31 de mai. de 2011

(mais) dez carros turbinados inesquecíveis

Primeiro veio a lista americana com dez turbinados que entraram para a história. Depois resolvemos perguntar quais os sugadores de ar preferidos de cada um. Agora é hora de mostrar dez das sugestões mais votadas por vocês. Dúvidas? Queixas? Reclamações? Experimentem dar uma espirrada para relaxar.

Audi RS2 Avant

Uma das maneiras mais fáceis de identificar entusiastas criados nos anos 90 é dizer Audi RS2 e receber como resposta o pensamento automático “a perua mais rápida do mundo?”. A RS2 Avant foi o início da linhagem RS, e o carro que consolidou a Audi como construtora de automóveis de alto desempenho. A tração integral foi combinada a um motor turbo, em um projeto construído à mão pela Porsche.Seu 2.2 de cinco cilindros recebeu um turbocompressor para gerar 315 cv. Parece pouco diante dos supercarros de hoje em dia, mas assim equipada essa perua acelera de zero a cem em 4,8 segundos e chegar aos 262 km/h de velocidade máxima. De 0 a 48 km/h, era mais rápida que o McLaren F1 ! Depois dela, as peruas nunca mais foram as mesmas. Nem a Audi.

BMW 2002 Turbo
Construído para fins de homologação, o BMW 2002 Turbo foi o primeiro esportivo a usar um turbocompressor para aumento de potência. Os para-lamas alargados, as faixas nas cores da Motorsport, a inscrição “2002 Turbo” no spoiler dianteiro e um comportamento traiçoeiro assustaram o público, que logo associou a agressividade ao turbo. Foi produzido em 1973 e 1974, até ser substituído pela nova Série 3, mas a base conceitual de seus motores seria aproveitada por Bernie Ecclestone e Gordon Murray nos incríveis Brabham turbo do começo da década de 80.

Carros do Grupo B de rally
Olhando hoje, o Grupo B parece algo fora da linha contínua do tempo. É difícil compreender que há 30 anos tenha surgido uma categoria tão radical, com números de desempenho jamais igualados mesmo depois de três décadas de evolução de materiais e tecnologia. Em seu auge, a receita mecânica básica dos principais bólidos era a mesma: tração integral e turbo. Foi assim com o Audi Sport Quattro, o Ford RS200, o Peugeot 205 T16 e o Lancia Delta S4 (esse último com o exagero de empregar turbo e compressor ao mesmo tempo).

Saab 99/900
Se o BMW 2002 e o Porsche 911 deram ao turbo a aura mítica entre os supercarros, a linha Saab 99/900 levou o turbo para as massas. Sem dinheiro para desenvolver um novo motor no final dos anos 70, a Saab instalou uma turbina Garrett T3 no motor 2.0 do 99, que passou a gerar 135 cv de potência e disponibilizava torque mesmo em baixas rotações. Evolução do 99, o Saab 900 manteve o motor turbo e consolidou-o como o maior legado da Saab  para o mundo automotivo e estabeleceu um alto padrão para os automóveis suecos.

RUF Yellowbird
Alois Ruf não gosta de ser chamado de preparador de Porsches. Para ele a RUF é uma construtora de supercarros, o que faz algum sentido, já que seu CTR 1 “Yellowbird” superou todos os rivais de sua época – como Ferrari F40 e Porsche 959. Tudo isso graças à uma reconstrução do Porsche 911 que envolveu alívio de peso da carroceria, aumento da cilindrada e a instalação de um novo sistema biturbo. O resultado foi um míssil de 1170 quilos embalado por 470 cv, combinação suficiente para atingir 340 km/h e fazer do Yellowbird o carro mais rápido do mundo entre 1987 e 1992.

Toyota Supra
Apesar de ter sido praticamente irrelevante diante da quantidade de Corollas vendidos pelo mundo, o Supra foi o automóvel mais radical a ostentar o emblema da Toyota. Especialmente em sua quarta geração, que trouxe um visual exuberante – sonho de consumo para a geração de Velozes & Furiosos – e o inédito turbo sequencial para espremer 320 cv de seu seis-em-linha de três litros. O motor não era a última palavra em tecnologia, mas sua robustez permitiu que preparadores aumentassem a pressão dos turbos a níveis obscenos, tornando bastante comuns os Supras com mais de 1000 cv.

Lotus Carlton/Omega
Sendo parte do maior conglomerado automotivo da época, a Opel não poderia deixar o domínio das Autobahnen nas mãos de BMW e Mercedes. Para fazer frente aos sedãs de pedigree luxuoso, a Opel encarregou a Lotus (na época também parte da GM) de construir seu supersedã. Com base no Omega GSi – um 3.0 de 24 válvulas – os ingleses de Ethel retrabalharam a suspensão, aumentaram a cilindrada para 3,6 litros e instalaram dois turbos para gerar 377 cv numa época em que a M5 tinha 311cv. Casado com a transmissão de seis marchas do Corvette C4 ZR-1 (de 380 cv), este biturbo levava o sedã a 280 km/h pelas estradas sem limites da Alemanha.

Jaguar XJ220
Quando soube que a Jaguar havia mudado seus planos sobre equipar o supercarro com um V6 turbo em vez de um V12, Tom Walkinshaw resolveu que o melhor motor para o caro seriam os V6 do MG Metro 6R4 que ele havia comprado após a extinção do Grupo B. Com a cilindrada aumentada para 3,5 litros e um par de turbinas Garrett T3, foi fácil chegar aos 550 cv, que atenderiam às outras exigências da Jag: velocidade superior à 320 km/h e aceleração de zero a cem em 3,7 segundos. No seu teste de velocidade máxima, Martin Brundle levou o XJ220 a 341,7 km/h, desbancando o Bugatti EB110 do posto de carro mais rápido do planeta.

Nissan Skyline GT-R R32
Ele foi o primeiro Skyline GT-R a ter desempenho de supercarro. Foi o esportivo que estraçalhou o tempo de volta da Porsche em Nordschleife. Ainda por cima, entrou de bicão na guerra entre Ford e Holden em Bathurst e, sem o menor respeito pelos anfitriões australianos, venceu duas vezes. Tinha 280 cv declarados, mas bastava arrancar uns conectores para ganhar 40 cv e chegar aos 320 cv. Era estável não somente por conta de seu baixo peso (1270 kg), mas também devido ao sistema de esterçamento nas quatro rodas e a tração integral por demanda. Além disso, é outro queridinho dos preparadores, que conseguem extrair até 1340 cv do biturbo. Se hoje admiramos o Godzilla, não tenha dúvida de que foi o R32 que radicalizou a história da linhagem.

Subaru Impreza WRX
O Impreza de briga foi a resposta da Subaru ao Mitsubishi Lancer para o WRC. Foi o único modelo a vencer o campeonato de pilotos com três corredores diferentes em três gerações diferentes. Esse legado na terra fez do WRX um ícone de alto desempenho: a versão de rua do carro de rali conta com o mesmo motor e características mecânicas do vencedor da terra. Seu boxer turbo de quatro cilindros tinha dois litros de cilindrada nas primeiras gerações e 2,5 nas mais recentes, com potência variando entre 230 e 265 cv.

Fonte: .jalopni
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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