Após 45 anos de produção, propulsor Wankel é aposentado junto com o esportivo RX-8
Por Márcio Murta
O motor Wankel tem concepção totalmente distinta, se comparado a um propulsor de ciclo Otto (popularmente chamado de “quatro tempos”), presente na maioria dos automóveis brasileiros. Ao invés das peças móveis comuns como pistões, bielas e virabrequim, o sistema motriz rotativo usa somente um conjunto de rotores. Com menor inércia, este componente é capaz de atingir potência específica muito maior, se comparado a um motor à gasolina comum, tornando-o ideal para veículos esportivos.
Para medidas de comparação, o aposentado Honda Civic Si, com seu motor 2.0 i-VTEC capacidade de atingir altas rotações, gerava 192 cv. O Mazda RX-8, com seu 1.3 Wankel, gerava 232 cv. Em 1991, a motorização rotativa se tornou ainda mais conhecida quando a Mazda venceu uma edição das 24 horas de LeMans com o esportivo chamado 787B. Com quatro rotores e 2.6 litros de deslocamento, o modelo produzia 700 cv.
Embora fosse eficiente quanto o assunto era potência, o sistema Wankel apresentou diversas desvantagens, como torque reduzido em baixas rotações, consumo de combustível elevado, baixa durabilidade e alto índice de emissão de poluentes — no RX- 8, o propulsor não foi aprovado para as normas Euro 5 de, de acordo com o Automotive News.
Ainda conforme a publicação, mais de dois milhões de unidades do motor Wankel foram comercializadas desde o início de sua produção, em 1967. A Mazda não comentou sobre o assunto
Fonte: quatrorodas
Disponível no(a): http://quatrorodas.abril.com.br
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