17 de mai. de 2011
Preocupada, "Anfavea argentina" quer acordo
Presidente da associação argentina dos fabricantes de automóveis pede diálogo para fim do impasse entre Brasil e Argentina
Anibal Borderes, presidente da Associação de Fábricas de Automotores da Argentina (Adefa) - o equivalente argentino à Anfavea brasileira - , expressou nessa segunda, dia 16 de maio, grande preocupação com o conflito originado após o estabelecimento de medidas que dificultam o comércio bilateral de automóveis com o Brasil. “A princípio, a decisão coloca em xeque o andamento do Mercosul, que já havia demonstrado ser um instrumento válido para o crescimento e desenvolvimento dos países da região”, avalia.
Na nota divulgada pela entidade, Borderes destaca que a indústria automobilística argentina aplicou importantes investimentos, particularmente na última década, para estimular a exportação e a competição a nível mundial, o que permitiu não só incrementar sua participação nos mercados da região, mas também em outros continentes. "Cerca de 60% dos automóveis produzidos no país têm como destino o mercado externo e, dessa fatia, 80% se dirige ao mercado brasileiro, o que significa que metade do total do intercâmbio comercial com o vizinho está representado por automóveis”, assinala.
“Hoje o setor automobilístico explica o crescimento de 50% na indústria argentina. Nossa indústria conta com mais de 30 mil postos de trabalho de alta especialização e qualificação, e que por seu efeito multiplicador faz com que cada posto de trabalho dê origem a outros cinco no restante da cadeia de mercado, que hoje compreende 137 mil trabalhadores e representa 7,5% do emprego formal nas fábricas”, explica Anibal Borderes no comunicado.
“É necessário alertar sobre os eventuais efeitos da medida do governo brasileiro sobre a produção e o emprego na Argentina. Também é preciso dizer que essa decisão pode afetar, a médio prazo, os avanços na indústria automobilística dos dois países, já que a deterioração das relações bilaterais ameaça a potencialidade da região”, continua o presidente da Adefa.
“Pedimos que os governos dos dois países intensifique os esforços para chegar a um acordo que permita superar rapidamente as diferenças e continuar o caminho do crescimento econômico do setor, assim como o da região, de modo a complementar forças para competir com outros pólos de desenvolvimento mundial”, conclui o presidente da Adefa.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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