14 de jun. de 2011

Vicar admite que Stock Car sofre com excesso de polêmicas

Organizadora do evento diz que responsabilidade da parte técnica e de punições é da CBA

Cacá Bueno (José Mário Dias/Tazio)

Lucas Santochi, de São Paulo
Organizadora do campeonato da Stock Car, a Vicar admite que a categoria sofre com mais polêmicas e reclamações de pilotos e equipes do que seria ideal.
Em entrevista ao Tazio nesta terça-feira, Maurício Slaviero, diretor geral da empresa, disse que realmente existe um excesso de controvérsias que prejudicam a categoria, como a da etapa de Campo Grande, há dez dias, sobre as punições de Cacá Bueno e Daniel Serra, ambos da equipe Red Bull.

“Sem dúvida que não é o ideal. Não gostaríamos que fosse uma constante. É normal ter algum problema ou outro, pois algumas normas são interpretativas. Mas concordo [que existem muitas polêmicas].”
Ele justifica os problemas apontando que o atual nível técnico da Stock Car faz com que todos os envolvidos no campeonato fiquem mais rigorosos. “Muito pelo fato de ser a principal categoria do automobilismo brasileiro e pelo nível dos pilotos, que exigem mais da parte técnica.”
Porém, Slaviero aponta que a Vicar não irá se posicionar sobre a nota oficial da Red Bull, da semana passada, em que o time protesta contra as punições impostas aos seus pilotos e afirma que “no último ano e meio, a categoria tem sido também sinônimo de amadorismo e despreparo no campo desportivo". O diretor da organizadora alega que a reclamação não estaria dentro do campo de responsabilidade da empresa, e sim, da Confederação Brasileira de Automobilismo.
“Por ser algo que envolve a parte desportiva, não temos que nos posicionar. Punição é com a CBA”, disse o dirigente empresa. “Seria a mesma coisa que reclamar com a Traffic por algum pênalti mal marcado na Copa do Brasil. Eles apenas promovem o torneio, não cuidam da arbitragem”, continuou.
Na nota da Red Bull, Cacá Bueno critica os dois lados. “Só espero que a Vicar, organizadora do evento, e a Confederação Brasileira de Automobilismo, fiscalizadora, tomem alguma atitude que mostre ao público a seriedade e a competência que eles dizem que têm. Credibilidade não se conquista escondendo erros, mas sim os assumindo”, dispara o piloto.
Para relembrar o caso:
Lucas Santochi, de São Paulo
Presidente da CBA foge de polêmica com a Red Bull
O presidente da Confederação Brasileiro de Automobilismo (CBA), Cleyton Pinteiro, preferiu não entrar em polêmica com a equipe da Red Bull da Stock Car, após a nota oficial em que o time afirma que a categoria “tem sido sinônimo de amadorismo e despreparo no campo desportivo”.
Em entrevista ao Tazio, o dirigente apenas optou por apenas explicar o procedimento dos comissários para a penalização por excesso de velocidade no pit lane, não querendo responder ao comunicado.
“A cronometragem oficializa se o carro entrou no box com velocidade maior. O comissário não tem como medir. Eles recebem a informação e punem”, afirmou.
O máximo permitido no pit lane é 50 km/h, a cronometragem acusou que Cacá teria passado a 137km/h e Serra, 74km/h. A Red Bull alega que seria fácil notar a olho nu velocidades tão acima do normal.
Porém, Pinteiro diz que é impossível os comissários acompanharem desta forma todos os carros que entram nos boxes, e que o equipamento de cronometragem apontou apenas os dois pilotos da equipe acima da velocidade.
O presidente ainda afirmou que a empresa que fabrica o equipamento, a Tag Heuer, enviou um relatório para a CBA afirmando que o aparelho que mede as velocidades não tinha nenhum defeito.

 Fonte: tazio.uol
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br/

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