27 de out. de 2013

Prodígios: 26 atletas tão geniais quanto Vettel aos 26


Vettel (foto) manteve a tradição alemã na F1, iniciada por Schumacher (Foto: Antonio Calanni/AP)Vettel (foto) manteve a tradição alemã na F1, iniciada por Schumacher (Foto: Antonio Calanni/AP)
 
Pondere-se o que quiser, conteste-se o que for, Sebastian Vettel já é um dos maiores da história da F1. Se 36 vitórias, 43 poles e 59 pódios em 117 GPs não querem dizer nada ao douto leitor, para mim representam um feito e tanto. “Ah, mas com esse carro até eu”, vai contestar alguém. É mesmo?

Pegue os três maiores recordistas da história da F1, pela média: Michael Schumacher, Alain Prost e Ayrton Senna. Para acumular os números que eles acumularam, todos passaram vários e vários anos em equipes de ponta e detiveram, pelo menos em quatro temporadas cada, o melhor carro do grid. Nada muito diferente do mais novo tetracampeão mundial.
E, assim como o jovem germânico, os três também precisaram de um longo período de estabilidade, ou seja, em uma mesma escuderia, para inflar suas respectivas estatísticas (é o caso de Senna e Prost com a McLaren, enquanto Schumacher maximizou ainda mais esse coeficiente na Ferrari).

Portanto, se Vettel teve o melhor carro do grid nos últimos quatro anos (e nem sempre a Red Bull foi a mais rápida desse período, frise-se), ele também já provou que consegue manter um nível de competitividade altíssimo por muitas e muitas temporadas seguidas. E isso, pode me acreditar, é um feito que só os gênios conseguem alcançar.
Mas o que mais impressiona nesse alemãozinho de Heppenheim – e já falamos várias vezes disto por aqui – continua a ser sua precocidade. Enquanto os demais multicampeões da categoria tiveram de esperar até depois dos 30 para deixar o currículo tão repleto de láureas, Vettel alcançou tudo isso com meros 26.
Não dá para negar que Sebastian já se mostrara um prodígio desde 17 de junho de 2007, quando, aos 19 anos, 11 meses e 14 dias, tornou-se o mais novo piloto da história a marcar um ponto na F1, no GP dos Estados Unidos. Na ocasião, o teutônico substituía o convalescido Robert Kubica, que sofreu aquele terrível acidente uma semana antes, em Montréal, no segundo assento da BMW.
Aquele, aliás, era só o começo: aos poucos, Vettel se apropriou de quase todos os recordes de precocidade, sendo o mais jovem a liderar uma corrida (Japão-2007), marcar uma pole position, conquistar uma vitória, subir ao pódio (Itália-2008), ser campeão (2010), chegar ao bi (2011), ao tri (2012) e, agora, ao tetra (2013).
Sebastian Vettel comemora vitória no GP da Itália (AP Photo/Luca Bruno)
Sebastian Vettel comemora vitória no GP da Itália (AP Photo/Luca Bruno)
Mesmo assim, por mais que se pudesse prever que Vettel alcançaria o sucesso de forma tão rápida, nem mesmo o mais fanático torcedor seu poderia imaginar que ele estaria pedindo entrada no panteão dos gigantes em tão pouco tempo. Na F1, trata-se de um caso inédito. Mas, se analisarmos o universo esportivo em geral, isso não é necessariamente uma exceção.
Por isso, o Blog do Tazio relembra agora uma lista com 25 atletas que, assim como Vettel, já eram considerados gênios em suas respectivas modalidades aos 26 anos. Para fazer parte deste grupo, assim como o competidor da Red Bull, não basta ter sido só um talento prodígio, mas sim ter atingido marcas estatísticas bastante expressivas à época dessa tenra idade. Confira:
PELÉ – futebol
Tido pela grande maioria dos críticos como o maior jogador de futebol da história, Edson Arantes do Nascimento já era um fenômeno de proporções incomensuráveis quando completou 26 anos, em 1966. Nove temporadas depois de espantar o mundo na Copa do Mundo de 1958, o natural de Três Corações já havia conquistado dois títulos mundiais com a Seleção Brasileira (58 e 62), além de duas Copas Rocca, uma Taça do Atlântico, duas Copas Oswaldo Cruz e uma Taça Bernardo O’Higgins. O Mundial da Suécia também rendeu as premiações de Melhor Jogador Jovem, Bola de Prata, Chuteira de Prata e Craque do Time das Estrelas. Pelo Santos, Pelé participara na obtenção de seis Paulistas, cinco Brasileiros (conforme recentemente estipulado pela CBF), quatro Rio-São Paulo, duas Libertadores e dois Mundiais Interclubes. Junto a tudo isso, encerrou seu 26º ano de vida com a impressionante marca de 779 gols marcados como profissional, sendo 722 pelo clube da Baixada e 57 vestindo a camisa do selecionado brasileiro.
Pelé
RONALDO – futebol
Na época de seu 26º aniversário, Ronaldo Luís Nazário de Lima vivia talvez a melhor fase de sua brilhante carreira. Após um período dificílimo de contusões pela Inter de Milão, o carioca encerrou 2002 em grande estilo, acumulando mais algumas importantes láureas ao seu já vasto arsenal de conquistas. Na lista entraram o Mundial do Japão-Coreia, do qual foi artilheiro e protagonista na conquista brasileira do penta, e o Mundial Interclubes por seu novo time, o Real Madrid. Com 26 anos, Ronaldo já acumulava títulos em duas Copas do Mundo (94 e 2002), duas Copas América, uma das Confederações e uma medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de 1996. Também levantou troféus de uma Copa do Brasil, um Campeonato Mineiro (Cruzeiro), uma Copa dos Países Baixos (PSV Eidhoven), uma Supercova da Espanha, uma Copa da Espanha, uma Recopa Europeia (Barcelona), uma Copa da UEFA (Inter de Milão) e um Mundial de Clubes (Real Madrid). Também quebrara um recorde ao ser eleito por três vezes o melhor jogador da FIFA (96, 97 e 2002), além de ter sido premiado com uma Chuteira de Ouro da UEFA e duas Bolas de Ouro, e apontado como melhor jogador da Copa de 98 e do Mundial Interclubes de 2002. Até o fim daquele ano, marcara 281 gols, sendo 47 pela Seleção e 12 em Mundiais.
Ronaldo
LIONEL MESSI – futebol
Nascido no mesmo ano de Vettel, o argentino Lionel Andrés Messi vem espantando o mundo com a capacidade de ser o maestro do incrível esquadrão do Barcelona nos últimos anos. Já comparado aos gigantes do futebol mundial, como seu compatriota Diego Maradona e até mesmo Pelé, Messi chega ao 26º ano de existência com a incrível marca de aproximadamente 350 gols marcados, sendo mais de 310 pelo time principal do Barcelona e 24 pela Seleção Argentina. No currículo, já constam triunfos em dois Mundiais Interclubes, três Ligas dos Campeões da Europa, seis Campeonatos Espanhóis, duas Copas do Rei, seis Supercopas da Espanha e duas Supercopas da UEFA, entre outros. Apesar de ter sido protagonista na coleta do Mundial Sub-20 e da medalha de Ouro nas Olimpíadas de 2008, em Pequim, seu grande desafio ainda é liderar a Argentina de volta ao topo de uma Copa do Mundo, naquela que seria sua consagração definitiva como um dos maiores da história. De qualquer forma, esse buraco não impediu Messi de ser eleito quatro vezes o melhor jogador do ano pela FIFA, roubando o recorde de Ronaldo. O hermano também recebeu uma Bola de Ouro FIFA e uma Chuteira de Ouro da UEFA, sendo considerado melhor jogador do futebol europeu em duas oportunidades. Em seu país natal, foi galardoado como melhor jogador argentino em seis oportuniades, e como o melhor atleta nacional em 2011.
