidade da Fiat se a marca continuar perdendo participação na Europa e não conseguir se consolidar em novos mercados. O CEO do grupo Fiat, Sergio Marchionne, deu garantias de que a empresa tem liquidez suficiente para se manter diante de uma eventual crise econômica, mas a agência norte-americana não levou em consideração as afirmações do executivo.


Fonte: motordream
Disponível no(a)http://motordream.uol.com.br

Nenhum comentário: