24 de mai. de 2011

Volvo V60 R-Design tem um jeito arrebatador de ser

Fotos: Divulgação
Volvo V60 R-Design tem um jeito arrebatador de ser

Volvo aposta na esportividade da linha R-Design para atrair clientes das tradicionais marcas alemães
por Túlio Moreira


O segredo da esportividade em um veículo se esconde no design ou no conjunto mecânico? A Volvo acredita que é um pouco das duas coisas. A marca sueca decidiu mudar a imagem de que produz carros com pouco apelo esportivo ou dinâmico.
Os últimos lançamentos tentam deixar essa fama pra trás. Se antes a vertente mais enérgica estava por conta do jovial hatch C30, mostrado em 2007, agora a fabricante investe na linha R-Design para a segunda geração dos S60 e V60, respectivamente, sedã e station wagon lançados em 2010.

    Esses novos veículos trazem alterações mecânicas e estéticas pensadas para empolgar clientes interessados numa pegada mais agressiva ao dirigir. Por trás da linha R-Design, está também o objetivo de conquistar um público mais amplo e jovem, que procura nas versões esportivas dos Audi e BMW uma chance para extravasar a sede por velocidade – sem deixar de lado o luxo.

    De olho nessa fatia de mercado que até então não via os veículos da Volvo como um objeto de desejo, a empresa sueca decidiu apostar alto na esportividade. Os novos S60 e V60 são os modelos mais esportivos já construídos na marca – de acordo com a própria Volvo.

    A diferença mais notável dos R-Design está na dobradinha estilo/mecânica. A Volvo desenvolveu chassis exclusivos para a linha, com o intuito de combinar direção mais sólida e ágil com mais agressividade no modo de conduzir e “sentir” o carro. Para conceber uma linhagem esportiva sem mexer no motor, a Volvo quis encontrar o equilíbrio entre dinâmica da suspensão e potência do motor, mantendo o conforto de quem dirige.

    Uma das soluções aplicadas na linha R-Design foi a adoção de amortecedores traseiros com monotubo. Ao contrário do tubo duplo das versões comuns, esse conjunto propicia mais rapidez no fluxo de fluidos, fazendo com que o amortecedor responda com mais prontidão. Os engenheiros da Volvo afirmam que a resposta melhora de tal forma que basta virar o volante para se sentir mais “conectado” ao veículo.

    As molas dianteiras e traseiras foram encurtadas em 15 mm e se tornaram 15% mais rígidas, o suficiente para dar mais atitude à condução. Outros componentes da suspensão também foram reforçados. O objetivo da equipe de desenvolvimento era que ficasse nítida a redução da oscilação do veículo. E que os motoristas tinham agora o carro "na mão".

    A gama de motores que serve os S60 e V60 da R-Design começa na versão econômica DRIVe, com 1.6 litro a diesel capaz de produzir 115 cv, e chega ao conjunto T6 de alta performance movido a gasolina, com turbos que elevam a potência do 3 litros para os 304 cv. Graças ao menor atrito interno, a Volvo conseguiu reduzir o consumo dos modelos – o T6 faz 10 km/l em percurso combinado com perímetro urbano e estrada. O câmbio automático de seis velocidades inaugura a segunda geração da caixa de marchas Geartronic.

    Ainda no aparato mecânico, os S60 e V60 R-Design vêm equipados com um sistema eletrônico de controle de tração projetado para melhorar o comportamento dos veículos nas curvas. Outro destaque é o controle de estabilidade, capaz de identificar tendências de derrapagem e corrigir eventuais alterações a partir do emprego de forças laterais.

    Do lado de fora, o estilo cupê de 4 portas do sedã S60 e a vocação familiar da perua V60 vêm acompanhados por uma série de itens personalizados que dão identidade aos modelos R-Design. Além da grade frontal preta, os veículos contam com escapamento de saída dupla, calotas de cinco raios e rodas de liga leve 18 polegadas.

    A linha R-Design é uma aposta ambiciosa da Volvo. A marca espera que 10% dos clientes S60 e V60 escolham a opção R-Design nos mercados onde está disponível. A principal meta é que mais de um terço desses consumidores venha de marcas concorrentes. No Brasil, o S60 é vendido na versão T6 a R$ 169.900,00. Não existe previsão para a vinda da perua V60 ou das séries R-Design. Os principais mercados da Volvo são os EUA, Inglaterra e Europa Central. As fábricas de sedãs de luxo sediadas na Alemanha certamente não esperavam que um rival à altura para Mercedes Classe C, Audi A4 e BMW Série 3 viesse da Suécia.


Impressões ao dirigir

Desafio glacial

por Bruno Castanheira


    Munique/Alemanha
– A Volvo estava disposta a provar que a imponente V60 R-Design era muito mais que um carro grande para carregar a família. Para tanto, preparou uma série de “provas” que iriam testar à exaustão a performance da perua nos mais variados tipos de pistas durante três dias, num caminho percorrido da Alemanha à Áustria. O modelo oferecido inicialmente foi a versão T5, com motor a gasolina de 2 litros, capaz de gerar 240 cv.

    De cara, o estilo esportivo chama a atenção: grade frontal exclusiva, rodas de liga leve com cinco raios em titânio e aro 18 polegadas. Por dentro, a elevada qualidade de construção, o equipamento completo e a segurança acima de qualquer suspeita conquistam imediatamente o condutor. A lista de apelo esportivo continua com bancos de couro, mostradores com fundo azul, volante e console central exclusivos. A perua nórdica se destaca também pelo conforto na cabine e o amplo espaço para ocupantes e bagagem.

    O motor T5 de tração dianteira e câmbio manual oferece uma condução estável, precisa e muito agradável. O fato de a estrada estar seca contribuiu para que tudo se passasse sem sobressaltos. À direção comunicativa, aos freios eficazes e às respostas rápidas da transmissão juntou-se o bom desempenho dinâmico e as performances de bom nível.

    A caminho da Áustria, as condições climáticas pioraram, mas a V60 manteve-se inabalável. O gelo dos Alpes austríacos aparentava ser um local inóspito para testar um veículo, mas a troca por outro modelo, desta vez equipado com o motor D5 Geartronic 2.4 litros com 205 cv não decepcionou. Com o piso escorregadio, a versão de tração integral revelou-se a escolha mais acertada. E a presença da caixa automática facilitou bastante a tarefa.

    Esta versão a diesel surpreendeu pelos índices de consumo e resposta mais rápida do motor, melhores que os da versão T5. Equipada com o chassi esportivo da linha R-Design, 15 mm mais baixo do que o habitual, a V60 manteve um nível de conforto bastante razoável. Mesmo diante das situações mais adversas que podem surgir num ambiente dominado por gelo e frio.

Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br/noticias/livre

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