Na década de 60 o Brasil viu o nascimento da Puma, a sua mais bem sucedida fabricante de foras-de-série. Quase trinta anos e muita história depois, os últimos esportivos de fibra de vidro saíam da fábrica da Alfa Metais Veículos. Um deles foi este Puma AM3, um exemplar raríssimo, que está à venda!
A receita que tornou o Puma um sucesso é bastante conhecida dos entusiastas em todo o País: chassi e motor refrigerado a ar Volkswagen — primeiro do Fusca, depois da Brasília — posição de dirigir bem baixa e visual atraente e cheio de personalidade.
Existiram outros Puma — os primeiros, com mecânica DKW, e os GTB, com motor de Opala, mas os mais comuns são os modelos baseados nos VW, que perduraram de 1967 até meados da década de 80, quando, devido a dívidas com fornecedores e problemas na infraestrutura da fábrica, a Puma entrou em declínio.
Pouco tempo depois, uma empresa paranaense chamada Araucária Veículos comprou os direitos e assumiu a produção do Puma. A nova casa durou pouco, e outra empresa do estado do Paraná, a Alfa Metais Veículos, passou a fabricar os carros da Puma — tanto o GTB, que recebia uma reestilização controversa, quanto os modelos de mecânica VW.
Estes passavam a se chamar AM3 e AM4, e além de mudanças sutis no visual — mais notadamente as lanternas de Monza na traseira —, recebiam o motor VW AP 1.8, refrigerado a água.
O carro das fotos é um Puma AM3 fabricado em 1993, e certamente é um dos últimos a saírem da linha de produção da Alfa Metais. Trata-se de um exemplar azul — que o anunciante diz ser o único nesta cor — e, aparentemente, está impecável. O vendedor ainda diz que o carro teve apenas um dono, que o hodômetro marca apenas 45 mil km!
O Puma AM3 vinha bem equipado para um esportivo da época, com ar-condicionado, bancos de couro, rádio com toca-fitas, retrovisores e vidros elétricos e rodas de liga leve. O interior exibe uma cor azul que alguns podem achar datada, e outros certamente vão considerar charmosa.
Quanto à dinâmica, dizem que o motor mais pesado e o radiador na traseira tornam o Puma ainda mais arisco, o que pode ser um pouco mais perigoso, mas certamente contribui para a diversão dos mais experientes. A potência maior em relação ao boxer a ar também não deve fazer mal.
Quanto pedem por ele? Se tratando de um carro raro — estima-se que existam apenas 40 deles —, os R$ 45 mil do anúncio parecem razoáveis, ainda mais levando em conta o ótimo estado de conservação. E a manutenção também não deve trazer segredos. Para nós, é uma boa compra.
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