27 de mai. de 2013

Indy:Vasser: "Não pude vencer as 500 Milhas, então contratei Tony para isso"

Dono da KV nunca havia vencido a prova, nem como piloto e nem como chefe de equipe: "Sabíamos que tínhamos o cara certo, um carro bom e uma grande chance hoje"

Chefe da KV, Jimmy Vasser cumprimenta Tony Kanaan pela vitória nas 500 Milhas (AP Photo/Darron Cummings)Chefe da KV, Jimmy Vasser cumprimenta Tony Kanaan pela vitória nas 500 Milhas (AP Photo/Darron Cummings)

A brilhante vitória de Tony Kanaan nas 500 Milhas de Indianápolis, que pôs fim neste domingo a uma espera de 12 anos do brasileiro pela conquista mais importante da Indy, representou também o primeiro triunfo de Jimmy Vasser no principal templo do automobilismo americano.
Campeão da CART em 1996, o ex-piloto local disputou oito vezes a corrida de dentro do carro, sem nunca ter ido além de dois quartos lugares.
Depois, esteve presente em mais cinco oportunidades como chefe da KV, novamente passando em branco. A história, entretanto, teve um curso diferente com o primeiro lugar do baiano, que, na visão do dirigente, era a única pessoa capaz de proporcionar a ele esse gostinho.
“Eu nunca venci [as 500 Milhas] como piloto. Na verdade, eu não poderia ter vencido como piloto, então eu tive que contratar o cara certo para fazer isso, colocar um Baby Borg (réplica em miniatura do troféu de Indianápolis) na minha estante”, declarou Vasser, em entrevista coletiva junto com seu pupilo após a prova.
“Tony é um profissional perfeito. No fim do ano passado, nós nos propusemos, como equipe, a focar nas 500 Milhas em vez da temporada inteira. Como costumamos dizer na velha guarda, nós adquirimos aquele chassi chamado “especial”, deixamos de lado e trabalhamos nele. Todo o crédito vai para os caras. Foi um trabalho muito duro ao longo da pré-temporada, encaixando as coisas. Do ponto de vista comercial, não é uma coisa fácil”, relatou.

Segundo Vasser, o acerto correto para este domingo só foi encontrado cerca de duas horas antes da largada, após 45 minutos de reunião entre piloto e os engenheiros. O resultado foi a transformação de um carro difícil de pilotar em todos os treinos numa máquina suave e de fácil manejo.
“Tony estava certo. As estrelas começaram a se alinhar para nós. Nós não tínhamos encaixado o acerto para a prova até cerca de duas horas antes do início. A maioria de vocês conhece Tony, mas faltando duas horas para começar… Ele estava com o pior carro que já pilotou, já pronto para pendurar as chuteiras. Em cerca de 45 minutos, nós ajustamos alguma coisa e então o carro passou a ser o melhor que ele já pilotou aqui”, contou.
“Sabíamos, naquele ponto, que tínhamos o cara certo e um carro bom o suficiente, e que teríamos uma grande chance hoje”, acrescentou.
Questionado sobre o motivo de tamanha popularidade de seu piloto, já que Kanaan foi ovacionado pelo público (mesmo quando disputava a liderança com um americano, Ryan Hunter-Reay) e cumprimentado por praticamente todos os pilotos do grid, Vasser respondeu que isso tem a ver com a postura do brasileiro.
“Ele tem sido um líder entre os pilotos desde mais novo, nos tempos de Dario [Franchitti] e Greg [Moore]. É uma camaradagem muito grande. Ele sempre está apto a ajudar os competidores mais novos com diferentes informações. É um grande líder entre os pilotos e é por isso que sua vitória foi tão popular. Não foram só os pilotos: eu estava lá dando a volta [da vitória] com o carro de segurança. Praticamente todos ainda estavam entoando nas arquibancadas: ‘TK, TK’”, encerrou.

Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado!
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br

Nenhum comentário: