21 de ago. de 2011

Camaros e... chame os moleques pra sala!



Neste post, vamos consertar duas falhas que cometi nos últimos tempos: falar de menos  dos muscles da bowtie, e cuidar do futuro de nossas crianças – cada vez mais influenciadas pelas mazelas dos emos, a lucidez hipócrita dos politicamente corretos e a chatice dos carros elétricos.
Então, ao invés de pedir para tirá-las da sala como fiz da outra vez, sigo o conselho do leitor Dielveio na última galeria que postei: “se querem que as crianças de hoje virem os adultos afrescalhados de amanhã, sim, tirem elas da sala. Senão, CHAME-AS para a sala”.
Dito isso, chame a molecada para babar em alguns Camaros, de quase todas as gerações. Hum, que Camaros?

Camaro de primeira geração. Z/28, ano 1969, cor Hugger Orange, scoop tipo Cowl Induction. Um dos muscle cars mais bonitos da história. Essa grade com os faróis “estrábicos” (eles ficam mais ao centro) dá o toque final… a outra grade, que esconde os faróis com três aletas, é bacana e estilosa, mas não é tão bandida. Um amigo meu comprou um 1968, com motor 454. Vocês verão ele no Jalopnik logo mais.

Camaro Z/28 1970 “boca de tubarão”, com os parachoques divididos. De cair o queixo, não? Note os faróis dianteiros. Parecem estar acesos. Este foi o carro dos meus sonhos quando tinha uns vinte anos. Foi quando eu vi um azul metálico com faixas brancas à venda, na região da Vila Olímpia (São Paulo), com motor de 350 polegadas. Estava em uma loja de seminovos, o cara queria algo em torno de vinte mil reais… dava pra comprar um bom carro com esta grana, na época. Mas ele era simplesmente zero km.

É incrível, mas esse carro é basicamente o mesmo da foto anterior, só que uns oito anos mais novo. É inacreditável como os americanos cagaram o design de seus esportivos a cada ano que passava em direção à década de 1980. A loirinha merecia coisa melhor, na boa. Mas é um carro dinamicamente muito promissor: o motor fica bastante recuado, as caixas de roda permitem pneus bastante gordos, e tudo fica bem baixo, incluindo a posição de pilotagem. Outro dia (entenda isso como há uns cinco anos…), vi o site de um americano que conseguiu tirar pouco mais de 1G de aceleração lateral ao aliviar o peso, preparar a suspensão e usar pneus de alta performance – nem eram slicks. Impressionante!

Camaro de terceira geração, “levemente” tunado. É engraçado. Olhando friamente, este carro tem um design ridículo, um estereótipo do americano da década de 1980. Faróis quadrados, lanterna traseira a la De Lorean e esse parachoque gigante, que parece o queixo do American Dad. Só que, por algum motivo, acho essa geração muito bacana. Talvez porque assuma de uma vez a identidade oitentista, uma espécie de “Curtindo a Vida Adoidado” sobre quatro rodas. Teria um Iroc-Z sem o menor problema. Preto. Dois turbos. Freios de Corvette. E afins. De visual, tudo original, exceto as rodas.

Que rabão, hein? Infelizmente (ou felizmente), não é o caso do Camaro de quarta geração. Na minha modesta opinião, parece um sabonete Phebo. É um carro muito gostoso de guiar, mas não consigo engolir este design japonesado de um cara que usa um dos nomes mais importantes da história dos muscle cars. Camaro tem que ter cara de mal, não cara de Lexus. Que me desculpem os fãs.

Agora, sim. Não dá pra ver direito, mas acredite: este capô é uma bela visão, principalmente quando você está lá dentro. Dinamicamente, este Camaro é sublime, tem aderência pracaramba. O que pega nele são questões de habitabilidade e ergonomia: a linha de cintura é tão alta e o teto é tão baixo, que você se sente lacrado dentro de uma máquina de lavar roupa. O volante tem a pior pegada que eu já vi: os raios são grossos e espessos como um Big Mac e daí você não consegue agarrar o aro de forma natural. E o câmbio poderia ser um pouco mais curto, deixando suas acelerações e retomadas mais bandidas. Falando assim, parece que eu não gosto do Camaro. Pfff, ledo engano: tirando esses dois detalhes, é um dos meus favoritos, e um dos melhores esportivos que você pode levar pela grana.








































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Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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