Messi
BJORN BORG (que se aposentou com 26 anos, diga-se, com 11 GS e 56 títulos no total) – tênis
Reconhecido como maior jogador de saibro até o surgimento de Rafael Nadal, Bjorn Borg é um personagem emblemático nesta lista, já que encerrou sua incrivelmente vitoriosa carreira no tênis quando tinha exatos 26 anos. Antes, o sueco de Estocolmo impressionou o mundo com sua força mental, vigor físico e versatilidade para aliar um forte jogo junto à rede com uma solidez no fundo de quadra jamais vista. Por isso, conquistou 11 Grand Slams, sendo seis Roland Garros e cinco Wimbledon, e um total de 64 títulos da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Borg detém até hoje o maior percentual de partidas vencidas ao longo de uma carreira, 82,72%.
Borg
PETE SAMPRAS – tênis
Detentor de um serviço devastador e um jogo extremamente agressivo de busca pelas bolas vencedoras e pela rede, Pete Sampras finalizou 1997, quando completou 26 anos, como o melhor jogador daquele período com sobras. Àquela altura da vida, o americano igualou Jimmy Connors ao completar uma temporada inteira como número 1 do ranking pela segunda vez na carreira. Ainda, Sampras já havia coletado dez slams (sendo quatro Wimbledon, quatro Abertos dos Estados Unidos e dois Abertos da Austrália), nove Masters 1000 e quatro Finals, tendo como único ponto negativo a falta de títulos expressivos no piso de saibro.
Pete Sampras
ROGER FEDERER – tênis
Para os padrões do tênis, Roger Federer não chegou a ser um prodígio no que se refere ao início de sua era de domínio no esporte, em 2003, quando já tinha 22 anos. Entretanto, o estilo plástico e absolutamente completo do suíço da Basileia, eficiente em todos os golpes, levou-o a uma sequência inacreditável de conquistas até 2007. Quando chegou aos 26, o atual maior vencedor de grand slams da história já havia angariado 12 taças desse calibre (cinco Wimbledon, quatro Abertos dos Estados Unidos e três da Austrália), ficando a apenas duas do recorde de Pete Sampras. Também acumulara um total de 14 Masters 1000, quatro Finals e 53 títulos de nível ATP.
Federer
RAFAEL NADAL – tênis
Se existe um tenista do circuito atual capaz de superar Federer nas estatísticas do esporte, este é Rafael Nadal. Já reconhecido como maior jogador da história no saibro, o espanhol de Mallorca completou 26 primaveras de vida no ano passado. Apesar de ter vivido a lesão mais séria da carreira ao fim da temporada, Nadal fechou o ano com o recorde de sete títulos em Roland Garros, além de outros quatro grand slams (dois Wimbledon, um Australian Open e um US Open). No seu currículo, já constavam também 21 Masters, a medalha de Ouro nas Olimpíadas de 2008, quatro Copas Davis e 50 títulos de simples da ATP.
Nadal
STEFFI GRAF – tênis
Maior tenista dos anos 90, Steffi Graf é um dos poucos exemplos de jogadoras que não arrefeceram após uma aparição precocemente vitoriosa no tênis feminino. Depois de ser campeã de Roland Garros com apenas 18 anos, em 1987, a alemã multiplicou para 18 o número de slams obtidos aos 26, completados em 95, sendo seis Wimbledon, cinco RG, quatro Abertos da Austrália e quatro Abertos dos Estados Unidos. Também foi medalhista dourada nos Jogos Olímpicos de 88, em Seul, no mesmo ano em que conseguiu o incrível feito de vencer os quatro GS em sequência (algo só alcançado antes por Maureen Connolly e Margaret Smith Court, e jamais repetido desde então). Com 26, Graf já havia conquistado 95 torneios e se estabelecido como uma das cinco maiores da história. Para muitos especialistas, boa parte das estatísticas da compatriota de Vettel só foi inflada porque sua principal rival, Monica Seles, tomou uma facada nas costas de um fã de Graf, em 93, e deixou caminho livre para a germânica dominar sozinha o circuito.
