Atraente por dentro e por fora, sedã Mazda 6 tem economia de combustível como arma para atingir rivais
por Michael Figueredo
Auto Press
A Mazda atravessou um período um tanto quanto obscuro no cenário global. Com carros sem apelo, perdeu espaço e viu as rivais Toyota, Honda e Nissan se distanciarem na frente desde o final da década de 1990. No entanto, a partir do ano passado, a marca resolveu esboçar uma reação.
Primeiro, investiu no crescente mercado de SUVs com o CX-5, que começou a
ser vendido em fevereiro e liderou a categoria por oito meses no Japão.
Depois, apostou no o sedã Mazda 6. O carro foi apresentado em agosto de
2012, no pouco glamoroso Salão de Moscou. Porém, as ambições da
fabricante japonesa com o modelo eram muito maiores que o prestígio do
evento escolhido para a estreia. Assim como ocorreu com o utilitário, o
três volumes teve ênfase em dois dos mais valorizados pontos da
indústria automotiva – tecnologia e design. A estratégia devolveu a
competitividade à empresa, tendo como ponto alto a indicação do Mazda 6
em duas categorias – geral e design – do prêmio “Carro Mundial do Ano”
de 2013. Além disso, a marca começou a construir uma fábrica no México e
passou a mirar os países emergentes. O que pode significar um retorno
das operações no Brasil, suspensas desde o ano 2000.por Michael Figueredo
Auto Press
A Mazda atravessou um período um tanto quanto obscuro no cenário global. Com carros sem apelo, perdeu espaço e viu as rivais Toyota, Honda e Nissan se distanciarem na frente desde o final da década de 1990. No entanto, a partir do ano passado, a marca resolveu esboçar uma reação.
A Mazda é mais uma fabricante a apostar no marketing “verde”. Para obter um menor consumo de combustível, a marca se baseia no conjunto de sistemas denominado SkyActiv, que inclui plataformas, transmissões e motores movidos a gasolina ou diesel. Promete a excelente média de 29 km/l – e ainda garante que o desempenho não foi sacrificado para beneficiar a economia. A família SkyActiv-G, de propulsores a gasolina, tem opções 2.0 litros e 2.5 litros, que entregam 121 cv e 192 cv de potência, respectivamente. Já a gama diesel é composta por duas ofertas 2.2 litros, configuradas para gerar 150 cv e 175 cv. Todas as motorizações têm a opção de transmissão automática ou manual, sempre de seis velocidades. O baixo consumo é auxiliado também pelo sistema i-Eloop. O Mazda 6 é o primeiro veículo de passageiros a utilizar o mecanismo, conhecido dos carros de Fórmula 1. O equipamento converte a energia cinética recuperada durante a desaceleração do carro e a transforma em eletricidade. A energia é armazenada em um condensador e, em seguida, utilizada para abastecer o sistema elétrico do carro. Com isso, o motor não precisa cumprir essa tarefa, diminuindo a demanda de combustível por parte do propulsor.
Esteticamente, o Mazda 6 segue a recente filosofia de estilo “Kodo”, ou “alma em movimento”, com traços mais agressivos e robustos. O principal destaque está na vista frontal, com a grande grade de proteção combinada às bordas superiores dos faróis que descrevem uma suave curva em direção à lateral do modelo. As linhas externas combinam com o interior, inspirado no do crossover CX-5, porém, mais refinado. No console central está o sistema de navegação e entretenimento, com tela colorida sensível ao toque de 5,8 polegadas, com rádio, conectividade Bluetooth, iPod e entradas USB e auxiliar. A tecnologia embarcada inclui ainda itens de segurança, como controles de estabilidade e tração e airbags frontais, laterais e de cortina. A plataforma SkyActiv também apresenta estrutura voltada para a segurança, com superfícies rígidas para a absorção de impacto e montagem projetada para dispersar a carga de possíveis colisões para fora da cabine.
A história do Mazda 6 é de altos e baixos. A primeira geração, lançada em 2002, atingiu o primeiro milhão de unidades vendidas mais rapidamente que qualquer outro modelo da marca e ganhou diversos prêmios em 2003. Já a segunda fase, revelada em 2008, não teve tanto sucesso comercial e teve os investimentos reduzidos por parte da Mazda, além do ataque de alguns rivais, como o Honda Accord, o Ford Fusion e o Chevrolet Malibu. Quando os concorrentes começaram a ser redesenhados, a fabricante japonesa também decidiu renovar o modelo. No mercado europeu, conta com o preço – parte de 27.900 euros, o equivalente a R$ 75.579, e vai até 35.350 euros, cerca de R$ 95.349 – para desbancar os adversários.
Primeiras impressões
Conta fechada
por Carlo Valente
nfoMotori/Itália
exclusivo para Auto Press
Lisboa/Portugal – A Mazda escolheu bem a estratégia para o novo sedã. Aproveitando o momento em que, principalmente na Europa, a palavra de ordem é a economia, a marca pega carona. Mas, logicamente, não poderia deixar de cuidar do visual. O Mazda 6 tem caráter próprio, e isso já é perceptível ao primeiro olhar para o carro. Os designers foram bem-sucedidos e a aparência da tal “alma em movimento” agrada. As soluções estéticas usadas dão um ar de sofisticação que lembra os carros das principais marcas premium europeias, mesmo que a briga do modelo seja um andar abaixo. O estilo japonês ajuda a elevar a sensação de exclusividade do interior.
Algo que se percebe logo ao entrar no Mazda 6 é o conforto. Os bancos fazem excelente recepção e, na parte de trás, dois adultos viajam com grande conforto. Um casal com três filhos terá vida fácil no sedã. Na maior parte do tempo, o carro é silencioso. Em rotações mais altas, a cabine é invadida pelo ruído do motor, mas não a ponto de causar desconforto. O sistema de navegação e entretenimento apresenta um monitor um tanto diminuto. Face às habituais sete polegadas da maioria dos carros, as 5,8 polegadas do monitor do Mazda 6 causam certa estranheza. Mas o funcionamento simples e a boa visibilidade da tela compensam.
A bordo do Mazda 6, equipado com o motor 2.2 turbodiesel e transmissão automática de seis velocidades, é impossível esquecer a extrema atenção dada pela marca ao consumo. E, se na teoria, os números chamam a atenção, na prática não é diferente. O sedã registrou 22,2 km/l de média em uma condução pacata dentro da cidade. Mas a bela paisagem, próxima a uma reserva natural na capital portuguesa, convidava para uma tocada mais ousada. Ainda assim, o consumo apontado pelo computador de bordo ficou na casa dos 16,9 km/l. Nada mal para um sedã de quase uma tonelada e meia com 175 cv de potência.
Ficha técnica
Mazda 6 SkyActiv 2.2
Motor: Diesel,
dianteiro, transversal, 2.191 cm³, turbo, com quatro cilindros em linha,
quatro válvulas por cilindro e duplo comando do cabeçote. Injeção
direta e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 175 cv a 4.500 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 7,8 segundos.
Velocidade máxima: 223 km/h.
Torque máximo: 42,8 kgfm a 2 mil rpm.
Diâmetro e curso: 86,0 x 94,3 mm. Taxa de compressão: 14,0:1.
Suspensão: Dianteira
braço inferior transversal, molas helicoidais, e barra estabilizadora.
Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais e barra
estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 225/45 R19.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Sedã em
monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,86 m de comprimento,
1,84 m de largura, 1,45 m de altura e 2,83 m de distância entre-eixos.
Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1480 kg.
Capacidade do porta-malas: 489 litros.
Tanque de combustível: 62 litros.
Produção: Hiroshima, Japão.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série:
Ar-condicionado automático, banco do motorista com regulagem de altura,
computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, faróis de neblina,
luzes diurnas em led, volante com regulagem de altura e profundidade,
ESP, ABS, EBD, airbags frontais, laterais e de cortina, EBA,
rádio/MP3/USB/iPod/AUX/Bluetooth, câmera de ré, controle de cruzeiro
adaptativo, sensores de estacionamento traseiros.
Preço: 35.350 euros, o equivalente a R$ 95.349.
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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