31 de dez. de 2012

WRC-RETROSPECTIVA 2012: Loeb encerra sua dinastia com mais um título mundial

Francês se despede da carreira de piloto regular do WRC se sagrando eneacampeão consecutivo

Sébastien Loeb celebra vitória no Rali da França que lhe garantiu o nono título mundial da carreira no WRC (Foto: Patrick Hertzog/AFP)Sébastien Loeb celebra vitória no Rali da França que lhe garantiu o nono título mundial da carreira no WRC (Foto: Patrick Hertzog/AFP)

Nada de novo do mundo do rali de velocidade. Assim como nas últimas oito retrospectivas do WRC, a manchete desta um título mundial de Sébastien Loeb. A única diferença desta vez é que se sabe que este será o último.

O francês já anunciou que não correrá mais regularmente no WRC e participará de apenas quatro etapas em 2013. Assim, ele abre caminho para um novo campeão na próxima temporada enquanto se prepara para enfrentar novos desafios, passando a se dedicar a provas em autódromos.
E mesmo ao 38 anos, o título de 2012 não foi dos mais complicados para ele. Após a vitória na etapa inaugural de Monte Carlo, Loeb liderou o campeonato durante todas as 13 etapas e conquistou o título com duas provas de antecipação.
Ele conquistou nove triunfos, somando agora 69 vitórias em sua carreira de 11 anos na principal categoria do rali de velocidade do mundo. No final, 57 pontos de vantagem para o vice-campeão e seu companheiro de equipe Mikko Hirvonen.
A segunda posição de Hirvonen no campeonato também mostra o bom trabalho que a Citroen realizou para dominar o WRC não só em 2012 como nos últimos tempos, junto com Loeb. E a chance de isso continuar nos próximos anos é grande, especialmente pela retirada da Ford da competição. Fica agora a dúvida sobre o que a mais nova concorrente, a Volkswagen, que investirá em Sébastien Ogier e Jari-Matti Latvala, poderá fazer em 2013, em sua temporada de estreia.
Classificação Geral:
1º. Sébastien Loeb (FRA/Citroen), 270 pontos
2º. Mikko Hirvonen (FIN/Citroen), 213
3º. Jari-Matti Latvala (FIN/Ford), 154
4º. Mads Ostberg (NOR/Adapta Rally Ford), 149
5º. Petter Solberg (NOR/Ford), 124
Brasileiros vão para a luta
Dois brasileiros participaram de forma regular do WRC em 2012. Paulo Nobre entrou no campeonato com a sua equipe, Palmeirinha, e durante o ano se tornou piloto de um dos times oficiais da Mini, a WRC Portugal.
Mesmo assim, o resultado não foi dos melhores, com a fabricante inglesa aos poucos retirando o seu investimento. No final, ele teve seis abandonos em 12 etapas e dois 17º lugares na Grécia e na Nova Zelândia como melhores resultados, não marcando pontos.
O outro representante do país, Daniel Oliveira, participou de sete ralis com a sua equipe brasileira, a Brazil World Rally Team, e competindo com um modelo Ford Fiesta RS WRC. Com três abandonos, ele conquistou uma 12ª colocação em Portugal como o seu melhor desempenho no ano.
Daniel Oliveira, no Rali da Espanha (Foto: André Lavadinho)
Daniel Oliveira, no Rali da Espanha (Foto: André Lavadinho)
Momento difícil da categoria
O ano de 2012 foi muito complicado para o WRC. A temporada sofreu uma séria ameaça de não começar devido os problemas financeiros da então promotora do evento, a North One Sport (NOS), o que obrigou a FIA a tomar o campeonato diante da falta de garantias da empresa.
Apenas nove dias antes da primeira etapa, em Mônaco, a entidade iniciou uma corrida contr o tempo para manter o Mundial em funcionamento neste momento de turbulência. Em um primeiro momento, além da transmissão de televisão, até mesmo os contratos de cronometragem precisaram ser revistos para que os ralis pudessem acontecer.
Aos poucos, a poeira foi assentando e a FIA iniciou a procura de um novo promotor, que irá tomar conta da competição a partir de 2013. Após avaliar algumas candidaturas e seguir com negociações, a escolhida foi a empresa Red Bull, que já possui um grande envolvimento tanto com o WRC, como patrocinadora, como com o automobilismo geral (além de ter uma equipe na F1, mantém um forte programa de jovem de pilotos) e possui experiência na organização de eventos, especialmente com relação a esportes radicais.
Desta forma, o WRC se prepara para uma nova fase, tentando voltar a ser um campeonato atrativo para público, pilotos e principalmente patrocinadores e montadoras, que se afastaram nos últimos anos.

Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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