Graf
SERENA WILLIAMS – tênis
Escolher algumas representantes do tênis feminino foi o maior desafio desta lista, pelo fato de que muitas meninas viveram o auge de suas carreiras muito cedo, antes dos 20, e já chegaram aos 26 longe daquilo que se poderia esperar delas. Algumas, como Monica Seles e Martina Hingis, surgiram como um meteoro no circuito, mas sucumbiram a fatores como uma facada nas costas ou uma série de lesões. Neste prisma, Serena Williams parecia mais um desses casos de jogadoras que se perderiam ao longo da carreira, já que, após vencer o Aberto dos EUA pela primeira vez aos 18 anos, em 99, ascendeu no ranking e conquistou outros sete grand slams até os 26, mas sempre dando mostras de que não priorizava o tênis conforme seu enorme talento poderia permitir. Serena fazia temporadas sempre bem mais curtas do que as rivais, mas, ainda assim, chegou a 28 títulos pela WTA (Associação das Tenistas Profissionais) na temporada de seus 26, em 2007. Para a sorte dos fãs, a americana manteve a motivação, superou algumas lesões e está mais motivada do que nunca na atualidade, tendo praticamente duplicado todas as suas estatísticas.
Serena
MARK SPITZ – natação
O que dizer de um atleta que, aos 26 anos, não apenas já era um dos monstros de sua modalidade como também já estava aposentado havia quatro anos? Muito prazer, este é Mark Spitz. Somente aos 18, o americano já havia obtido dois ouros (revezamento 4x100m medley e revezamento 4x200m livre), uma prata (100m borboleta) e um bronze (100m livre) nas Olimpíadas da Cidade do México, em 1968. Uma edição mais tarde, com 22, Spitz foi muito além em Munique e chegou à notória marca de sete veneras douradas (200m borboleta, 4x100m livre, 200m livre, 100m borboleta, 4x200m livre, 100m livre e 4x100m medley), um recorde na era moderna dos Jogos. Nesse ínterim, foi também oito vezes campeão universitário e premiado como melhor atleta amador dos Estados Unidos em 71. Contudo, Spitz decidiu se retirar das competições logo após Munique, entrando em uma seleta galeria com apenas outros cinco atletas, que agregaram nove ou mais medalhas olímpicas a suas carreiras.
Spitz
MICHAEL PHELPS – natação
Para bater uma marca tão expressiva quando a de Spitz, somente sendo um nadador tão genial quanto. E Michael Fred Phelps II foi. Nascido em 1985, o também americano chegou muito perto de igualar o compatriota nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, onde faturou seis ouros (100m borboleta, 200m borboleta, 200m medley, 400m medley, 4x200m livre e 4x100m medley) e dois bronzes (200m livre e 4x100m livre). Mais maduro nos Jogos de Pequim, em 2008, aos 23, Phelps enfim se tornou recordista absoluto em medalhas douradas numa só edição do evento, graças à conquista de oito primeiros lugares (exatamente nas provas onde havia sido medalhista quatro anos antes). Até os 26, completados em 2011, essa máquina de nadar também obteve 25 ouros, seis pratas e um bronze em Mundiais de Esportes Aquáticos, juntos com mais 13 ouros e três pratas em Pan-Pacíficos, além de diversos títulos em competições nacionais.
Phelps
PAAVO NURMI – atletismo
Sabe aquela expressão “finlandês voador”, tão usada pelos fãs de Mika Hakkinen? Pois saiba que ela já existia 80 anos antes e servia para denominar outra lenda do esporte finês, Paavo Nurmi. Especialista em provas de longa distância do atletismo, Nurmi venceu oito competições olímpicas e obteve outros dois segundos lugares entre os Jogos da Antuérpia, em 1920, e Paris, em 24, quando estava para completar 27 anos. Até aquela época, o nórdico concentrava suas disputas às provas entre 800 e 10 mil metros, migrando posteriormente para corridas mais longas, incluindo maratonas.
Nurmi
JESSE OWENS – atletismo
O homem que calou mais de uma vez o Estádio Olímpico de Berlim e causou enormes dores de cabeça a Adolf Hitler não poderia ficar de fora de nossa seleção. Participante dos Jogos de 36, aos 23 anos, na capital da Alemanha Nazista, James Cleveland Owens deu uma grande lição de humanidade contra a política racista de Hitler, ao bater o esquadrão de “arianos” do atletismo e conquistar quatro veneras de ouro ao longo do evento: nos 100 metros e 200 metros rasos, salto em distância e revezamento 4×100 metros. Assim, encerrou aquela edição como o atleta mais bem-sucedido, contrariando tudo aquilo que o Fuhrer, do alto de sua insanidade mental, pregava à população de seu país.
Owens
CARL LEWIS – atletismo
Discípulo de Owens, Frederick Carlton Lewis fez grande sucesso como velocista e saltador nos anos 80, o pináculo de sua excepcional carreira. Até os 26 anos, que vieram em 87, o americano já havia merecido quatro ouros nas Olimpíadas de Los Angeles, em 84 (100 e 200m rasos, revezamento 4x100m e salto em distância), junto com seis ouros no Mundial de Atletismo, dois no Pan-Americano de Indianápolis, no mesmo ano de 87, e outro nos Jogos da Boa Vontade de 86, em Moscou.
Carls Lewis
USAIN BOLT – atletismo
Com 26 anos completados em 2012, Usain Bolt já é um dos maiores esportistas em atividade e de todos os tempos. Muito disso vem de seu carisma e simpatia, mas boa parte tem de ser creditada à sua impressionante velocidade nas provas de curta distância do atletismo. Atual recordista mundial dos 100 e 200 metros rasos (9s58 na primeira prova e 19s19 na segunda), o jamaicano havia coletado, até as Olimpíadas de Londres, seis medalhas douradas, que, somadas às cinco dos Mundiais de 2009 e 2011, mais outras conquistas internacionais, colocam-no como o mais bem-sucedido competidor com menos de 30 anos da história do atletismo.

Bolt
JOHN SURTEES – motociclismo
Único piloto a ter conseguido ser campeão mundial de motovelocidade e F1, John Surtees ainda não era um sucesso nas quatro rodas com 26 anos. Em compensação, sua carreira no motociclismo havia engrenado desde os 22, em 1956, quando assinou com a poderosa MV Augusta e se tornou tetracampeão das 500cc e tri das 350cc. Foi justamente aos 26, no final de 60, que o britânico decidiu abandonar a carreira e iniciar um novo desafio no automobilismo, que também se mostraria um sucesso pouco tempo depois.
Surtees
MIKE HAILWOOD – motociclismo
Outro anglófono que, assim como Surtees, já era tetracampeão mundial de motociclismo quando completou 26 verões, em 1966. Logo aos 21, pela Honda, chegou ao primeiro título, na classe 25cc. Entretanto, foi novamente uma migração para a MV Augusta que permitiu a Stanley Michael Bailey Hailwood, ou simplesmente “Mike The Bike”, torner-se tetra das 500cc entre 62 e 65. Em seu 26º ano, Hailwood voltou para a Honda e chegou ao bi das 250cc, bem como ao primeiro campeonato das 350cc. Foi também nessa época que o inglês faturou nove de suas 14 coroas da perigosa TT Ilha de Man, sendo cinco pela categoria-mãe, uma pelas 350cc, duas pelas 250cc e uma pelas 125cc.
Hailwood
VALENTINO ROSSI – motociclismo
Piloto de motociclismo de maior sucesso na atualidade, Valentino Rossi sempre alcançou a glória de forma quase imediata em todas as classes da MotoGP. Quando chegou às 26 primaveras, “il dottore” tinha acabado de conquistar seu segundo título da divisão principal com a Yamaha, sendo o quinto no total. Antes, o italiano se sagrara campeão das 125cc em 97 e das 250cc em 99.
Rossi
KELLY SLATER – surfe
Maior campeão da história do surfe profissional, Robert Kelly Slater já detinha esse posto aos 26 anos, em 1998, quando atingiu o pentacampeonato consecutivo do Mundial da ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) e chegou a um total de seis títulos, dois a mais do que seu antecessor no “cargo”, o australiano Mark Richards. Àquela altura da vida, o americano de Cocoa Beach, Flórida, também já vencera 29 etapas do Circuito Mundial.
Slater
MAGIC JOHNSON – basquete
Considerado por muitos o maior armador da história da NBA, Earvin Johnson Jr. teve papel preponderante na obtenção de três títulos da liga profissional de basquete americano até os 26 anos, sempre com o Los Angeles Lakers. Estreante na temporada de 79-80, aos 20, “Magic” espantou o mundo com sua versatilidade na última partida da final contra o Philadelphia 76ers, ao atuar em três posições diferentes (armador, ala e pivô) e registrar 42 pontos, 15 rebotes e sete assistências. Tal atuação fez com que ele se tornasse o primeiro novato a ser eleito o “jogador mais valioso” de uma final. as nem tudo foram flores: até chegar aos 26, Johnson passou por vários momentos em que teve sua liderança seriamente contestada no time, como na guerra contra o treinador Paul Westhead, em 81, e na perda das finais de 84 para o Boston Celtics, de Larry Bird, na sétima e última partida. Mas a coleta dos campeonatos de 82 (com direito a triplo-duplo na partida decisiva) e 85, ano de seu 26º aniversário, contra o mesmo Celtics, ajudou-o a se redimir e ganhar o respeito definitivo de críticos e rivais.
Magic Johnson
KOBE BRYANT – basquete
É claro que ter um pivô como Shaquille O’Neal e um treinador como Phil Jackson facilita a vida de qualquer um, mas é importante frisar como Kobe Bean Bryant assumiu um papel de protagonista na dinastia do Los Angeles Lakers, no início dos anos 2000, mesmo tendo acabado de chegar às duas décadas de existência. Ala-armador do quinteto que conquistou o tricampeonato entre 2000 e 2002, o americano formou uma das duplas mais fortes da história da NBA ao lado de O’Neal, que só não culminou em um quarto título, na temporada 2002-2003, quando Bryant tinha 25, porque a máquina de LA foi parada pelo San Antonio Spurs de Tim Duncan e David Robinson na final. Ainda assim, aquela é tida por muitos como a melhor campanha individual da carreira de Kobe, que anotou média de mais de 30 pontos por jogo e ajudou a equipe a obter mais de 50 vitórias na temporada regular.
Bryant
WAYNE GRETSKY – hóquei no gelo
Apelidado de “O Grande” (não é preciso explicar por que), Wayne Douglas Gretsky trucidou nada menos do que 49 recordes da liga norte-americana de hóquei no gelo (NHL) até seus 26 anos, completados em 1987. Isso, por si só, já era um recorde. Sempre competindo pelo Edmonton Oilers até essa época, o canadense ajudou a franquia a conquistar quatro títulos do campeonato e, ao longo dos anos, atingiu estatísticas inimagináveis como: atleta mais jovem a marcar 50 gols numa só temporada (51, em 1980); recordista e único jogador a anotar mais de 200 pontos numa mesma temporada (212, em 82); e recordista em assistências numa mesma temporada (163, em 86).
Gretsky
SIDNEY CROSBY – hóquei no gelo
Mais um da relação a ainda estar em atividade e ter completado 26 anos recentemente, em 2012, Sidney Patrick Crosby é outro canadense a infernizar a vida dos estadunidenses na NHL. Capitão dos Pittsburgh Penguins e apelidado de “O Próximo”, em menção a Gretsky, Crosby atingiu 120 pontos em uma só temporada logo em seu segundo ano como profissional, em 2007, feito que o levou a ser o mais jovem da história a ser contemplado com o troféu de melhor jogador da estação. Em 2009, ajudou os Penguins a serem campeões da liga, e, há três anos, ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 50 gols em uma temporada, com 51. Também em 2010, Sidney marcou o gol da vitória do Canadá contra os Estados Unidos, na prorrogação, para consumar a medalha de ouro para seu país, em casa, nas Olimpíadas de Inverno de Vancouver. Pouco depois, contudo, teve sua carreira interrompida por uma concussão, diagnosticada em 2011, que o deixou afastado das competições até março do ano passado.
Crosby
SAWAO KATO – ginástica
Principal expoente da brilhante geração japonesa que dominou a ginástica artística masculina entre os anos 60 e 70, Sawao Kato fez parte de três grupos do país a terem conquistado a medalha de ouro por equipes em Olimpíadas. Duas delas vieram em 1968, na Cidade do México, e 72, em Munique, quando Kato estava para completar 26 anos. Além dessas veneras coletivas, o nipônico também foi campeão olímpico do individual geral masculino nas mesmas duas edições dos Jogos, e subiu outras duas vezes no degrau mais alto do pódio por desempenhos em exercícios específicos: solo (1968) e barras paralelas (1972). A vastidão de láureas de Kato é completada por um bronze nas argolas, no México, e duas pratas no cavalo com alças e barra fixa, na Alemanha.
Kato
NADIA COMANECI – ginástica
Talvez a ginasta mais conhecida de toda a história, Nadia Comaneci fez fama por ter sido a primeira atleta da modalidade a receber uma nota dez nas Olimpíadas, por sua histórica apresentação nas barras assimétricas na edição de Montréal, em 1976. Mas a carreira da romena teve vários outros sucessos além deste. Só nos Jogos da cidade canadense, Comaneci obteve três ouros (barras, individual geral e trave olímpica), além de uma prata (por equipes) e um bronze (solo). Tudo isso aos 15 anos. Em Munique, já com 19, ela angariou outras duas medalhas douradas (trave olímpica e solo) e duas pratas (individual geral e por equipes). Também agregou dois ouros e duas pratas em Mundiais de Ginástica Artística, 12 veneras em Campeonatos Europeus (sendo nove ouros) e outras cinco nos Jogos Mundiais Universitários (todas âmbares). Após os últimos momentos de glória, com 20 aninhos, em 81, Nadia encerrou a carreira imersa em um escândalo de deserção de membros de sua equipe de treinadores nos Estados Unidos, passando a ser intensamente vigiada pelo governo comunista romeno até a revolução que encerrou o regime no país, em 89.
COmaneci
MUHAMMAD ALI – pugilismo
Polêmico, irreverente, sem “papas na língua” e, claro, extremamente talentoso – a ponto de se autointitular “atleta do século”, Cassius Marcellus Clay Jr., que posteriormente se converteu ao islamismo e virou Muhammad Ali, foi um verdadeiro fenômeno do pugilismo mundial, tendo merecido o cinturão dos pesos pesados pela primeira vez em 1964, com apenas 22 anos. Um quadriênio mais tarde, Ali perdera o título não no ringue, mas sim pela recusa em lutar na Guerra do Vietnã, decisão que o deixou impedido de atuar como boxeador até 1971. “Não tenho nada contra os vietcongues”, explicava o americano, numa grande lição contra o belicismo agressivo da Guerra Fria, que obviamente foi tomada como insulto imperdoável pelos ufanistas mais fanáticos de seu país.
Muhammad Ali
Colaboraram Lucas Berredo, Lucas Santochi, Nathalia de Vivo e Ubiratan Leal.

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