28 de jan. de 2014

Teste: Suzuki SX4 S-Cross - Um crescimento assistido

 Fotos: Divulgação
Teste: Suzuki SX4 S-Cross - Um crescimento assistido
Suzuki S-Cross, evolução do SX4, é um crossover com visual moderno e recheado de equipamentos

 
A Suzuki passa por um período de reestruturação. A marca japonesa tomou decisões importantes, como deixar de atuar no mercado norte-americano em função das vendas em baixa. No Brasil, controlada pelo grupo Souza Ramos, o mesmo da Mitsubishi, a marca mantém o interesse com uma linha voltada para o jipinho nacionalizado Jimny e o SUV médio Grand Vitara. Além deles, há o SX4, um hatch médio “altinho”, com tração integral e visual interessante. Agora, o modelo ganhou uma nova geração na Europa, que conviverá com a antiga em vários mercados. Ela adicionou o “sobrenome” S-Cross ao carro e se transformou em um crossover compacto que aposta na eficiência e praticidade para ampliar horizontes, principalmente na Europa, para a Suzuki.
 
 
Sob o capô do S-Cross, funciona um motor a gasolina de quatro cilindros de 1.6 litro, que entrega 120 cv e 15,9 kgfm de torque. A transmissão pode ser do tipo CVT, continuamente variável, ou manual de cinco marchas. Ele ainda oferece sistema de tração nas quatro rodas chamado All Grip, com um seletor giratório no console central, onde o motorista escolhe o comportamento sistema de tração entre três configurações: Neve, Auto e Sport.
 
 
 
A aparência externa é uma das principais virtudes do SX4 S-Cross. A frente traz faróis grandes com lentes translúcidas e grade frontal também avantajada, em formato de trapézio invertido, com o emblema ao centro. De lado é como se melhor percebe a altura do carro em relação ao solo. São 20 cm de distância, que parecem mais graças ao acabamento em preto fosco com uma parte prateada, que simula um estribo lateral. A traseira é simples e também protegida com revestimento de plástico, que a torna mais resistente a pequenos arranhões.
 
 
O interior do crossover é elegante, além de bem fornido. Ar-condicionado automático com duas zonas, volante multifuncional e revestimento em couro são de série nas versões mais caras. Além disso, há bancos aquecidos e rádio com Bluetooth. Há ainda opção por um sistema de entretenimento com tela sensível ao toque, mas que destoa do visual do painel. No mercado mexicano, o modelo deverá ter concorrentes conhecidos, como os Ford EcoSport, Chevrolet Tracker e até mesmo o Renault Duster. Por enquanto, o novo carro não tem previsão de chegar ao Brasil.
 
Primeiras impressões
 
Tranquilidade oriental
 
por Alejandro Kostantonis
do AutoCosmos.com/México
exclusivo no Brasil para Auto Press
 
Na cidade, com terreno plano, o motor 1.6 litro até responde bem. O conjunto formado entre o câmbio CVT e a tração integral oferece ao motorista a opção de três modos de condução. Eles são selecionados por um botão giratório no console central e muda entre os parâmetros Neve, Auto e Sport.
 
 
 
O funcionamento da caixa está bem calibrado para arrancar rapidamente em um semáforo, especialmente com o modo Sport selecionado. Em baixas e médias velocidades, o comportamento é muito bom. O motor é silencioso e o conforto de marcha elevado. No entanto, o pequeno 1.6 litro sofre um pouco para superar aclives mais acentuados e levar os 1.250 kg do S-Cross. O propulsor pede alguma paciência nessas situações, quando responde com alguma lentidão.
 
 
O comportamento da suspensão é notável e, embora a carroceria seja alta, existe pouco rolamento em estradas sinuosas. O amortecimento é preciso, com baixo nível de ruído, que contribui para uma viagem confortável. O consumo é bastante contido se o motorista não abusar muito do pedal do acelerador. Apenas na rota do teste, que incluiu longas subidas e altitudes superiores a 3 mil metros acima do nível do mar, o S-Cross gastou mais combustível do que o esperado.
 
Ficha técnica

Suzuki SX4 S-Cross All Grip
 
Motor: A gasolina, 1.586 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
 
Potência máxima: 120 cv a 6 mil rpm.
 
Torque máximo: 15,9 kgfm a 4.400 rpm.
 
Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,5 segundos.
 
Velocidade máxima: 164 km/h.
 
Diâmetro e curso: 78,0 mm X 83,0 mm. Taxa de compressão: 11,1:1
 
Transmissão: Câmbio automático CVT com múltiplas relações à frente e uma a ré. Tração integral permanente. Oferece controle de tração.
 
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com barra de torção, molas helicoidais e amortecedores pressurizados.
 
Pneus: 205/50 R17.
 
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás copm ABS.
 
Carroceria: Crossover em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,30 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,57 m de altura e 2,60 m de distância entre-eixos. Airbag frontais, laterais e de cabeça de série.
 
Peso: 1.185 kg.
 
Capacidade do porta-malas: 285 litros.
 
Tanque de combustível: 50 litros.
 
Produção: Esztergom, Hungria.
 
Lançamento mundial: 2013.
 
Itens de série: Ar-condicionado automático de duas zonas, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, volante multifuncional, controlador de velocidade de cruzeiro, banco do motorista com regulagem de altura, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção hidráulica, limpador e desembaçador do vidro traseiro, abertura interna do porta-malas, rádio CD/MP3/USB/Bluetooth com comandos no volante, controle de estabilidade ESP, partida por botão.
 Preço no México: 339.900 pesos mexicanos, cerca de R$ 60.200.
Participe! Deixe aqui seu comentário. Muito Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
por Igor Macário
Auto Press
com Alejandro Kostantonis
AutoCosmos.com/México

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