23 de mar. de 2011

Impressões rápidas: Mustang Bullitt



O domingo amanheceu cinzento na capital paulista. Clima perfeito para encontrar uma malvada estrela do cinema. Ou melhor, a sua versão moderna com estilo nostálgico: a série Bullitt do Mustang, lançada em 2008 para comemorar 40 anos de sucesso da melhor perseguição já filmada pelo cinema.

Frank Bullit me esperava. Bom, não foi bem assim, mas o carro lembra – e muito – o clássico de 1968 que aparecia saltando pelas ruas de San Francisco à caça do Dodge Charger preto. A cena tem onze minutos de duração e nunca cansamos de vê-la. Dias atrás, mostramos aqui a homenagem que os herdeiros de Steve McQueen fizeram, mas que não pôde carregar o nome do filme.

Detentora dos direitos sobre a marca Bullit para seus carros, a Ford já fez duas séries especiais assim batizadas. A primeira foi um Mustang GT 2001 estruturalmente modificado para melhor handling, com potência e visual igualmente incrementados. Há três anos, a Ford soltou no mercado outra homenagem com perfeição nos detalhes. A produção foi limitada a 7.700 unidades, sendo que a maior parte destinada aos Estados Unidos.
O comprador podia escolher entre a cor preta e a verde-musgo, e pelo menos seis deles desembarcaram por aqui. Esse exemplar do vídeo, por exemplo, pertence a um colecionador que assistiu ao filme na época e saiu boquiaberto com as tomadas de tirar o fôlego.
Quando falei do perfeccionismo dos engenheiros talvez tenha pensado no sistema de escapamento. Horas e mais horas de laboratório foram gastas para que o carro ficasse com o ronco idêntico ao GT dos anos 60. O sistema todo em inox conta com tubos de 3,5 polegadas e até borbulha em marcha lenta.
O modelo é equipado por um motor V8, de 4,6 litros e 315 cv brutos. Seguindo a tradição do cinema, não houve opção de transmissão automática. Aliás, o sistema de suspensão reforçado e rebaixado traz algo curioso: segundo o manual do proprietário, e a própria propaganda da marca, seria possível realizar alguns saltos com o carro sem comprometer as peças. Será que algum maluco tentou fazer isso? Provavelmente sim.

Outra curiosidade é que ele não traz nenhum logotipo da Ford. A única identificação e na parte traseira, cobrindo o bocal do tanque de combustível. Isso lembra bastante o carro de Steve McQueen. O câmbio manual de cinco marchas traz a manopla em alumínio. Mais nostalgia.
Na hora de dar uma volta, uma coisa legal que esses carros preservam é a visão do longo capô à frente do motorista. Nada melhor do que um V8 ronronando e respondendo aos impulsos do acelerador com uma boa chacoalhada de carroceria.
O câmbio tem engates curtos e o propulsor segue cheio. Basta enfiar o pé para o veoitão dar conta do recado e engolir algumas doses generosas de gasolina podium. A velha fórmula norte-americana faz com que o esportivo continue mantendo a fama de durão e colando as costas no banco nas saídas de semáforo. Ainda bem.
Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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