16 de set. de 2013

Teste: Volkswagen Fox Rock in Rio - Balada da guerrilha

Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias
Teste: Volkswagen Fox Rock in Rio - Balada da guerrilha
Volkswagen aposta na imagem jovem e no custo/benefício para emplacar o Fox Rock in Rio

O marketing de uma empresa tem de fazer valer seus investimentos. No caso da Volkswagen, o esforço de recuperação da verba injetada no Rock in Rio será através do Fox.  O hatch altinho, aliás, tem recebido vários investimentos da marca este ano – como uma atualização eletrônica e, logo depois, uma nova versão Bluemotion, com um motor 1.0 de três cilindros.
A série especial em alusão ao festival de música carioca, neste mês de setembro, desta vez será exclusivamente do modelo – em 2011, o Gol também ganhou uma versão “roqueira”. Outro detalhe: esta série especial só teve limite de data – a do festival –, e não de unidades. O negócio foi vender tudo o que pudesse. Mas não surtiu muito efeito. A marca este ano tem claudicado entre a vice-liderança e o terceiro lugar no Brasil.

Com um pacote de equipamentos mais “cheinho”, a versão tenta emprestar uma imagem mais jovial do Fox. O conjunto mecânico é mais forte da linha – motor 1.6 litro de 104 cv e 15,6 kgfm de torque com etanol e o câmbio é sempre o manual de cinco marchas, sem opção de automatizado. O trem de força é suficiente para levar o carro de zero a 100 km/h em razoáveis 10,5 segundos e à máxima de 184 km/h. Para a série especial, nem mesmo rodas e pneus foram mudados. Continuam os de medida 195/55 em rodas de liga leve aro 15 – as mesmas da versão topo Highline.



Por fora, poucos detalhes caracterizam o Rock in Rio. O carro ganhou apliques cinza na parte baixa das portas e alguns emblemas do festival espalhados pela carroceria. Eles estão nos para-lamas, tampa traseira e soleira das portas. Além disso, as capas dos retrovisores também foram pintadas em cinza. No interior, mais discrição ainda na hora de diferenciar o modelo. Além dos aros em torno das saídas de ar em vermelho, as costuras do couro em volante e alavanca de câmbio também são na cor mais chamativa. Os bancos têm revestimento exclusivo, que mistura tecido e vinil numa combinação até interessante.

A Volkswagen posicionou a versão especial logo abaixo da topo Highline, com diversos equipamentos interessantes. O Fox Rock in Rio vem com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, rádio/CD com Bluetooth, comandos no volante, computador de bordo, sensores de estacionamento, freios ABS e airbags frontais de série. A lista de opcionais é bastante curta: sensores crepuscular e de chuva, faróis de neblina e banco traseiro bipartido e deslizante. O Rock in Rio, sem extras, custa R$ 44.340 e sai mais em conta que o iTrend ou que o Highline com os mesmo equipamentos– custam, respectivamente de R$ 45.388 e R$ 47.625. Ele não é exatamente barato, mas dentro da linha, a variante “roqueira” se torna uma opção razoável.



Primeiras impressões

No mesmo tom

Ao visual “comum” do Fox, a versão Rock in Rio adiciona uma pitada de jovialidade. Faixas laterais e retrovisores na cor grafite dão um toque mais “ousado” ao visual conservador do hatch altinho. Mesmo não sendo nenhum vencedor de prêmios de design, o Fox tem porporções bem definidas e, desde a única reestilização – que mexeu frente, traseira e interior –, ganhou uma finalização mais agradável.

Por dentro, o modelo também traz as novidades incorporadas à linha 2014, com um painel central ligeiramente redesenhado e novos dispositivos eletrônicos. Bem equipado de série, a versão Rock in Rio tem praticamente todo o arsenal necessário para um dia-a-dia confortável. O principal sistema, o de som – mote da série –, opcional em todo o restante da gama, é um dos destaques, já que incorpora comandos de som no volante, computador de bordo e até sensores de estacionamento, que passou a ter um mostrador gráfico de aproximação do obstáculo através da telinha do rádio. O problema é que o Rock in Rio sofre do mesmo mal que acomete diversas versões especiais de carros brasileiros: o interior não ganha uma personalidade de acordo. Apenas alguns apliques vermelhos ao redor das saídas de ar e da alavanca de câmbio e pequenas etiquetas nas costuras dos bancos dão uma pista de que se trata de uma versão especial.

Ao volante, o carro mantém as boas características dinâmicas. O valente motor 1.6 não se esforça muito para mover os 1.059 kg do hatch e ainda brinda os ocupantes com suavidade de funcionamento e relativo silêncio a bordo. O torque de 15,6 kgfm a apenas 2.500 rotações torna a condução na cidade bastante agradável, com saídas de sinal espertas e agilidade que até surpreende. O câmbio manual é muito bem escalonado e aproveita a força do motor. A suspensão tem acerto correto e não é dura nem macia demais – e até mascara a altura maior da carroceria em curvas mais fechadas. No entanto, mesmo com boas prestações, o Fox ainda prima pela eficiência, mas não pela emoção. Assim como o festival, é muito pouco “rock’n roll”.



Ficha técnica

Volkswagen Fox Rock in Rio 1.6


Motor: Bicombustível, 1.598 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha e duas válvulas por cilindro. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Potência: 101 cv e 104 cv a 5.250 rpm com gasolina e etanol.
Torque: 15,4 kgfm e 15,6 kgfm a 2.500 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 76,5 X 86,9 mm. Taxa de compressão: 12,1:1.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,8 e 10,5 s com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 183 e 184 km/h com gasolina e etanol.
Peso: 1.059 kg.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora. Traseira interdependente com braço longitudinal.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,82 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,54 m de altura e 2,47 m de distância entre-eixos.
Pneus: 195/55 R15.
Porta-malas: 260 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: São José dos Pinhais, Paraná.
Lançamento no Brasil: 2003. Face-lift: 2011
Itens de série: Ar, trio elétrico, rádio/CD com Bluetooth, banco do motorista com ajuste de altura, computador de bordo, direção hidráulica, freios ABS, airbag frontais, rodas de liga leve, alarme. Preço: R$ 44.430.
Opcionais: Faróis e lanterna de neblina, sensores de luz e de chuva, retrovisor interno fotocrômico e banco traseiro bipartido e deslizante.
Preço completo: R$ 46.694.












Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

Nenhum comentário: