
A equipe anglo-francesa planejava anunciar o brasileiro como substituto permanente do alemão de 34 anos já em Spa-Francorchamps, mas uma ação na Justiça inglesa atrapalhou o processo. Contudo, no comunicado oficial emitido na quinta-feira anterior à corrida, o time deixava claro que o veterano não voltaria ao cockpit neste ano. E a solução acabou sendo merecida para os dois pilotos, que contribuíram para esta situação.
Vamos por partes, então. Primeiro, Nick Heidfeld. Contratado às pressas no início da temporada após o acidente de Robert Kubica no rali Ronde di Andora, o alemão deixou a desejar em 2011. “Ah, mas ele estava à frente do Petrov no campeonato”, disseram alguns. Sim, mas apenas dois pontos e uma posição. Muito pouco para a Renault-Lotus, que esperava um papel de liderança do veterano, conhecido por ser bom acertador de carros. Ele até desenvolveu o R31, mas seus resultados na pista foram muito ruins. Não por ter conseguido apenas um pódio, mas por alguns erros primários, que poderiam ter sido cometido facilmente por novatos. O time demonstrou sua insatisfação várias vezes na imprensa e Heidfeld nada fez para mudar o quadro.
Por outro lado, Bruno Senna mostrou potencial no primeiro contato que teve com o carro, nos testes de pré-temporada em Jerez de la Frontera. Com muito menos experiência, marcou tempos muito próximos do alemão (relembre aqui). Ele ainda fez dois testes aerodinâmicos e andou na sexta-feira de treinos livres para o GP da Hungria. E arrancou elogios dos engenheiros da Renault-Lotus em todas estas oportunidades. Com pouca coisa a fazer no campeonato, a não ser manter a quinta posição no Mundial de Construtores, era natural que o time apostasse em um de seus reservas mais novos. E a chance caiu no colo do brasileiro antes de Spa.

E Heidfeld? Bem, esse pode dar como encerrada sua carreira na Fórmula 1. Além do desempenho abaixo do esperado, ainda processou uma equipe, pecado mortal na categoria. Seu destino deve ser mesmo a equipe oficial da BMW no Alemão de Turismo (DTM). A marca estreia no campeonato em 2012. Já Bruno Senna precisa mostrar serviço – andar bem próximo aos tempos do russo Vitaly Petrov – neste fim de temporada para ter chances de fechar com uma boa vaga em 2012. Apoios fortes de empresas brasileiras ele já conseguiu. Agora é mostrar na pista seu potencial. E o treino classificatório em Spa-Francorchamps foi um aperitivo dele.
Fonte: voandobaixo/
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/
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