19 de abr. de 2011

Pizzonia aguarda futuro "treinando" na Itaipava GT e na Stock

O amazonense Antônio Pizzonia deve voltar às pistas competitivamente pela Fórmula Superliga, com o carro do Corinthians. Foto: Ivan Pacheco/Terra
Piloto amazonense esteve na primeira prova da Itaipava GT, realizada em Interlagos, no início de abril
Foto: Ivan Pacheco/Terra


André Augusto
 
Apesar dos 30 anos de idade, o amazonense Antonio Pizzonia tem muitos quilômetros rodados por diversas categorias do automobilismo brasileiro e mundial. Conhecido pelo público por conta de sua passagem de 20 corridas pela Fórmula 1 entre 2003 e 2005, defendendo Jaguar e Williams, o piloto registra participações pela Fórmula 3000, Champ Car (fundida com a IRL, virou a atual Fórmula Indy), Stock Car e Fórmula Superliga
Fora do período de competições regulares, Pizzonia tenta manter a prática dentro da pista: no último dia 10 de abril, correu a etapa de estreia da Itaipava GT, no Autódromo de Interlagos, guiando a Ferrari F430 em parceria com o estreante Walter Derani, pela categoria GTBR3. Já no último domingo, ele voltou às pistas, desta vez pela terceira etapa da Stock Car, em Ribeirão Preto, substituindo o paranaense William Starostik, que optou por não disputar a prova no interior paulista por motivos pessoais, decorrentes da morte do piloto Gustavo Sondermann, no início de abril, quando disputava prova da Copa Montana em Interlagos.
"A categoria (Itaipava GT) vem crescendo bastante, principalmente o nível dos pilotos. Meu parceiro (Walter Derani) nunca tinha corrido, por isso, é legal dividir essas experiências, dividir a pista com gerações diferentes", explica.
Mas as corridas esporádicas devem acabar em breve. Pizzonia está perto de fechar outra temporada para correr com o carro do Corinthians pela Fórmula Superliga, na qual competiu pelo time paulista em 2008 e 2009. "Estou praticamente 90% fechado para correr pelo Corinthians neste ano. Faltam apenas pequenos acertos da própria categoria para fechar", disse.
Fortes lembranças da época de Fórmula 1
Com um currículo pré-Fórmula 1 que inclui o título da Fórmula 3 inglesa, em 2000 e passagem pela Fórmula 3000, o "Jungle Boy" (como ficou conhecido na imprensa internacional pelo fato de ter nascido no Amazonas) foi recrutado como piloto de testes da Williams em 2002. Com isso, ele acabou contratado pela extinta Jaguar para ser companheiro do australiano Mark Webber, na temporada seguinte. Entretanto, após dez provas e nenhum ponto marcado, Pizzonia acabaria substituído pelo inglês Justin Wilson na equipe, ainda em meio àquela temporada, voltando a ser piloto de testes da Williams.
Mas as melhores lembranças de Pizzonia na F1 datam do ano de 2004. Em substituição ao alemão Ralf Schumacher, quando este sofreu acidente grave no GP dos Estados Unidos. Em apenas quatro corridas naquela temporada pela escuderia inglesa - das quais completou três -, ele conseguiu marcar seis pontos e alcançou sua melhor fase na categoria - marcaria mais dois pontos, em 2005.
"A minha fase na Williams foi muito boa. Lá fiz meu primeiro ponto, teve a corrida em que fui líder no GP da Bélgica (em 2004, quando teve que abandonar, após problemas mecânicos) e o sétimo lugar em Monza, quando cruzei a 32 segundos atrás do Barrichello (vencedor da prova, com a Ferrari)", lembrou.
A temporada seguinte marcou a briga do brasileiro pelo posto de segundo piloto da Williams, onde chegou a substituir Nick Heidfeld nas últimas cinco corridas da temporada. Contudo, ele acabaria preterido por Nico Rosberg, ficando sem carro para a disputa do mundial de pilotos de 2006.
Depois, Pizzonia começou sua "peregrinação" pelas mais diversas categorias do automobilismo, como a Cahmp Car, Fórmula Superliga, Stock Car e Itaipava GT, mas sem conseguir se firmar com resultados consistentes ou bons desempenhos nos campeonatos disputados.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

Nenhum comentário: