28 de out. de 2013

F-1:Vettel rejeita comparação aos grandes da F1: “É difícil de entender”

Alemão afirma que só vai entender significado do tetracampeonato quando completar 60 anos: “Mas aí ninguém se importa mais”, brincou

Sebastian Vettel, da Red Bull, em Buddh (Foto: Paul Gilham/Getty Images)Sebastian Vettel, da Red Bull, em Buddh (Foto: Paul Gilham/Getty Images)

Após conquistar seu quarto título consecutivo na F1, Sebastian Vettel disse que ainda é difícil compreender as comparações feitas por jornalistas entre ele e nomes históricos da categoria como Michael Schumacher e Ayrton Senna. No último domingo, o volante da Red Bull se tornou o mais jovem tetracampeão do esporte, igualando as conquistas de Juan Manuel Fangio, Alain Prost e Schumacher.

“É difícil de entender. Me juntar a pessoas como Michael, Fangio e Prost, é difícil colocar isso como perspectiva”, disse o alemão, ainda no paddock em Buddh. “Sou muito jovem para entender o que isso significa. Quando completar 60 anos, talvez entenda, mas aí ninguém se importa mais. Eu me importo, mas é difícil perceber algo que ninguém pode tirar de você.”

Deslumbrado com a conquista, Vettel relembrou a época em que assistia à F1 e Fernando Alonso era o piloto mais promissor do grid. O germânico se diz fascinado pelo fato de o espanhol agora ser seu principal oponente na categoria, algo que não imaginava anos atrás.
“Ele é extremamente talentoso no volante. É espanhol e muito apaixonado de um lado e do outro”, declarou o piloto da Red Bull. “[É incrível] Correr contra pessoas como ele, Lewis [Hamilton], que tem um nível incrível de talento natural, Mark [Webber], que classificaria da mesma forma, Nico [Rosberg], um cara que é subestimado. Um monte de caras, sabe: Kimi [Raikkonen], Jenson [Button]”, completou.
Também na Índia, Vettel se tornou o terceiro na história da F1 a obter quatro títulos em sequência. O alemão da Red Bull falou sobre Fangio e Schumacher, os pilotos que obtiveram a proeza antes dele. O argentino foi tetracampeão consecutivo em 1957, pela Maserati, e o alemão em 2004, pela Ferrari.
“Fangio obteve cinco e todo mundo o via como o melhor piloto do mundo. Michael veio anos mais tarde numa era diferente do esporte. Não me interpretem mal, mas estou só falando como fã do esporte. Sim, ele tinha um carro muito dominante, mas ele criou isso na Ferrari. Trabalhou duro, sem dúvida, mais do que todos os outros”, explicou o piloto de 26 anos.
“Ele [Schumacher] teve desafios difíceis indo e voltando: pessoas como [Juan Pablo] Montoya, David [Coulthard], Kimi [Raikkonen], Fernando [Alonso]. É incrível o que ele fez. Infelizmente Fangio faleceu, mas quando você conversa com verdadeiras lendas do esporte, como, na minha opinião, Stirling Moss, eles têm a coragem de dizer ‘Porra, esse cara [Fangio] era melhor do que eu, mereceu ganhar’ e Stirling Moss não é qualquer um”, completou.

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