12 de ago. de 2011

Motos: Diversidade em equilíbrio

Fotos: Divulgação
Motos: Diversidade em equilíbrio

Mundo das motocicletas conta com variados segmentos com propostas e origens distintas
por Rodrigo Machado
Auto Press
Sinônimo de rebeldia, liberdade ou simplesmente um meio de transporte barato e prático. Essas características guiam as motocicletas desde que surgiram, há mais de 100 anos. Inventada pelo francês Pierre Michaux, na década de 1860, a motocicleta é, essencialmente, um veículo de duas rodas movido por um motor. Mas, embora a definição seja relativamente simples, desse conceito surgiram diversos tipos de motos durante os anos, completamente diferentes entre si e com propostas também bastante distintas.
A segmentação do mundo das motocicletas teve origem, em muitos momentos, nas competições. Assim como acontece com os carros, para participar de um campeonato oficial, as fabricantes precisam criar modelos que possam ser homologados para as ruas. Nesse contexto, por exemplo, surgiram as motos esportivas na década de 50. São modelos geralmente dotadas de carenagem, para melhorar o visual e a aerodinâmica, e impulsionados por grandes motores. Atualmente, os representantes mais conhecidos deste nicho são a Suzuki Hayabusa, Yamaha YZF R1 e a BMW S1000 RR.

A partir das motos esportivas surgiram também as street, mais dedicadas ao uso urbano. Por isso, a posição de dirigir também é diferente, mais voltada para o conforto. Ou seja, o condutor fica mais sentado do que com o peito sobre o tanque de combustível. No Brasil, as street vão de motos de entrada, como a Honda CG 150 Titan, até outras maiores, como a Kawasaki ER-6n.
Popularizados na década de 60, os campeonatos de motocross também deram origem a motos de rua. É o caso das trail, modelos com desenho mais rústico, suspensão alta, pneus de uso misto e poucos acessórios. Com isso, essas motos podem ser usadas tanto em trilhas quanto nas grandes cidades. Honda NXR, Yamaha XTZ, Suzuki DR400 e Yamaha Lander são algumas das mais vendidas no Brasil.
Ainda existem as Max Trail, motos com o mesma função das trail, mas com propulsores maiores, acima das 500 cc, mais adequadas para grandes viagens que tenham trajetos off-road. Entre elas, estão a Yamaha Super Ténéré e a BMW R1200 GS.
Outro segmento característico de motos é o das Custom. Esses modelos ficaram famosos nos Estados Unidos no final da década de 50, com a popularização dos motoclubes que pregavam um estilo de vida sem amarras. O filme “O Selvagem”, de 1953, em que o personagem interpretado por Marlon Brando tinha Triumph Tunderbird 6T e era o lider de uma gangue de motociclistas, tornou esse gênero de moto ainda mais conhecida. Foi nessa época que a Harley-Davidson se tornou uma das marcas de moto mais famosas e emblemáticas do mundo.

Há ainda um gênero de veículo de duas rodas para o qual muitos motociclistas torcem o nariz, por ser pilotado de um jeito muito “acomodado” ­ são as scooters. Surgidas a partir da icônica Lambretta, essas motos se caracterizam pelo câmbio continuamente variável CVT. Além disso, o piloto fica com os pés apoiados no piso da moto. É exatamente de uma scooter a marca de veículo mais vendido da história, a Honda Super Cub, altamente popular na Asia. No Brasil, a liderança também é da marca japonesa, com a Biz.
De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, Sindipeças, existem mais de 10 milhões de motocicletas no Brasil. O número, em si, não é dos mais significativos, levando se em conta que existem mais de 30 milhões de carros por aqui, mas o fato é que o segmento de motocicletas brasileiro se encontra em um momento crucial. Depois da crise mundial do final de 2008, os veículos de duas rodas foram os que mais sofreram, com vendas estagnadas e dificuldades com o crédito. Portanto, a subida do mercado automotivo dos últimos anos não foi acompanhada e só agora, em 2011, existe a expectativa que o setor de motos consiga o seu melhor resultado da história ­ recorde que pertence a 2008. Mesmo assim, a frota de motocicletas no Brasil cresceu drasticamente na última década. Ainda de acordo com dados da Sindipeças, o número aumentou 325% desde 2000.
Os segmentos das motocicletas
- City/Street: ­ São motos de uso urbano. Apresentam desenho simples e são práticas para o cotidiano das cidades. Algumas são voltadas para o trabalho.

- Custom: ­ Têm estilo estradeiro, com os garfos dianteiros longos e manoplas em posição elevada. O banco é baixo, melhorando o conforto ao rodar.
- Trail: ­ Contam com jeito de moto para trilha, com pneus de uso misto, para-lamas altos e uma boa altura do solo. São baseadas nas motos de Motocross.
- Max trail/Big trail: ­ Semelhantes às trail, mas com motores maiores e maior capacidade fora-de-estrada. Contam com propulsores de média cilindrada, acima dos 500 cm³.
- Esportivas: ­ São motos derivadas de competição, mas com uma aplicação mais focada para o uso nas cidades. Têm uma posição de dirigir mais confortável do que as superesportivas.
- Scooter: ­ Modelos em que o motorista fica sentado, com os pés apoiados no chão. Também se caracterizam pelo câmbio CVT e pelos motores pequenos, geralmente de 50 cc.
- Superesportivas: ­ Motos de alto desempenho que têm carenagem e são diretamente derivadas dos modelos de competição. Os motores são grandes, as vezes com mais de 1.000 cc.
- Touring: ­ São feitas para viagens longas em estradas asfaltadas. Contam com itens como tanque de combustível maior, malas e alforges laterais.






Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

Nenhum comentário: