21 de fev. de 2013

Quais são as piores reduções de custo da indústria automotiva?

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Já se perguntou por que seu carro parece tão barato? É por causa dos cortes de custos. Estes aqui são os dez mais sem-vergonha de todos.
Mas a gente gosta de carros baratos. Carros caros costumam ser complicados e pesados demais e cheios de recursos desnecessários para uma experiência bacana ao volante. Carros baratos costumam ser leves e divertidos de dirigir, especialmente porque não custam muito para consertar caso você bata em uma árvore.

O que a gente não gosta é de quando os fabricantes se esforçam para deixar os carros piores em nome da economia de alguns centavos por unidade. Às vezes parece que fazem o impossível para te empurrar uma versão um pouco mais cara — por exemplo, fazendo todos os equipamentos serem opcionais. Em outras, dá para notar claramente quando um componente importante é fabricado pela empresa mais barata.
Existem vários exemplos destes cortes de custos, grandes e pequenos. Só temos espaço para dez itens na nossa lista, mas vocês podem (e devem) dar mais sugestões!

Estepe temporário

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É claro que às vezes você só precisa de um pneu temporário para chegar até a borracharia, mas sentimos falta de poder contar com um estepe normal em uma emergência. Mas vamos ser sinceros: as rodas de hoje em dia são tão grandes e pesadas que acabam usando muito espaço e os fabricantes preferem evitá-las.

Os faróis de Boxster do Porsche 911 996

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Em 1993 a Porsche declarou prejuízo de US$ 162 milhões (mais de R$ 320 milhões), e produziu menos de 14 mil carros. Então um novo CEO assumiu o comando e cortou custos na produção e qualidade de todos os carros. A medida mais visível foi no novo 911, que tinha a dianteira idêntica à do Boxster, o Porsche de entrada. Por que? Para usar os mesmos faróis nos dois carros.

As mangueiras plásticas de combustível do Porsche 914

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Para uma marca que carrega sua reputação de alemã resistente, a Porsche até que empregou algumas medidas controversas para tornar seus carros mais baratos ao longo da história. O plástico rachava e quebrava com o tempo, e a gasolina vazava direto no motor. E isso era ruim.

Madeira falsa

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Não importa o quanto um carro “quase de luxo” tente: madeira falsa não é nada além de plástico pintado. O mesmo vale para a fibra de carbono falsa.

Quem precisa de espelhos?

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É só olhar para trás, cara! Vários carros aqui no Brasil adotaram a medida até que a lei os obrigasse, como os primeiros VW Gol e Fiat Uno S.

Coletores de admissão de plástico

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A gente odeia quando os fabricantes colocam coberturas de plástico em cima dos motores, mas devemos admitir que alguns componentes plásticos são mais leves e fáceis de moldar que os de metal. Mas não era o caso os coletores de admissão feitos de plástico que a Ford empregou nos motores V8 4.6. Estas coisas explodiam tanto que os clientes levaram a Ford a julgamento e conseguiram um recall.

Câmbio chinês no Mustang

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Outra falha notável da Ford aconteceu no Mustang 2011, que recebeu câmbios manuais baratos e defeituosos fabricados na china. Os engates falhavam com frequencia, o que levou a uma investigação (sem sucesso) pela NHTSA — o órgão de segurança de trânsito americano.

Botões em branco

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Este é uma marca registrada de um carro que passou por cortes de custos: a versão básica com botões em branco. Eles só servem para te lembrar, cada vez que você olha para eles, que você não trabalhou duro o bastante para poder comprar o modelo topo de linha. O pior de tudo é quando até o painel de instrumentos têm mostradores em branco – quem não lembra dos bonequinhos que diziam para usar o cinto de segurança no Fiat Uno, ou do desenho que mostrava a pressão correta para calibrar os pneus do Gol Special?

Vidros traseiros que não abrem

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Em 175 a GM agraciou seus compactos da Chevrolet, Oldsmobile, Pontiac e Buick fazendo as janelas dos cupês básicos totalmente fixas (para quem não se lembra, naquela época mesmo os cupês tinham vidros traseiros totalmente basculantes). Em 1978, a medida se extendeu até os sedãs e peruas de quatro portas. Não pegou bem.
Pensando bem… talvez aquele papo de que brasileiro rejeitava carros de quatro portas por sua semelhança com os táxis fosse só uma história inventada e bem plantada.

O Ford Pinto

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A Ford poderia ter gasto alguns dólares a mais por carro para colocar um escudo que impedisse o tanque de gasolina de acertar o diferencial em uma colisão traseira. Infelizmente a marca preferiu gastar o dinheiro em indenizações para as famílias dos motoristas envolvidos em incêndios.
Agora é com vocês: queremos saber quais são os maiores indícios de um projeto de baixo custo?
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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