25 de set. de 2013

Táticas de sedução – Suzuki Adventure busca aproximar marca e proprietários

Fotos: Igor Macário/Carta Z Notícias
 Táticas de sedução – Suzuki Adventure busca aproximar marca e proprietários
Grupo que controla a marca no Brasil promove evento de off-road leve que mistura aventura e marketing

Manter na mídia uma marca com volumes relativamente pequenos de venda no Brasil é um desafio para qualquer equipe de marketing. É com esse intuito que a Suzuki promove o Suzuki Adventure, um passeio off-road de regularidade realizado desde 2011 pelo Grupo Souza Ramos, responsável pela operação da marca japonesa no Brasil.
Não por coincidência, a mesma empresa que também comanda a Mitsubishi, que realiza o conhecido Mitsubishi MotorSport há 19 anos. Em 2013, o evento da Suzuki conta com seis etapas. Começou em março, na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, passou por Visconde de Mauá, no Sul Fluminense, foi a Belo Horizonte, Curitiba e chegou à quinta etapa em Itaipava, na Região Serrana do Rio de Janeiro, no último dia 21 de setembro. A próxima, e última, será em São Paulo, ainda sem local definido, em meados de outubro.

Além da propaganda em torno da marca, o rally procura fazer com que os donos conheçam e coloquem à prova as capacidades de seus carros, que normalmente são usados apenas em centros urbanos. A ideia é explorar ao máximo os jipinhos da Suzuki, que muitas vezes são subutilizados como carros familiares e para curtos deslocamentos. O evento também promove uma confraternização entre entusiastas da marca, com troca de experiências e informações sobre os modelos. E permite uma maior proximidade entre compradores e concessionários, que também marcam presença no evento.



Foram cerca de 500 participantes – entre pilotos, navegadores e acompanhantes – divididos em três categorias, Fun, Pro e Extreme. A Fun, como o nome sugere, é um grande passeio, com obstáculos razoavelmente fáceis – mas que já exigem o uso da tração 4X4, por exemplo. A Pro demanda um pouco mais de experiência de piloto e navegador, ao percorrer uma rota mais difícil e tempos mais apertados. Mas é na Extreme que o Suzuki Adventure deixa de ser de regularidade e ganha cara de rally mesmo, com a presença de jipes modificados e contagem de pontos por obstáculo vencido. Para participar, basta ter um jipinho da marca com tração reduzida, o que tira da lista o hatch SX4 – e fazer a inscrição, paga com a doação de cobertores de inverno, que são doados a instituições de caridade da região de cada etapa. O regulamento ainda exclui a participação do Chevrolet Tracker, que nada mais é que a geração antiga do Suzuki Grand Vitara com emblemas da marca da gravata.

No grid de largada – realizada no Parque Municipal de Itaipava –, diversos Grand Vitara e Jimny. O primeiro é um utilitário médio, com 4,50 m de comprimento e 1,81 m de largura, motor 2.0 litro de 140 cv e  18,7 kgfm de torque. Importado do Japão, a variante mais barata com tração 4X4 custa a partir R$ 84.490 com câmbio manual. Já o Jimny, que ganhou cidadania brasileira no início desse ano – com a produção em Catalão, Goiás – tem apenas 3,65 metros de comprimento e 1,60 de largura e usa um pequeno motor 1.3 litro de 85 cv e 11,2 kgfm de torque a 4.100 rotações. Com foco na simplicidade – tanta que sequer traz itens de segurança como airbags frontais e ABS –, aposta em praticidade para as grandes cidades e capacidade off-road. Afinal, apesar do tamanho, ele possui tração 4X4 com reduzida e muita robustez no conjunto.



Primeiras impressões
Caixinha de surpresas

Itaipava/RJ –
Para cobrir os 160 km de trilhas e estradas de terra entre as cidades de Itaipava e Santana do Deserto, Minas Gerais, a Suzuki cedeu um Jimny 4Sun, a variante com teto solar elétrico de lona. O Jimny é um daqueles carros que conquistam pela simpatia. As linhas quadradas e o tamanho diminuto conferem personalidade ao pequeno utilitário e ele deixa clara a vocação para caminhos difíceis com os pneus de uso misto e bom vão livre do solo. O estepe pendurado na tampa do porta-malas – de abertura lateral – é outro indicativo.

O interior também exala simplicidade. Nada está ali por acaso e os comandos são tão simples de usar quanto uma caneta esferográfica. O único “mimo” da unidade testada era uma central eletrônica com tela sensível ao toque e conexões bluetooth e USB. O engate da tração 4X4 e reduzida é feito por botões no painel e é praticamente à prova de erros. O espaço interno é bem aproveitado – e o teto solar panorâmico da versão 4Sun amplia ainda mais a sensação de amplidão –, ainda que o vão para as pernas dos passageiros de trás seja bem pequeno. A espuma dos bancos tem densidade correta e a posição de dirigir é confortável, ainda que nem bancos nem volante tenham regulagens de altura.



Nos 160 km divididos entre trilhas, estradas de terra e rodovias na região serrana do Rio de Janeiro – onde foi realizada a 5ª etapa do Suzuki Adventure –, o pequeno jipe mostrou notável valentia. O câmbio é bem escalonado e aproveita bem os 85 cv e apenas 11,2 kgfm de torque produzidos pelo 1.3 litro. Mesmo com números modestos, o Jimny não vacila e segue incólume a valetas, “costelas de vaca”, subidas íngremes e muita poeira. A suspensão faz os passageiros sacolejarem um bocado em terrenos mais acidentados, mas sem qualquer sinal de fragilidade.

Em asfalto, no entanto, o jipinho se mostra claramente fora de seu habitat natural. Se na cidade as dimensões enxutas e o câmbio curto dão agilidade ao modelo, em estrada aberta ele sente falta de mais força do motor e sofre com ventos laterais, principalmente ao ultrapassar caminhões e ônibus em velocidades acima dos 100 km/h. Em curvas feitas em alta velocidade, o Jimny balança um pouco e perde a compostura. Melhor respeitar seus limites e deixá-lo onde ele fica mais à vontade e gera sorrisos nos ocupantes: a terra.



Ficha Técnica
Suzuki Jimny 4Sun
Motor:
A gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.328 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e sistema de abertura variável de válvulas. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração traseira ou integral com reduzida com acionamento por botão. Não oferece controle de tração.
Potência máxima: 85 cv a 6 mil rpm.
Torque máximo:  11,2 kgfm a 4.100 rpm.
Diâmetro e curso: 78,0 mm X 69,6 mm. Taxa de compressão: 9,5:1.
Suspensão: Dianteira e traseira com eixo rígido e molas helicoidais. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/70 R15
Freios: Discos sólidos na frente e a tambor atrás. Não oferece ABS.
Carroceria: Utilitário esportivo montado em longarinas, com duas portas e quatro lugares. Com 3,65 metros de comprimento, 1,60 m de largura, 1,70 m de altura e 2,25 m de entre-eixos. Não oferece airbags.
Peso: 1.090 kg.
Altura mínima do solo: 20,0 cm.
Ângulo de ataque: 37º.
Ângulo de saída: 46º.
Capacidade do porta-malas: 113 litros.
Tanque de combustível: 40 litros.
Produção: Catalão, Goiás.
Itens de série: Para-choques e molduras pintados de grafite, ar-condicionado, desembaçador do vidro traseiro, vidros elétricos, limpador e levador do vidro traseiro, rack de teto, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com dois alto-falantes e rodas de liga leve de 15 polegadas, teto panorâmico em lona, espelhos retrovisores pintados na cor preta e detalhes estéticos exteriores.
Preço: R$ 59.990.



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