28 de jan. de 2014

Teste: Fiat Strada Treeking CD 1.6 - Caçamba de amplo espectro

 Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Teste: Fiat Strada Treeking CD 1.6 - Caçamba de amplo espectro
Versão Trekking aposta na combinação de cabine dupla e motor 1.6  para manter a Strada no topo

por Raphael Panaro
Auto Press
 
Experiência é o que não falta a Fiat no segmento de picapes compactas. A marca italiana domina o setor há 14 anos com a Strada. Em 2013, o modelo emplacou mais de 10.200 unidades mensais e terminou o ano com quase 50% de participação no setor. Muito à frente de Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana, que venderam em média 6 mil e 3.900 veículos mensais, na ordem. A Ford pulou fora do segmento no começo do ano passado, quando parou de fazer a Courier, e a Peugeot mantém a Hoggar na vitrine por pura teimosia – vendeu menos que 750 unidades no ano passado inteiro. No final de 2013, a fabricante italiana deu uma nova cartada. Além do pequeno face-lift, a grande atração da nova Strada cabine dupla é a terceira porta reversa para facilitar a entrada de ocupantes traseiros. Na versão Trekking é a única configuração disponível.
 
 
A versão Trekking é a intermediária na gama da Strada. Ela custa R$ 49.380 e fica 10% abaixo da “top” Adventure. Por esse valor, a Strada vem com itens como faróis de neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura, além de ar-condicionado, vidros e travas elétrico e direção hidráulica. Os opcionais são o sistema de bloqueio do diferencial Locker e perfumarias como chave canivete, capota marítima, ajuste de altura do banco do motorista, retrovisores externos elétricos, rodas de liga leve, rádio/CD com Bluetooth e volante multifuncional em couro, que acrescem o valor em R$ 5 mil. Como intermediária, a Trekking tem motor 1.6 litro de 115/117 cv, com torque de 16,2/16,8 kgfm, com gasolina/etanol. A básica Working tem propulsor 1.4 enquanto a Adventure tem 1.8.
 
 
O conceito da porta “extra” demandou um quebra-cabeça dos engenheiros da Fiat em não comprometer a rigidez da carroceria. Por outro lado, a retirada da coluna permitiu um ganho de espaço ao banco traseiro. Já o cinto de segurança do carona agora fica ancorado à terceira porta. A Fiat até convocou um recall para substituir os parafusos de fixação da haste, que no projeto era de 38 mm, mas foram montados com outro, de 33 mm. Com o terceiro acesso vieram outras mudanças. A caçamba cresceu oito centímetros em altura. Em relação ao modelo anterior houve um incremento de quase 18% no volume de carga. Na versões de cabine dupla são 100 litros a mais – para um total de 680 litros. A Fiat também aproveitou e mudou sutilmente o visual da Strada. Destaque para a traseira que ganhou lanternas horizontalizadas, que invadem a lateral.
 
Impressões ao dirigir

Porta dos fundos
 
Definitivamente, o que chama atenção na nova Strada é a presença da terceira porta. Não é difícil notar dedos apontados para o carro nas ruas, ainda mais com a propaganda massiva na televisão. Na prática, a solução é interessante para o uso dos bancos traseiros. Para abri-la, é obrigatório que a porta do carona também esteja aberta. Até porque a maçaneta, no perfil da porta, só fica acessível nesta situação. Com ela totalmente aberta, o ângulo é satisfatório para a entrada de um ocupante, mas a “transferência” do cinto de segurança dianteiro para trás atrapalha um pouco. Dentro, pessoas de até 1,75 metro não passam apertos e desfrutam de certa comodidade. Já ocupantes mais altos, com pernas longas ou mais corpulentos, podem se sentir desconfortável. Cinco passageiros ali é impensável – só há, inclusive, dois cintos de segurança no banco traseiro.
 
 
Em movimento, o motor 1.6 16V não entrega grande desempenho antes dos 3 mil giros. Um dos motivos é que o torque máximo de 16,8 kgfm só aparece em 4.500 giros e não há boa dose de força antes disso. É preciso paciência para atingir giros altos. Ao menos, quando se chega na faixa mais eficiente do propulsor, a dinâmica é satisfatória. Tanto é que o zero a 100 km/h é cumprido em menos de 10 segundos. Uma marca quase esportiva. No que é contradito pelos engates do câmbio manual, pouco precisos, mas com escalonamento correto.
 
 
Ficha técnica
 
Fiat Strada Trekking CD 1.6 16V

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
 
 
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. 
 
Potência máxima: 115 e 117 cv a 5.500 rpm com gasolina e etanol.
 
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,7 segundos.
 
Velocidade máxima: 178 km/h.
 
Torque máximo: 16,2 e 16,8 kgfm a 4.500 rpm com gasolina e etanol.
 
Diâmetro e curso:  77,0 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
 
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora. Traseira com eixo rígido, com molas helicoidais.
 
Pneus: 175/70 R14.
 
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS de série.
 
Carroceria: Picape em monobloco com três portas e quatro lugares. Com 4,44 metros de comprimento, 1,66 m de largura, 1,58 m de altura  e 2,71 m de distância entre-eixos. 
 
Peso: 1.216 kg com 650 kg de capacidade de carga.
 
Capacidade da caçamba: 680 litros.
 
Tanque de combustível: 58 litros.
 
Produção: Betim, Minas Gerais.
 
Itens de série: Barras longitudinais no teto, computador de bordo, conta-giros, protetor de caçamba, freios ABS, airbag duplo, brake-light, direção hidráulica, faróis de neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura.
 
Preço: R$ 49.380.
 
Opcionais: Sistema Locker, banco do motorista com regulagem de altura, capota marítima, chave canivete, volante em couro multifuncional, rodas de liga-leve de 14 polegadas e rádio com CD/MP3/WMA integrado ao painel com RDS, Bluetooth e entrada USB.
 
Preço: R$ 54.380.

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