21 de mar. de 2011

Jogador de GT5 termina em segundo na Sebring real


Foi um longo dia para a Nissan Signatech, e um dia maior ainda para Lucas Ordoñez, o “garoto digital” que venceu o primeiro GT Academy da Nissan. Sua primeira participação na equipe nas 12 horas de Sebring culminou em um disputado segundo lugar na categoria LMP2. Bom ou ruim? Vejamos a seguir.
Ordoñez conquistou um posto na primeira campanha da Nissan em esporte-protótipos desde 1994 nos EUA. Ele foi selecionado depois de jogar Gran Turismo 5 Prologue à exaustão, derrotando oponentes em um carro de corrida de verdade na final do GT Academy em Silverstone, e depois competindo pra valer na GT4 europeia.

Durante as primeiras horas em Sebring (oficialmente, Mobil 1 12 Hours of Sebring), a Signatech Nissan dominou a categoria LMP2, chegando a liderar com dez voltas de vantagem. Ordoñez foi o segundo piloto do carro, assumindo o volante pouco antes da terceira hora de corrida. O espanhol de 25 anos sofreu para encontrar seu ritmo, completando várias voltas segundos mais lento que seus companheiros de carro, o veterano de 40 anos Soheil Ayari e o piloto da F3 e da Le Mans Series Franck Mailleux. Depois de duas rodadas na pista, Ordoñez precisava de alguma sorte.
Não foi o que aconteceu, inicialmente. Na volta 78, durante a primeira estada de Ordoñez, um problema de software da caixa de marchas mandou o único carro da equipe para os pits, derrubando-o na classificação da LMP2 por 15 voltas, suficiente para deixá-los na lanterna da categoria – uma boa notícia para os rivais da Level 5 Motorsports e Oak Racing. Chega a ser irônico que a equipe do garoto digital penou por conta de problemas com algoritmos.

Lá pela sexta hora, o rival Christophe Bouchut liderava a LMP2 com o cupê Lola-Honda da Level 5 Motorsports, cinco voltas à frente do segundo carro da Level 5 guiado por Luis Diaz. Uma perda de potência no carro de Diaz próximo à curva 2 trouxe a sexta bandeira amarela da prova em toda pista.
Mas Mailleux e Ayari batalharam e por volta da sétima hora a equipe estava de volta ao topo. Na oitava hora, Ordoñez reassumiu e encontrou seu caminho, conseguindo voltas consistentes abaixo de dois minutos para manter o carro da Level 5 atrás. Ordoñez e a Signatech Nissan ainda estavam 22 voltas atrás da liderança geral, mas à frente do principal concorrente na LMP2 – Ryan Hunter-Reay, piloto da Indy, em um Lola Honda – com cinco voltas de vantagem.
Até que, lá pela metade da nona hora, e logo após os comissários punirem a equipe em 60 segundos, após um membro da equipe não vestir os óculos de proteção durante o reabastecimento e troca de pilotos, o mesmo problema de software da caixa de marchas voltou a aparecer. Como da outra vez, o percalço permitiu que a Level 5 tirasse a diferença, com Hunter-Reay novamente assumindo a liderança.
Mudanças nas regras em 2011 obrigaram as equipes da LMP2 a usar motores baseados em unidades de linha, o que os responsáveis pela Nissan admitiram ter dado à empresa um caminho eficiente para apoiar um protótipo Le Mans. Em parceria com os franceses da Signature Racing, a Nissan forneceu uma versão Nismo-Zytec de seu VK45DE 4,5 litros, baseado na família de motores V8 que equipa os Nissans Titan, Armada e Pathfinder. A história dos japoneses em Sebring é notável; a empresa dominou a prova de longa duração durante o começo da década de 1990, com quatro vitórias gerais – em 1989, 1990, 1991 e 1994.
Aqui em Sebring, a maior rival da Signatech Nissan, a Level 5 sediada em Wisconsin, usa um chassi construído pela Lola equipado com uma versão do V6 global da Honda, o HR28TT 2.8, biturbo e preparado pela Honda Performance Development (HPD).
Com apenas duas horas para o fim da prova, Ordoñez e a equipe andavam abaixo do potencial, com o problema de software deixando-os dez voltas atrás do Level 5 de Hunter-Reay quando tremulou a bandeira quadriculada. Mesmo assim, um bom desempenho para uma equipe que demonstrou química entre os três pilotos na coletiva de imprensa na sexta à tarde. Nenhum dos veteranos das pistas mostrou animosidade para a ascensão dos sofás para o cockpit de seu colega.
Na classificação geral, o carro foi o 30º entre 56 concorrentes. Os vencedores foram o trio francês Nicolas Lapierre, Loic Duval e Olivier Panis, a bordo de um Peugeot 908 HDI FAP. O primeiro Audi R15+ TDi apareceu apenas na quarta posição, e o BMW M3 GT da equipe de Augusto Farfus Jr. fechou na 12ª colocação.
Confira abaixo outras fotos da prova, incluindo os modelos da categoria GT e LMP1.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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