Projeto Dart Games
A melhor preparação que um carro pode receber é a redução de peso. Não existe outra forma de se aprimorar todas as características dinâmicas de um automóvel (aceleração, frenagem, aderência lateral) de uma só vez e sem nenhuma contrapartida.
Então, eu não poderia deixar de lado a dieta do meu compacto Dodge Dart e seus 1490 quilos. O coitado vai ver muita esteira, bicicleta e aquelas comidas horrorosas – porque, sejamos honestos, tudo o que é gostoso vai açúcar, gordura ou proteína animal.
Agora, o que será feito e de quantos quilos a menos estamos falando? Acompanhe.
Frente
-Primeira coisa: a bateria vai para o porta-malas. Originalmente, ela fica "pendurada" perto da grade. São quinze quilos a menos no nariz que irão para o eixo traseiro, ajudando a distribuição de peso.
-Fibraria: a parte frontal é toda composta de partes removíveis. Capô, parachoque e suporte, paralamas… tudo será substituído por peças de fibra de vidro. Na base da conta de padeiro, dá tranquilamente algo entre 40 e 50kg a menos no processo. Vale mencionar que o capô terá um scoop invertido chamado "cowl induction", que tem dupla função: permitir o uso de coletores altos e fazer o escoamento tanto do ar quente do motor como do fluxo aerodinâmico que entra pela grade, em altas velocidades.
Dodge Dart americano, com scoop Cowl Induction. Coisa do demo!
-Motor: de fibra de vidro, claro. Que não. Aqui, o que conta é o uso das peças em alumínio: radiador, cabeçotes, coletor de admissão, pistões. Eu cheguei a pesar tudo, conferi o peso das peças novas e… perdi todas as anotações! Pense em uma anta. Mas era algo em torno de 50 quilos – a maior parte disso vem dos cabeçotes.
Laterais e interior
-Portas: quem já pegou uma porta de Dodge na mão, não esquece jamais. Brincando, o conjunto completo, com vidros, máquinas e forrações pesa 40-50kg. Ali, vou passar a faca bonito: portas de fibra, polímero no lugar dos vidros, com abertura feita por um cinto – tal como eram os Hemi Dart e Mustang Shelby 1965. O mesmo será feito nos vidros laterais traseiros. Cada conjunto de porta não deve passar de dez quilos.
-Bancos: nada de banco traseiro, e os pesados dianteiros serão trocados por peças de competição em fibra de vidro ou carbono (neste caso, da Veilside, que são os mais baratos). Trinta quilos a menos é uma estimativa realista.
Traseira
-Não há muito o que fazer. Uma ova! A tampa do porta-malas do Dodge é uma das peças de lataria mais pesadas do carro. Trocando ela e o parachoque (mais o massudo suporte) por peças diet, estimamos quarenta quilinhos a menos, no mínimo.
Em resumo, a meta de peso final está em torno de 1200-1250 quilos.
Estrutura: o único acréscimo de peso benéfico
-Rollcage, ou gaiola: absolutamente necessária, considerando a flacidez estrutural do monobloco do Dodge, as portas de fibra e o uso de bancos de competição, com cinco de quatro pontos que são fixos em uma barra transversal. Aqui, será um dos departamentos da EB Tech, cujos projetistas foram responsáveis pelo esportivo nacional Lobini. A idéia é que a gaiola amarre a estrutura com o mínimo de acréscimo de peso, que estimamos em 20-30kg.
-Subframe connectors (acima): de nome esquisito, são barras soldadas no assoalho, que fazem o papel de ligar as longarinas dianteiras às traseiras – transformando tudo em um feixe inteiriço. É uma modificação simples e extremamente benéfica para a estrutura deste tipo de carro, que torce muito em curvas e em arrancadas fortes.
Conceito da BMW Z4 em prata fosco. Cadê o meu babador?
Por fim, toda a carroceria será envelopada em preto ou prata fosco, facilitando o trabalho de acabamento. Claro que dá vontade de ter um carro super bem pintado, com assoalho brilhando e frisos reluzentes, mas é o tipo de escolha que (1) não cabe no meu bolso e (2) me deixaria com dó de arriscar o carro o quanto seria necessário pra virar tempo. Então, que fique feio. Mas um feio bonito!
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/
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