31 de dez. de 2012

Fiat corta patrocínio e sela o fim de categoria apadrinhada por Massa

Após três anos de existência, Racing Festival chega ao fim e promove a morte de outras duas classes do automobilismo brasileiro, entre elas a Copa Fiat


Clemente Faria Jr., Popó Bueno e Cesinha Bonilha disputam posição numa das etapas da rodada do Velopark, a última da história da Copa Fiat (Duda Bairros/MF2)Clemente Faria Jr., Popó Bueno e Cesinha Bonilha disputam posição numa das etapas da rodada do Velopark, a última da história da Copa Fiat (Duda Bairros/MF2)
 
Quando parecia que a torneira de más notícias sobre o automobilismo nacional já havia sido estancada em 2012, mais uma novidade negativa chegou no fechar do ano.
O Racing Festival, criado há três anos pela família Massa e apadrinhado pelo piloto brasileiro da Ferrari, perdeu o patrocínio da Fiat, que dava todo o suporte ao evento, e deixará de existir. A informação saiu pela primeira vez no blog do jornalista Nei Tessari.
Ao Tazio, a assessoria da competição confirmou que, sem o apoio da montadora italiana, sua realização ficou inviável. Em 2012, o Racing Festival integrava a Copa Fiat, campeonato de turismo que utilizava um modelo Linea e motor turbo T-Jet 1.4, e a R1 GP 1000, com motos YZF R1 de 998cc da Yamaha. O anúncio oficial do encerramento das atividades deve ser feito apenas no início de 2013.
Segundo a assessoria, a decisão de cancelar o patrocínio partiu da matriz internacional da Fiat, que, numa medida de “corte de custos e redirecionamento de marketing”, reduziu ou ceifou totalmente os subsídios de diversas categorias mundiais, incluindo a F3 Italiana.

Em três anos de existência, o Racing Festival teve um único campeão em sua categoria principal, que sustentava o evento: Cacá Bueno, três vezes vencedor da classe que se chamou Trofeo Linea nas duas primeiras temporadas e, depois, teve seu nome alterado para Copa Fiat.
Nas competições complementares, todavia, a RM Racing Events, organizadora do evento, sempre encontrou dificuldades. A F-Futuro, criada para ser uma nova categoria de base do automobilismo brasileiro de monopostos, foi extinta no começo de 2012, com somente dois anos de vida, por falta de competidores, mesmo oferecendo custos reduzidos e bolsas para os vencedores de diversas competições de kart. Nicolas Costa e Guilherme Silva foram os dois únicos campeões formados. No motociclismo, os promotores tentaram emplacar as classes Hornet 600 e CB 300 em 2010 e 2011, em parceria com a Honda, mas o projeto fracassou. Para 2012, foi feita uma última tentativa com a R1 GP 1000, apoiada pela rival Yamaha, também sem sucesso.
Com o fim do Racing Festival, outras duas categorias se juntam a uma extensa lista de sete extinções só neste ano: F-Futuro, Audi DTCC, Top Series, Mini Challenge, Copa Montana e agora Copa Fiat e R1 GP 1000. Dessas, apenas a Montana terá uma substituta imediata, o Brasileiro de Turismo, criado pela Vicar para ser o novo campeonato de base da Stock Car a partir de 2013.

Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br/
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