16 de mai. de 2012

Por que o equilíbrio na F1 não deve acabar tão cedo?



Depois de cinco provas, cinco pilotos diferentes estouraram a champagne do topo do pódio em 2012 na Fórmula 1, mais do que isso, pilotavam carros de cinco equipes diferentes. Um equilíbrio que há muito tempo não se via e que não tem data certa para terminar. Mas por que isso está acontecendo agora?
Os cinco vencedores de grandes prêmios em 2012 vêm de quatro países diferentes e como eles, as equipes vencedoras também carregam quatro diferentes bandeiras, em um equilíbrio bastante comparado com a temporada de 83, vencida por Nelson Piquet.

Mas talvez a melhor comparação para 2012 seja mesmo a temporada anterior. Enquanto 83 teve oito vencedores em 15 GPs, 1982 viu onze pilotos diferentes no topo do pódio de suas 16 provas. Um campeonato vencido por um finlandês que ganhou apenas uma prova – o GP da Suíça organizado em um vilarejo francês – em um ano em que as equipes avaliavam, ao mesmo tempo, o impacto do turbocompressor e do efeito solo.
O equilíbrio atual da F1 parece ainda maior quando lembramos que os dois últimos vencedores de 2011 – Lewis Hamilton e Mark Webber – ainda não venceram em 2012 mas estão entre as cinco primeiras colocações na temporada.
Nem mesmo Christian Horner, o chefe da Red Bull, consegue prever quando esta alternância deve terminar. Em entrevista a Andrew Benson da BBC ele disse que “por enquanto, o desempenho vai flutuar de equipe para equipe e o mais importante é ser consistente”. O que tem funcionado para a Red Bull, líder entre os construtores, e com seus dois pilotos entre os cinco primeiros da tabela.
Apesar das mudanças aerodinâmicas para esta temporada, o maior responsável pelos diferentes conjuntos vencedores neste ano parece ser mesmo a chegada da Pirelli como fornecedora exclusiva do campeonato. Os compostos atuais estão quebrando a cabeça dos engenheiros de todas as equipes em busca de mais grip mecânico. A cada final de semana, uma delas está saindo vencedora.
Segundo Horner, “o que vemos é que a aerodinâmica é um fator menor do que de costume”. Já o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, em entrevista ao Lance afirmou que nenhuma equipe pode afirmar que entende e sabe trabalhar com os compostos italianos, ecoando a opinião de Horner que o conjunto de características em cada circuito – clima, tipo de pista e temperatura – cria elementos diferentes sobre os quais os engenheiros ainda precisam equacionar com os pneus.
Tanto Whitmarsh quanto Horner concordam ainda que deve existir uma fórmula, uma explicação para o desempenho dos pneus conforme a pista, e quem chegar à resposta primeiro tem maiores chances de faturar o título. Até lá, pontuar com consistência deve ser a palavra de ordem.

Fonte: jalopnik
 Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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