26 de ago. de 2011

General Lee vs. Bandit: Charger 1969 x Pontiac Trans Am 1977



Poucas coisas são mais bacanas que fazer arte com um V8. Na terra, na grama e, principalmente, no asfalto. Neste vídeo produzido pela revista Hot Rod, não temos nenhum drama, nenhuma cena acelerada, nada de efeitos especiais. Apenas dois muscle cars fazendo aquilo que sua mãe, sua namorada ou seu sogro odiariam que você fizesse. Ou seja, diversão máxima, red neck style. Entre, sente-se, cale-se e se segure!


Dodge Charger 1969, seriado Os Gatões. Talvez a relação que traga mais reações controversas entre os fãs da Chrysler. Nessa série, dezenas e dezenas de Dodges (a maioria tinha motor 318 ou 360, mas muitos eram big blocks de plaqueta!) foram mutilados e destruídos a um ponto irreversível em acrobacias absurdas – na época, sob plenos efeitos da crise mundial do petróleo, os muscle cars usados eram vendidos a preço de banana, em um mercado que foi dominado por carros japoneses.
E sabemos bem que os produtores tomavam Johnnie Walker com Activia para o que você achava da morte de tantos Chargers.

A reação dos fabricantes americanos em tentar acompanhar a onda light  resultou na morte do entusiasmo automotivo ianque. Ficou quase tudo ridículo, manco, brega e sem graça: eles não sabiam fazer carros pequenos e econômicos desejáveis – e a influência do futurismo brega dos anos 80 terminou de incinerar o que sobrou. Os caras se perderam de uma forma tal que só começaram a se encontrar agora – adivinhe como, buscando os anos dourados. Em 1977, ano do Pontiac Trans Am do vídeo, o Dodge Charger já estava morto há muito tempo: a Chrysler vendia uma mentira chamada “Charger”… que até tinha um V8 sob o capô, mas todo o resto era mais digno de figurar um filme do Charles Bronson que perseguir o Mustang 1967 de Steve McQueen. Isso aí embaixo é o que o Charger virou. De virar o estômago, indeed.

No final dos anos 70, um dos poucos carros ianques que prestava era a família F-Body, que estruturava o Camaro e o Pontiac Firebird (deste, nasceu o Trans Am). É fato que eles ficaram cada vez mais cafonas conforme os anos 80 se aproximavam – por mais que gostemos de Agarra-me Se Puderes e do Pontiac Trans Am 1977  preto e dourado, sua cafonice é inegável. Mas esta família foi uma das únicas – senão a única – a oferecer um V8 desde o seu nascimento, e suas linhas nunca sucumbiram à tentativa frustrada de parecer um carro menor e mais moderno. O Camaro e o Firebird sempre defenderam a bandeira dos muscle cars, por mais bregas que eles tenham se tornado nos anos 80 e 90. E toda essa fidelidade é muito respeitada por quem é viciado em carro.

Camaro IROC-Z V8 350 1988. O carro cafona mais legal de todos os tempos. Pra mim, mais legal inclusive que a Ferrari 308 GTS do Magnum – cujo ator era uma versão bombada do Nigel Mansell.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

Nenhum comentário: