18 de jul. de 2012

Turismo-A ELMS continua o seu martírio


elms Donington Park
Não faz muito tempo, destaquei aqui na coluna a crise da European Le Mans Series (ELMS), que enfrenta sérios problemas em 2012 diante da crise econômica no Velho Continente, além da criação do Mundial de Endurance, que roubou a atenção de algumas equipes.

Vale voltar ao assunto. No último final de semana, aconteceu em Donington Park a segunda etapa do campeonato, que deveria ter sido a terceira, já que a corrida em Zolder foi cancelada por falta de quórum. Bem, a coisa não melhorou muito.
A prova teve apenas 13 inscritos. Isso mesmo, 13. É verdade que a lista tem equipes importantes e experientes como Greaves, Status, OAK (com dois carros), Jota, JMW, AF Corse, além da Sebastien Loeb Racing, que faz sua primeira temporada com um protótipo LMP2, pensando nas 24 Horas de Le Mansde 2013.
Mesmo assim, isso não é o bastante. Foram nove carros na classe Protótipos 2, o que é um bom número até. Mas o resto é ridículo. Um mísero competidor na LMPC e na GT Pro, e apenas dois na GT Am.
A crise no automobilismo profissional europeu é grande. Além dos problemas econômicos, os preços praticados pelas categorias estão totalmente fora da realidade. Alguns campeonatos nacionais de gentlemen drivers que não dependem tanto da estrutura das equipes têm grids cheios, com carros legais, como a Blancpain Endurance Series. Os organizadores precisam rever alguns conceitos.
O Mundial de Endurance tem um grid legal, mas o sinal está amarelo para vários times na segunda metade da temporada, quando serão feitas viagens para China, Japão, Brasil e Bahrein. Sim, as equipes já têm seus orçamentos fechados para o ano, o que deve evitar desistências. Mas será uma experiência que pode ser decisiva no planejamento para os próximos anos.
Não, o endurance não vai morrer. Talvez, a ACO tenha que rever o conceito da ELMS, por exemplo, para não perder o campeonato. O destino do Mundial de Endurance também irá influir no futuro da categoria. Se o WEC deslanchar, as equipes profissionais podem se transferir de vez para lá, e o campeonato europeu pode ser obrigado a focar em um regulamento mais voltado para times e pilotos amadores, cortando drasticamente os custos.
O fato de se continuar existindo investimento de construtoras de carros e protótipos para este tipo de competição, como mostramos aqui na coluna na semana passada, é uma prova que a modalidade continua forte. A American Le Mans Series, teve 29 carros em sua última etapa. Tudo bem, não é um grid dos sonhos, mas temos uma corrida.
A diferença é que os organizadores da ALMS souberam se adaptar melhor à realidade de seu mercado. Corridas menores e a necessidade de menos investimento para correr mais etapas. E, no meio disso, algumas provas especiais, com uma duração maior e que chamam mais a atenção de mídia e pilotos.
O ano de 2012 está perdido para a ELMS. Agora, é começar planejar 2013 para que os mesmos erros não sejam repetidos.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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